Webhall ANM – Desafios Terapêuticos em Oncologia Cirúrgica

 
 
     
  Organização:
Acadêmicos José J. Camargo e Rossano Fiorelli
 
     
     
     
  IV SESSÃO DO CURSO DE EXTENSÃO EM CIRURGIA DA ANM  
     
     
 
14h

Abertura
Presidente da Academia Nacional de Medicina,
Acad. Rubens Belfort Jr.

Coordenador, Acad. José de Jesus Camargo –
Presidente da Secção de Cirurgia da ANM

   
 
I BLOCO
 
   
14h10

Tumores da face
Acad. Jacob Kligerman

   
   
14h28

Retinoblastoma – alternativas terapêuticas
Dr. Luís Fernando Teixeira –
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

   
   
14h46

Evolução da esofagectomia: da cirurgia aberta à robótica, no tratamento do câncer de esôfago
Dr. Rubens Sallum – Universidade de São Paulo (USP)

   
   
15h04 Perguntas e Comentários
   
 
II BLOCO
 
   
15h16

Atualidade terapêutica em mesotelioma pleural
Dr. Marcelo da Silva – Universidade de Miami

   
   
15h34

Vias de acesso em Tumores da Traqueia
Acad. José de Jesus Camargo

   
   
15h52

Indicações e resultados da Vertebrectomia
Dr. William Jacobsen Teixeira – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)

   
   
16h10 Perguntas e Comentários
   
 
III BLOCO
 
   
16h25

Rumos e desafios da Ortopedia Oncológica
Dr. Olavo Pires de Camargo. (USP)

   
   
16h43

Cirurgia redutora de risco em câncer de mama
Acad. Maurício Magalhães Costa

   
   
17h01

Tumores cerebrais primitivos
Acad. Paulo Niemeyer Filho

   
   
17h19 Perguntas e Comentários
   
   
17h35 Encerramento
   
 
Sessão Ordinária da Academia Nacional de Medicina XV –
Ano Acadêmico 192
 
   
18h

Abertura
Presidente da Academia Nacional de Medicina,
Acad. Rubens Belfort Jr.

   
   
18h05

Comunicações da Secretaria Geral
Acad. Carlos Eduardo Brandão

   
   
18h10 Comunicações dos Acadêmicos
   
   
18h45

Presente e futuro da terapia sistêmica em oncologia
Prof. Leonardo Fonseca (ICESP)

   
   
19h15 Discussão com a Bancada Acadêmica
   
   
20h Encerramento
 
 

CIRURGIAS EM CÂNCER: MAIOR PRECISÃO E MENOS RISCOS

As cirurgias para retiradas de tumores avançaram de forma surpreendente, a partir de diagnósticos mais completos e que levam a cirurgias de grande precisão. O progresso representa para os pacientes menos riscos e sequelas. A última sessão científica “Desafios terapêuticos em cirurgia oncológica”, promovida pela Academia Nacional de Medicina, no dia 24 de junho de 2021, contou com especialistas nacionais e brasileiros radicados no exterior. Coordenado pelos acadêmicos José de Jesus Camargo e Rossano Fiorelli, a sessão foi recheada de histórias cirúrgicas de sucesso na oncologia, além de novas tendências.

O glioblastoma é um tipo de câncer no cérebro para o qual não há cura. Apesar disso, um paciente com esse tipo de câncer foi submetido a uma cirurgia e, em seguida, foi contaminado pelo vírus zika.  Após cinco anos, o paciente não tem mais vestígios da doença. A história foi contada pelo acadêmico Paulo Niemeyer Filho.

– Nós não podemos ignorar os progressos na terapia sistêmica do câncer que tem modificado a oncologia e somos forçados a admitir que, como todos os avanços tecnológicos, as terapias tópicas como a radioterapia e a cirurgia, aparentemente, chegaram aos seus limites de competência. Com a quimioterapia firmada e a imunoterapia batendo à porta, com ares de que vem pra ficar, num futuro próximo, os cirurgiões operarão apenas resíduos sintomáticos como sequelas de uma neoplasia dissipada pela terapia sistêmica”, afirmou o acadêmico José de Jesus Camargo.

