Na última quinta-feira, 8 de agosto, a Academia Nacional de Medicina promoveu uma relevante sessão científica com foco no tema “Saúde e Clima”. O evento reuniu especialistas e pesquisadores para discutir questões urgentes que envolvem o estresse pós-traumático e as catástrofes climáticas, tanto no Brasil quanto em escala global.
Dentre os principais tópicos abordados, destacou-se a análise das consequências psíquicas e sociais das catástrofes climáticas, que têm se tornado cada vez mais frequentes e intensas, resultando em um aumento significativo de casos de estresse pós-traumático. Os participantes exploraram as relações entre eventos climáticos extremos—como inundações, secas e incêndios florestais—e o impacto na saúde mental das comunidades afetadas, especialmente em populações vulneráveis.
A discussão também enfatizou a importância de novas tecnologias em prevenção e reabilitação. Especialistas apresentaram inovações que buscam promover a saúde mental em contextos adversos, como plataformas digitais de suporte psicológico e intervenções comunitárias que incentivam a resiliência. Essas abordagens visam não apenas tratar, mas também prevenir o sofrimento mental causado por eventos climáticos.
Além disso, o Simpósio abordou diretrizes da Organização Mundial da Saúde que estabelecem a necessidade de um enfoque integrado na relação entre mudanças climáticas e saúde mental. Esse entendimento abrange a formação de profissionais da saúde para reconhecer e abordar as consequências emocionais das crises climáticas, promovendo um atendimento mais holístico e eficaz.
Outro ponto central do evento foi o debate sobre uma nova legislação voltada para a prevenção de eventos climáticos, que busca implementar políticas públicas eficazes. Os participantes argumentaram a favor do modelo de “Uma Saúde Única”, que reconhece a interdependência entre clima, ambiente e saúde humana, defendendo a colaboração entre diferentes setores, incluindo saúde, meio ambiente e políticas sociais.
O Simpósio se mostrou uma oportunidade valiosa para que profissionais da saúde, pesquisadores e legisladores dialogassem sobre soluções inovadoras e colaborativas, visando enfrentar os desafios complexos impostos pelas mudanças climáticas e sua repercussão na saúde da população. As discussões e as propostas surgidas durante a sessão sinalizam um caminho promissor para a construção de um futuro mais resiliente e saudável.