Nasceu em 13 de abril de 1835, na cidade de Sobral, no Ceará, filho do Tenente Coronel da Guarda Nacional José Baltasar Aughery de Saboia e de Joaquina Figueira de Melo Saboia, e neto do farmacêutico Vicente Maria Carlos de Saboia. No ano de 1861, casou-se com Luiza Marcondes Jobim, filha do Senador e Acadêmico José Martins da Cruz Jobim (um dos fundadores da atual Academia Nacional de Medicina) e de Maria Amália Marcondes; o casal teve cinco filhos.
Doutor em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, em setembro de 1858, defendendo a tese de doutorado intitulada “Estreitamento da uretra no homem”.
Inscreveu-se na Academia Imperial de Medicina em 1863, apresentando memória intitulada: “Ensaio sobre o tratamento da blenorragia”. Foi empossado em 14 de agosto de 1863 e a presidiu, sob a atual denominação de Academia Nacional de Medicina, no período de 1891 a 1892. Em outubro de 1908, pela comemoração do centenário de fundação do ensino médico no país, a Academia mandou cunhar medalhas comemorativas, de ouro, prata e bronze, com a efígie do cirurgião. Em sessão de 3 de outubro de 1963, foi escolhido para Patrono da Cadeira No. 63.
Professor Catedrático de Clínica Cirúrgica na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ), assumiu a Diretoria da mesma instituição, de 1881 a 1889, e, no ano seguinte, tornou-se médico efetivo da Imperial Câmara e Comendador da Imperial Ordem de Cristo.
Distinguido com títulos nobiliários: Barão, Conselheiro e depois, Visconde, Vicente de Saboya foi chefe da 18ª Enfermaria do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e um dos primeiros conselheiros da Ordem Médica Brasileira na mesma cidade. Com Lorde Joseph Lister, de Glasgow, aprendeu e trouxe ao Brasil o método antisséptico, que lhe permitiu praticar como rotina a cirurgia abdominal. Foi o primeiro a usar, no Brasil, a atadura gessada.
Em sua atividade literária, publicou inúmeros trabalhos sobre cirurgia e obstetrícia, dentre os quais destaca-se um “Tratado de Obstetrícia”, usado como livro texto nas Faculdades de Medicina de Montpellier e Louvain, em francês; sua obra de maior repercussão foi a “Reforma do Ensino Médico no Brasil”. Nos últimos anos de sua vida dedicou-se a uma reflexão mais filosófica, com a obra “Vida Psychica do Homem”, na qual tratava do materialismo e espiritualismo.
Foi Membro Titular da Sociedade de Obstetrícia de Londres, e Membro Correspondente da Academia de Sciencias de Lisboa, da Académie de Médecine da França, da Sociétè de Chirurgie de Paris e da Reale Accademia di Medicina di Roma (Itália), por proposta do médico italiano Guido Baccelli.
Colaborador de vários periódicos, como Jornal do Commercio, Gazeta Médica do Rio de Janeiro e da Bahia, sempre defendeu, em seus artigos, uma reforma ampla e radical do ensino da medicina.
Incumbido, pelo governo, de preparar um plano completo de reforma do Ensino Superior, apresentou projeto, amplamente desenvolvido, que serviu de base para o Decreto de 19 de abril de 1879, estabelecendo o ensino livre.
Em sua homenagem, professores e alunos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro encomendaram ao pintor alemão Karl Ernst Papf (1833-1910) um retrato seu de corpo inteiro, que foi colocada primeiramente no saguão de entrada do prédio da Universidade do Brasil, antigo Hospício de Pedro II.
Faleceu em 18 de março de 1909, em sua residência, na cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro. Como causa de sua morte, o Dr. Joaquim Francisco Moreira registrou uma arteriosclerose cardiorrenal.
Em 1912, foi instituído, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, o Prêmio Visconde de Saboia, conferido anualmente ao autor da melhor tese de doutorado sobre obstetrícia. No prédio do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará, campus de Sobral, foi erguida, em 2007, uma estátua de Saboya e, no ano de 2008, o colegiado instituiu a Medalha Visconde de Saboia para homenagear aqueles que prestaram importantes serviços à medicina e à educação médica.
