Saída dos EUA da OMS preocupa especialistas e Acad. Omar Lupi alerta para riscos globais

22/01/2025

Na última segunda-feira (20), os Estados Unidos formalizaram sua saída da Organização Mundial da Saúde (OMS), decisão que desencadeou uma onda de preocupação em nível global. A medida pode comprometer significativamente a resposta a crises sanitárias e o avanço de pesquisas médicas, enfraquecendo programas estratégicos de saúde pública.

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A Academia Nacional de Medicina (ANM) manifestou preocupação com o impacto da saída dos EUA da OMS, destacando o risco de prejudicar o compartilhamento internacional de informações cruciais sobre patógenos e outras ameaças sanitárias. O Acadêmico Omar Lupi, membro da ANM, ressaltou que a decisão americana pode dificultar o monitoramento de doenças e a elaboração de respostas rápidas às emergências globais de saúde: “Ela reduz a circulação de dados vitais sobre o comportamento de patógenos de interesse mundial”, afirmou.

Acadêmico Omar Lupi alerta para riscos globais de saída dos EUA da OMS

Importância da OMS

Em recente declaração, Omar Lupi destacou que a Organização Mundial da Saúde tem sido essencial para a manutenção da saúde global desde a sua criação, logo após a Segunda Guerra Mundial. Ele lembrou que a OMS reúne informações de todos os países e desempenha um papel crucial na prevenção de pandemias, como a Covid-19.

Segundo ele, os Estados Unidos, com sua vasta população e território, têm um papel estratégico na vigilância de doenças emergentes e no compartilhamento de informações sobre patógenos. “Recentemente, casos de gripe aviária surgiram em território americano. Esses dados precisam ser compartilhados em tempo real”, alertou o especialista.

Lupi também destacou a importância do trabalho da OMS na coordenação de laboratórios ao redor do mundo para identificar novas doenças e na publicação de estudos científicos, como o boletim semanal MMWR, que dissemina informações cruciais para a comunidade médica global.

Equívoco técnico

O Acadêmico classificou a saída dos EUA da OMS como um “equívoco técnico”, ressaltando que a ação não deve ser vista apenas sob uma ótica política. “Os Estados Unidos se retirarem da OMS é um equívoco técnico, na esfera médica e de saúde”, disse, acrescentando que espera que a decisão seja revertida em breve, dado o impacto negativo que pode causar na saúde pública mundial.

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