Simpósio reúne cirurgiões para abordar os aspectos psicológicos da cirurgia plástica

Dr. Rolf Gemperli, Ex-Presidente Acad. Pietro Novellino, Secretário Geral José Galvão Alves, Acad. José Horácio Aboudib e Drª. Maria Lídia Abreu

Nesta quinta-feira (10) foi dia de falar sobre cirurgia plástica na Academia Nacional de Medicina. Organizado pelos Acadêmicos Talita Franco, Claudio Cardoso Castro e José Horácio Aboudib, o simpósio Aspectos Psicológicos da Cirurgia Plástica Estética e Reparadora abordou os aspectos gerais da especialidade e o relacionamento com os pacientes.

A palestra de abertura foi ministrada pelo Dr. Rolf Gemperli, da Universidade de São Paulo, sobre os Aspectos Gerais da cirurgia plástica. Começando com o intuito de quebrar o tabu estético existente em volta dessa especialidade, a palestra explicou sobre a definição, as áreas de atuação e o desenvolvimento da imagem corporal. As redes sociais foram um dos pontos abordados para salientar como elas são responsáveis pela visão dos pacientes sobre o próprio corpo. Por fim, foi ressaltado que a única missão do cirurgião é melhorar a qualidade de vida de quem o procura.

O tema Transtorno Dismórfico Corporal na Cirurgia Plástica Estética é um assunto de suma importância atualmente. Ministrado pela Drª. Maria Lídia Abreu, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a palestra explicou o que é esse transtorno e ressaltou a sua gravidade, podendo afetar até mesmo o convívio social do paciente. Mas o diagnóstico não é fácil. Existem critérios que devem ser analisados quando eles visitam o consultório e a professora explica quais são. Entre os mais afetados por essa doença estão os adolescentes, com maior pico de incidência, seguido pelas mulheres após a menopausa, mas os homens também estão entre os atingidos. É fundamental estar atento aos sinais pois não é comum que esse transtorno apareça acompanhado de outros, como ansiedade, estresse sem controle e TOC, e o paciente pode se tornar agressivo.

Drª. Maria Lídia Abreu durante a sua apresentação

Dr. Diogo Franco, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, abriu a segunda etapa do simpósio com o tema O Cirurgião Plástico Face às Expectativas dos Paciente. É importante lembrar que as expectativas pelo resultado são sempre altas e essa aula foi feita com experiências vividas pelo Dr. Diogo durante seus anos na especialidade, por isso, mostrou fotos de casos tratados e explicou um pouco sobre cada um deles.

A apresentação seguinte também foi baseada nas experiências do médico com anos de atuação na cirurgia plástica. Ministrada pelo Dr. Osiris Martuscelli, da Santa Casa de Montes Claros, o tema Cirurgia Plástica na Visão do paciente, do Cirurgião, da Comunidade Acadêmica e dos Residentes abordou a sua relação com a medicina e a especialidade. Dr. Osiris explicou o foco no bem-estar do paciente, do dever do médico e exemplificou os seus casos, principalmente aqueles que precisavam de situações quase impossíveis. O seu trabalho tem o intuito de contribuir com a reintegração social dos pacientes.


Finalizando a tarde de simpósio, a última palestra foi sobre Conhecimento Biopsicossocial e Cirurgia Plástica no Século XXI, ministrada pelo Dr. Miguel Sabino, da Universidade Federal de São Paulo. Foi explicado o conceito de biopsicossocial e a sua influência na qualidade de vida e saúde do paciente. Dr. Miguel Sabino ressalta que é fundamental a avaliação de tratamento dos pacientes para entender a satisfação deles e sobre a necessidade da reformulação da formação médica, investindo na criação de novas habilidades para que tenha mais empatia com o enfermo. “Existe uma deficiência em dar más notícias, falta treinamento”, afirma Dr. Miguel.

Para assistir o simpósio na íntegra, visite o nosso canal no Youtube.

Para melhorar sua experiência de navegação, utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes. Ao continuar, você concorda com a nossa política de privacidade.