A Rua Visconde de Saboia, no bairro de Cavalcanti, na cidade do Rio de Janeiro, é uma homenagem ao dr. Vicente Cândido Figueira de Saboia.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 94
Cadeira: 63 Vicente Cândido Figueira de Saboia (Visconde de Saboia)
Cadeira homenageado: 63
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 04/09/1863
Posse: 14/09/1863
Sob a presidência: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)
Emerência: 10/06/1897
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 18/03/1909
Número acadêmico: 94
Cadeira: 63 Vicente Cândido Figueira de Saboia (Visconde de Saboia)
Cadeira homenageado: 63
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 04/09/1863
Posse: 14/09/1863
Sob a presidência: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)
Emerência: 10/06/1897
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 18/03/1909
Nasceu em 13 de abril de 1835, na cidade de Sobral, no Ceará, filho do Tenente Coronel da Guarda Nacional José Baltasar Aughery de Saboia e de Joaquina Figueira de Melo Saboia, e neto do farmacêutico Vicente Maria Carlos de Saboia. No ano de 1861, casou-se com Luiza Marcondes Jobim, filha do Senador e Acadêmico José Martins da Cruz Jobim (um dos fundadores da atual Academia Nacional de Medicina) e de Maria Amália Marcondes; o casal teve cinco filhos.
Doutor em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, em setembro de 1858, defendendo a tese de doutorado intitulada “Estreitamento da uretra no homem”.
Inscreveu-se na Academia Imperial de Medicina em 1863, apresentando memória intitulada: “Ensaio sobre o tratamento da blenorragia”. Foi empossado em 14 de agosto de 1863 e a presidiu, sob a atual denominação de Academia Nacional de Medicina, no período de 1891 a 1892. Em outubro de 1908, pela comemoração do centenário de fundação do ensino médico no país, a Academia mandou cunhar medalhas comemorativas, de ouro, prata e bronze, com a efígie do cirurgião. Em sessão de 3 de outubro de 1963, foi escolhido para Patrono da Cadeira No. 63.
Professor Catedrático de Clínica Cirúrgica na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ), assumiu a Diretoria da mesma instituição, de 1881 a 1889, e, no ano seguinte, tornou-se médico efetivo da Imperial Câmara e Comendador da Imperial Ordem de Cristo.
Distinguido com títulos nobiliários: Barão, Conselheiro e depois, Visconde, Vicente de Saboya foi chefe da 18ª Enfermaria do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e um dos primeiros conselheiros da Ordem Médica Brasileira na mesma cidade. Com Lorde Joseph Lister, de Glasgow, aprendeu e trouxe ao Brasil o método antisséptico, que lhe permitiu praticar como rotina a cirurgia abdominal. Foi o primeiro a usar, no Brasil, a atadura gessada.
Em sua atividade literária, publicou inúmeros trabalhos sobre cirurgia e obstetrícia, dentre os quais destaca-se um “Tratado de Obstetrícia”, usado como livro texto nas Faculdades de Medicina de Montpellier e Louvain, em francês; sua obra de maior repercussão foi a “Reforma do Ensino Médico no Brasil”. Nos últimos anos de sua vida dedicou-se a uma reflexão mais filosófica, com a obra “Vida Psychica do Homem”, na qual tratava do materialismo e espiritualismo.
Foi Membro Titular da Sociedade de Obstetrícia de Londres, e Membro Correspondente da Academia de Sciencias de Lisboa, da Académie de Médecine da França, da Sociétè de Chirurgie de Paris e da Reale Accademia di Medicina di Roma (Itália), por proposta do médico italiano Guido Baccelli.
Colaborador de vários periódicos, como Jornal do Commercio, Gazeta Médica do Rio de Janeiro e da Bahia, sempre defendeu, em seus artigos, uma reforma ampla e radical do ensino da medicina.
Incumbido, pelo governo, de preparar um plano completo de reforma do Ensino Superior, apresentou projeto, amplamente desenvolvido, que serviu de base para o Decreto de 19 de abril de 1879, estabelecendo o ensino livre.
Em sua homenagem, professores e alunos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro encomendaram ao pintor alemão Karl Ernst Papf (1833-1910) um retrato seu de corpo inteiro, que foi colocada primeiramente no saguão de entrada do prédio da Universidade do Brasil, antigo Hospício de Pedro II.
Faleceu em 18 de março de 1909, em sua residência, na cidade de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro. Como causa de sua morte, o Dr. Joaquim Francisco Moreira registrou uma arteriosclerose cardiorrenal.
Em 1912, foi instituído, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, o Prêmio Visconde de Saboia, conferido anualmente ao autor da melhor tese de doutorado sobre obstetrícia. No prédio do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará, campus de Sobral, foi erguida, em 2007, uma estátua de Saboya e, no ano de 2008, o colegiado instituiu a Medalha Visconde de Saboia para homenagear aqueles que prestaram importantes serviços à medicina e à educação médica.
A Rua Visconde de Saboia, no bairro de Cavalcanti, na cidade do Rio de Janeiro, é uma homenagem ao dr. Vicente Cândido Figueira de Saboia.
Acad. Francisco Sampaio