Na sessão do dia 8/11 a Academia Nacional de Medicina comemorou o centenário do acadêmico José Paula Lopes Pontes, com apresentações de quatro acadêmicos: seu fi lho Eduardo Lopes Pontes e os discípulos José Augusto da Silva Messias, Glaciomar Machado e José Galvão Alves.
Como orador oficial, Messias relembrou um pouco da biografia de Lopes Pontes, nascido em Minas Gerais em 2 de novembro de 1912. Tornou-se doutor em Medicina em 1933 pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil e membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 15 de junho de 1967. Na palestra, também ressaltou seu espírito realizador e de liderança como professor da Universidade do Brasil e médico.
Em seguida, o acadêmico Glauciomar Machado emocionou-se ao relembrar o tempo em que conheceu seu mestre e amigo, que “exercia com toda elegância e sapiência a arte da gastroscopia”, exame que na época era de extrema complexidade, devido às dificuldades dos materiais então disponíveis.
Já o acadêmico José Galvão Alves ressaltou a força com que Lopes Pontes defendeu seus alunos no início da década de 1970, quando a polícia invadiu a faculdade de medicina: “Nos meus garotos ninguém toca”. Assim, em plena ditadura, promoveu um ambiente agradável e liberal, um grande centro de gastroenterologia, que contribuiu muito para a formação dos profissionais na área e para a democracia na medicina nacional.
Por fim, seu filho Eduardo Lopes Pontes ressaltou o caráter humanístico do pai como um dos principais ensinamentos e agradeceu a homenagem, em nome de sua família.