Ablação da enervação da artéria renal para o tratamento da hipertensão arterial resistente foi o tema do médico e professor Eduardo Saad na sessão de recentes progressos, promovida pela Academia Nacional de Medicina, no dia 10/10/2013.
Um em cada três pacientes não tem controlada sua pressão arterial, apesar de utilizarem de um a três medicamentos há pelo menos cinco anos. Esses pacientes são considerados, portanto, resistentes aos tratamentos convencionais da hipertensão arterial.
Segundo Saad, este tema não é novo. Nas décadas de 30 e 50, há publicações sobre a enervação da artéria renal, mas os efeitos colaterais e a morbidade cirúrgica na época a tornaram proibitiva ao longo daqueles tempos.
Em 2006, um médico da Nova Zelândia desenvolveu um método, através de um cateter para resgatar esse conceito de enervação simpática. Novos estudos foram realizados em 2010 com essa mesma abordagem em pacientes que não respondiam aos medicamentos. Neste estudo de 2010, foram aplicadas a nova abordagem com ablação da enervação da artéria renal e o método tradicional. Mais de 80% dos pacientes tratados pela nova abordagem, tiveram uma redução da sua pressão alta.
A ablação da enervação da artéria renal torna-se então, de acordo com Saad, uma opção para o tratamento desses pacientes que não respondem adequadamente às drogas para controle da pressão alta.