Outro exemplo citado de avanços e tendências foi no campo da cirurgia do câncer de mama.  Segundo o acadêmico Maurício Magalhães, desde a década de 90, houve um crescimento de quase 200% na opção pela mastectomia bilateral, ou seja, o esvaziamento das duas mamas, pelas mulheres que identificaram o câncer em apenas uma das mama. Essa decisão, explicou Magalhães, leva a uma redução bastante significativa do risco de aparecimento de um nódulo na outra mama. Este tipo de cirurgia ficou mundialmente famoso a partir do caso da estrela de cinema Angelina Jolie que, ao descobrir ser portadora de uma mutação genética, optou por esse tipo de procedimento. 

O evento ainda contou com palestra do acadêmico Jacob Kligerman que apresentou diversos casos de câncer de pele avançado na face e como a cirurgia reconstrutora é uma arte que pode trazer benefícios e o aumento da autoestima. Segundo ele, 80% dos cânceres do tipo melanoma de cabeça e pescoço ocorrem em indivíduos com mais de 60 anos, brancos e que sofreram radiação ionizante. Outro convidado foi o médico da Universidade Federal de São Paulo, Luís Fernando Teixeira, que falou sobre alternativas para cirurgia do retinoblastoma – um câncer raro de olhos em crianças – e que, em muitos casos, leva a enucleação ou retirada do globo ocular. Teixeira falou de terapias tradicionais como radio e quimioterapia e também sobre o uso do laser, braquiterapia e congelamento das lesões.

A evolução histórica da esofagectomia, ou retirada do esôfago, foi o assunto abordado por Rubens Sallum, da Universidade de São Paulo. O especialista apontou os desafios desde a implantação da robótica e conquistas das cirurgias minimamente invasivas no tratamento do câncer de esôfago. 

O professorLeonardo Fonseca, do grupo de tumores gastrointestinais, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo foi outro palestrante. Fonseca falou sobreterapia sistêmica em oncologia e apresentou dados do Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, acerca do crescimento da incidência global de alguns tipos de câncer como melanoma, tumores de mama e bexiga ligados a mudanças etárias da população, aumento da exposição a fatores de risco e a melhor capacidade diagnóstica. Contudo, ele ressaltou a comprovada redução global da mortalidade em alguns tipos da doença, consequências de uma detecção precoce e avanço nos tratamentos, sobretudo em pacientes com tumores metastáticos e que respondem satisfatoriamente a novas drogas e modalidade de terapias sistêmica como em alguns casos de câncer colorretal, melanoma metastático e carcinoma hepatocelular. 

– Existem diversas modalidades em terapia sistêmica para tratamento da doença metastática, desde a quimioterapia convencional, terapias-alvo e mais recentemente a imunotepia, que manipula o sistema imunológico no sentido de reduzir o risco de morte dos pacientes.

Olhando o presente, Leonardo avalia que a quimioterapia apresenta melhora inicial da mortalidade dos pacientes, mas houve um avanço significativo com as terapias-alvo, principalmente, em pacientes selecionados pela presença de alvos moleculares e com certas características tumorais. Ele ressaltou que o uso da imunoterapia ganhou importância e modificou radicalmente a história natural de algumas neoplasias que antes tinham um prognóstico ruim. 

O médico brasileiro e radicado nos Estados Unidos, Marcelo da Silva, e o cirurgião William Jacobsen Teixeira, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo também participaram do evento e abordaram, respectivamente, atualidades terapêuticas em mesotelioma pleural, e indicações e resultados da vertebrectomia.

Para saber mais, acesse a live completa em nosso canal no YouTube em a https://bit.ly/3qxEwwp.



Compartilhe

Para melhorar sua experiência de navegação, utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes. Ao continuar, você concorda com a nossa política de privacidade.