Parceria Público Privada | O papel da Medicina baseada em Evidências

A Academia Nacional de Medicina convida a participar de Simpósio a ser realizado no Web Hall da Academia Nacional de Medicina, na plataforma ZOOM Meetings.

https://acknetworks.zoom.us/my/anmbr

     
  PROGRAMAÇÃO  
     
 
15h

Abertura
Presidente da Academia Nacional de Medicina, Acad. Rubens Belfort Jr.

   
 

SIMPÓSIO PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
Coordenação: Acad. Barros Franco e Acad Jerson Lima

 
   
15h10

Parceria Público-Privada em diagnóstico laboratorial na DASA
Dr. Gustavo Aguiar Campana Diretor
Médico da Diagnosticos da America SA – DASA

   
   
15h20

Parceria com secretarias de Saúde para o gerenciamento de programas do SUS na Atenção Primária, Secundária e Terciária
Prof. Dr. Nacime Salomão Mansur
Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM

   
   
15h30

A Faculdade de Medicina da USP e a Parceria Público-Privada
Prof. Dr. Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho
Presidente do Conselho Curador da Fundação Faculdade de Medicina (FFM), USP

   
   

15h40

Experiência da PPP – Hospital Regional de Sorocaba Dr. Adib Domingos Jatene – SPDM
Dr. Carlos Garcia
Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM

   
   

15h50

Relação Público-Privada na assistência médica da Rede D’Or
Dr. Paulo Moll
CEO, Rede D’Or

   
   

16h

Pesquisa na relação Público-Privada no Instituto D’Or
Dra. Fernanda Moll
Presidente do Instituto D’Or

   
   

16h10

Parceria Público-Privada
Prof. Dr. Claudio Luiz Lottenberg
Presidente do Instituto Coalizão Saúde

   
   
16h20

Discussão

   
   
17h

Intervalo

   
 

Sessão Ordinária da Academia Nacional de Medicina
XXVII – Ano Acadêmico 191

 
   
18h

Abertura
Presidente da Academia Nacional de Medicina, Acad. Rubens Belfort Jr.

   
   
18h05

Comunicações da Secretaria Geral
Acad. Ricardo Cruz

   
   
18h10

Comunicações dos Acadêmicos

   
   
 18h25 O PAPEL DA MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
Coordenação: Acadêmico Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro
   
   
18h30

A Medicina Baseada em Evidências e as culturas Médica e Social
Prof. Dr. Luis Cláudio Lemos Correia
Coordenador do Centro de MBE da Escola Bahiana de Medicina

   
   
18h45

O pensamento científico e a psicologia humana: limites e possibilidades
Prof. Dr. Ronaldo Pilati
Presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia

   
   
19h

As Pseudociências e os gastos em saúde pública
Profa. Dra. Natália Pasternak Taschner
Diretora Presidente do Instituto Questão de Ciência

   
   
19h15

Discussão com a Bancada Acadêmica

   
   
20h

Encerramento

 
     

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA | O PAPEL DA MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS

“É evidente que, sem o SUS, estaríamos em uma situação muito pior na pandemia, mas também é evidente que sem a iniciativa privada, estaríamos em uma situação muito ruim.” O professor e presidente da Academia Nacional de Medicina, Rubens Belfort, deu o tom do Simpósio “Parceria Público-Privada”, realizado no dia 10 de setembro de 2020.

Inegavelmente, o fortalecimento do SUS e da parceria público-privada precisam ter continuidade. Ações nesse sentido vem sendo feito por uma força-tarefa que acredita na proposta de um sistema democrático que oferece medicina e saúde de qualidade, de forma gratuita, para a população.

Covid-19 – Exemplos de parceria público-privada na medicina durante a pandemia por covid foram abordados durante o evento. O diretor da empresa Diagnósticos da América, Gustavo Campana, mostrou os projetos apoiados com a doação de cerca de R$ 15 milhões para o Ministério da Saúde. Já o médico Nacime Salomão Mansur apresentou os excelentes resultados de gestão entre a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina e as secretarias de saúde, buscando o gerenciamento de programas do SUS na atenção primária, secundária e terciária.

A Rede D’Or São Luiz e o Instituto D’Or de Pesquisa, por sua vez, apontaram as contribuições, incluindo parcerias com a Fiocruz, Universidades Federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e a de São Paulo (Unifesp) e o Brazilian Clinical Research Institute.

Ainda durante o simpósio, o professor Tarcísio Eloy Barros Filho contou como o Hospital das Clínicas da USP conseguiu, em apenas uma semana, mobilizar e transformar, o instituto central da universidade para atendimento de pacientes com covid.

Outro convidado da sessão foi o médico Carlos Garcia que expôs o modelo de parceria público-privada no Hospital Regional de Sorocaba, onde a pandemia acabou por acelerar a implantação de tecnologia em procedimentos que contribuem no atendimento de pacientes.

O médico Claudio Luiz Lottenberg, presidente do Instituto Coalizão Saúde, falou ainda sobre a dinâmica de organizações sociais e propôs novos modelos de contratações e gestão.

O simpósio foi coordenado pelos acadêmicos Carlos Alberto Barros Franco e Jerson Lima Silva.

Evidências científica e crenças – Durante a sessão ordinária, um instigante debate foi levantado pelo médico Luis Cláudio Lemos Correia, da Escola Bahiana de Medicina. Ele abordou as crenças dos pacientes e as prerrogativas dos médicos em seguir a medicina baseada em evidência científica.

– Em medicina, nós médicos não temos como decidir pelo caminho certo. Temos que tomar a melhor decisão. O certo só saberemos depois. Assim, o correto seria trocarmos a medicina baseada em evidências por uma medicina baseada em probabilidades. Medicina é bússola e não GPS, disse Lemos Correa.

As crenças e os vieses de profissionais médicos no atendimento de pacientes foram o foco da palestra do pesquisador Ronado Pilati, da Universidade de Brasília. Segundo ele, as crenças elaboradas por profissionais podem também impactar em uma decisão médica.

Pseudociência e saúde pública – Casos curiosos e, porque não tristes, sobre o desconhecimento de políticos acerca de aspectos da ciência e da saúde e, que muitas vezes, levam a tomada de decisões errôneas em políticas públicas foram abordados pela bióloga e divulgadora científica Natalia Pasternak, professora da USP e diretora do Questão de Ciência.

Pasternak lembrou de inúmeros casos como o da pílula do câncer, a proibição de uso de celulares em postos de gasolina, a lei paulista que permite a mulheres decidirem qual tipo de parto preferem, a recomendação do uso da cloroquina e hidroxicloroquina contra covid, entre outros.

– Quando se fala do coletivo, de políticas públicas de gastos em um orçamento limitado, a nossa obrigação é escolher o melhor e o rigor é fundamental.

Os debates da sessão ordinária da Academia Nacional de Medicina foram coordenados pelo acadêmico Cláudio Tadeu Daniel Ribeiro e tiveram como comentaristas os acadêmicos Antonio Egídio Nardi, Raul Cutait e Walter Zin.



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