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Cientistas continuam em busca de respostas eficazes para o tratamento medicamentoso e para imunização vacinal da covid-19. No mundo, há hoje 17 vacinas candidatas em avaliação clínica, sendo duas delas na fase três de teste no Brasil, quando há estudos com humanos.
A primeira é produzida pela Universidade de Oxford e testada em parceria com a Unifesp. A segunda e recém autorizada pela Anvisa é da empresa chinesa Sinovac Biotech, cujo grupo de controle será testado em uma parceria com o Instituto Butantan.
O professor da USP, Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, explicou o estudo que vem sendo realizado com amostras de sangue de 200 pessoas curadas da covid. No soro desses pacientes, são avaliadas regiões da proteína do novo coronavírus e que podem fornecer anticorpos imunizantes. Em paralelo, os pesquisadores testam peptídios e linfócitos T que possam servir de base para pesquisas nacionais de imunização.
Com relação aos avanços nos estudos com medicamentos, o doutor em microbiologia e imunologia, Lucio Freitas-Junior, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, vê o reposicionamento de fármacos como principal estratégia para um tratamento eficaz e afirma que “é preciso mudarmos a maneira de ver a ciência no Brasil com suporte continuado para trabalharmos preventivamente e estarmos bem preparados para enfrentamentos como este”, afirmou.
O monitoramento de genomas de organismos que causam doenças (virais); a compreensão dos mecanismos de introdução, dispersão e emergência ou reemergência de vírus, além do fornecimento de respostas para questões de saúde foram alguns dos aspectos abordados pela pesquisadora Jaqueline Goes de Jesus, do Instituto de Medicina Tropical, da Faculdade de Medicina, da USP, em mais uma sessão virtual promovida pela Academia Nacional de Medicina, desta vez, realizada no dia 02 de julho de 2020.
Goes de Jesus participa do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido de Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), projeto temático que recebe apoio Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
“Contribuições da genética e das áreas biomédicas para o enfrentamento da covid-19 e considerações sobre a integridade da pesquisa em época de pandemia” foi a temática da reunião, cuja abertura foi do presidente da ANM, Rubens Belfort Jr.
Participaram ainda do evento, o acadêmico Marcello Barcinski, coordenador do Programa Jovens Lideranças Médicas (JLM); os membros do JLM, Jonas Alex Morales, professor da Faculdade de Medicina do Rio Grande do Sul e Filippo Vairo, da Mayo Clinic, dos Estados Unidos, e a professora Sonia Maria Ramos de Vasconcelos, do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM) da UFRJ, especialista em integridade científica e publicações científicas.
Vairo ressaltou o grande número de publicações diárias sobre o tema COVID-19:
– São 500 a mil publicações por dia. Por isso, destaco a importância desse evento promovido pela Academia de Medicina para toda comunidade médica e científica.