Na última sexta-feira (14), a Academia Nacional de Medicina (ANM) e a Rede de Cooperação das Escolas Médicas de Língua Portuguesa (CODEM-LP) deram continuidade no simpósio conjunto, com o tema Formação Médica no Mundo Contemporâneo, organizado pelos Acadêmicos Roberto Medronho, Eloísa Bonfá e Rossano Fiorelli, e o Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Professor Alberto Schanaider.
Neste segundo dia, as apresentações foram divididas em duas mesas redondas. A primeira delas abordou o tema Impactos da Inovação Tecnológica e da Inteligência Artificial no Processo Pedagógico e na Relação Médico-Paciente, presidida pelo Professor Altamiro da Costa Pereira, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em Portugal, e moderada pelo Professor Mario Fritsch Neves, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A Professora Lucia Maria Kliemann, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), abriu as apresentações desta mesa abordando os impactos da tecnologia na medicina e as mudanças que o meio médico possui atualmente, principalmente na relação médico paciente. Ela foi seguida pelo Professor Luís Graça, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em Portugal, que em sua palestra apontou os benefícios da Inteligência Artificial (IA) – principalmente para as instituições de ensino – e as suas preocupações sobre o assunto, como o acesso ao IA, a transparência, o uso de dados e a responsabilidade do uso. Ele finalizou afirmando que “o uso da IA é inevitável, assim como a internet foi”.
Essa mesa também contou com a apresentação do Professor Luis Antonio Diego, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), dando continuidade às questões com a IA nos dias atuais e as preocupações do uso da mesma nas instituições de ensino. A Professora Zilma Reis, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fechou esse painel com uma apresentação sobre a importância de formar profissionais para serem inseridos em um ambiente tecnológico e a preocupação com os docentes e discentes que entendam sobre como a tecnologia está sendo usada no meio médico. “O ser humano é insubstituível no seu papel de cuidar”, afirmou a professora.
Após um breve intervalo, o simpósio retornou com a mesa sobre Desafios na Aquisição de Competências Médicas para que o Egresso Atenda às Expectativas da Sociedade Moderna, presidida pelo Professor Rui Alberto Ferriani, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e moderada pelo Professor Carlos Robalo Cordeiro,da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em Portugal. As apresentações começaram com a palestra da Professora Maria Fernanda Dias, da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto, na Angola, abordando o contexto histórico que a sua universidade está inserida e os desafios atuais, levando em conta as expectativas da sociedade moderna e globalizada.
A apresentação seguinte foi feita pelo Professor João Macedo Coelho Filho, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, explicou o esperado do conceito de sociedade e as mudanças realizadas na educação médica, no currículo baseado em competências, nas atividades profissionais e nas diretrizes curriculares dos cursos, com intuito que o aluno tenha um melhor acesso à informação. Em seguida, o Professor Luis Fernando Fernandes Adan, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, apontou as expectativas da comunidade quanto como deve ser esse médico, principalmente quanto à cobertura regional, que deve ser equilibrada para atender a população, e o crescimento deliberado dos cursos de medicina, estejam eles nas instituições públicas ou particulares.
Finalizando a manhã de apresentações, o Professor Jahit Sacarlal, da Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique, retornou ao púlpito para apresentar os cinco principais desafios enfrentados pelos egressos, entre elas, a vasta quantidade de conhecimento, a rapidez das mudanças na medicina, experiência prática limitada, competências não clínicas e a carga de trabalho, e a sugestão de soluções para evitar esses problemas. Para fechar a mesa, foi moderado um animado debate sobre o assunto.
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