Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo Filho

Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo Filho nasceu no dia 13 de setembro de 1871, na cidade do Rio de Janeiro. Viveu seus primeiros anos na Europa, onde seu pai estagiava nos serviços de Pediatria dos professores Bouchut e Roger. Voltou para o Brasil aos três anos de idade. Na hora de escolher sua carreira profissional, seu pai o convenceu a estudar Medicina. Graduou-se em 1897, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro que, atualmente é uma das unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Durante o curso de graduação, trabalhou na Policlínica Geral do Rio de Janeiro – instituição fundada por seu pai, em 1881. Antes de concluir a graduação, já havia escrito mais de dez textos científicos, publicados tanto em periódicos nacionais quanto estrangeiros. Com o falecimento de seu pai (1901) tornou-se diretor da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.

Desde o início de sua carreira, Moncorvo Filho manifestou uma grande preocupação social. Ele fazia críticas às instituições de amparo à infância existentes na cidade. No seu entender, estas crianças viviam sem o menor preceito de higiene, atrofiadas pela falta de ar e de luz suficiente e pessimamente alimentadas. Para ele, esta situação contrariava os princípios científicos e sociais que deviam presidir estas instituições.

Assim, Moncorvo Filho seguiu os passos de seu pai, o Dr. Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, imprimindo uma marca própria na sua atuação: foi um defensor da assistência médico-social à criança brasileira pobre. Iniciou uma intensa propaganda a favor da higiene infantil e de uma “verdadeira” Puericultura. Criou, em 1899, o “Instituto de Proteção e Assistência à Infância” do Rio de Janeiro. Este instituto localizou-se primeiramente em sua residência, mesmo local em que seu pai criara, em 1881, a Policlínica Geral do Rio de Janeiro. Dois anos depois, o instituto foi instalado em prédio alugado, à rua Visconde do Rio Branco 22. Em 1914, o então presidente da República Marechal Hermes da Fonseca, doou um terreno onde foi construída a sede própria do instituto, na antiga rua do Areal, hoje rua Moncorvo Filho. Hoje no local funciona o Hospital Moncorvo Filho.

O “Instituto de Proteção e Assistência à Infância” do Rio de Janeiro, era uma instituição filantrópica que foi reconhecida como de utilidade pública em 1909. Esta foi a grande obra de Moncorvo Filho. Ali consolidou cada vez mais sua expertise na assistência médico-social à infância e fez valer os seus princípios em relação ao desenvolvimento saudável da criança. Dali irradiavam suas idéias, suas denúncias, seus projetos, sua influência no campo da proteção à infância. Vinte anos depois, estavam instalados 17 institutos similares, espalhados em outros estados brasileiros.

A suas expensas, Moncorvo Filho fundou o “Departamento da Criança do Brasil”, no início de 1919, instalando-o no mesmo prédio do Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro. A partir de 1922, o Departamento realizou os “Congressos brasileiros de proteção à infância”. Outra atividade proposta no programa do Departamento da Criança do Brasil era a organização do Museu da Infância que, a exemplo de inúmeras outras iniciativas suas, não recebeu respaldo dos poderes públicos.

Moncorvo Filho foi membro efetivo de várias sociedades médicas. Em 1919, foi eleito membro honorário da Academia Nacional de Medicina. Em 1921, tornou-se sócio remido da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Em 1933, veio a ser Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Sua atividade não se restringiu à assistência médico-social à infância. Moncorvo Filho desenvolveu extensa produção científica. Até 1926, havia publicado mais de 300 trabalhos, versando sobre os mais variados temas relacionados à criança: coqueluche, bacteriologia, higiene profilática, linfangites, doenças parasitárias, tuberculose, moléstias de pele, emprego de sais de quinino, hérnias, febre amarela, impaludismo, mortalidade infantil, sífilis, amas mercenárias, difteria, alimentação da criança, doença de Barlow, catarata congênita, reumatismo cardíaco, a cura pelo sol e hanseníase, dentre outros. Publicou, também, 3 importantes livros, obras de referência para a história da pediatria no Brasil: “Hygiene Infantil” (1917), “Formulário de Doenças das Creanças” (1923) e “Histórico da Protecção à Infância no Brasil” (1926).

Pouco antes de morrer, doou todo o patrimônio do Instituto de Proteção e Assistência à Infância e do Departamento da Criança no Brasil à prefeitura municipal. Veio a falecer em 14 de maio de 1944.

Informações do Honorário

Eleição: 22/05/1919

Classificação: Nacional

Falecimento: 14/05/1944

Informações do Honorário

Eleição: 22/05/1919

Classificação: Nacional

Falecimento: 14/05/1944

Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo Filho nasceu no dia 13 de setembro de 1871, na cidade do Rio de Janeiro. Viveu seus primeiros anos na Europa, onde seu pai estagiava nos serviços de Pediatria dos professores Bouchut e Roger. Voltou para o Brasil aos três anos de idade. Na hora de escolher sua carreira profissional, seu pai o convenceu a estudar Medicina. Graduou-se em 1897, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro que, atualmente é uma das unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Durante o curso de graduação, trabalhou na Policlínica Geral do Rio de Janeiro – instituição fundada por seu pai, em 1881. Antes de concluir a graduação, já havia escrito mais de dez textos científicos, publicados tanto em periódicos nacionais quanto estrangeiros. Com o falecimento de seu pai (1901) tornou-se diretor da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.

Desde o início de sua carreira, Moncorvo Filho manifestou uma grande preocupação social. Ele fazia críticas às instituições de amparo à infância existentes na cidade. No seu entender, estas crianças viviam sem o menor preceito de higiene, atrofiadas pela falta de ar e de luz suficiente e pessimamente alimentadas. Para ele, esta situação contrariava os princípios científicos e sociais que deviam presidir estas instituições.

Assim, Moncorvo Filho seguiu os passos de seu pai, o Dr. Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, imprimindo uma marca própria na sua atuação: foi um defensor da assistência médico-social à criança brasileira pobre. Iniciou uma intensa propaganda a favor da higiene infantil e de uma “verdadeira” Puericultura. Criou, em 1899, o “Instituto de Proteção e Assistência à Infância” do Rio de Janeiro. Este instituto localizou-se primeiramente em sua residência, mesmo local em que seu pai criara, em 1881, a Policlínica Geral do Rio de Janeiro. Dois anos depois, o instituto foi instalado em prédio alugado, à rua Visconde do Rio Branco 22. Em 1914, o então presidente da República Marechal Hermes da Fonseca, doou um terreno onde foi construída a sede própria do instituto, na antiga rua do Areal, hoje rua Moncorvo Filho. Hoje no local funciona o Hospital Moncorvo Filho.

O “Instituto de Proteção e Assistência à Infância” do Rio de Janeiro, era uma instituição filantrópica que foi reconhecida como de utilidade pública em 1909. Esta foi a grande obra de Moncorvo Filho. Ali consolidou cada vez mais sua expertise na assistência médico-social à infância e fez valer os seus princípios em relação ao desenvolvimento saudável da criança. Dali irradiavam suas idéias, suas denúncias, seus projetos, sua influência no campo da proteção à infância. Vinte anos depois, estavam instalados 17 institutos similares, espalhados em outros estados brasileiros.

A suas expensas, Moncorvo Filho fundou o “Departamento da Criança do Brasil”, no início de 1919, instalando-o no mesmo prédio do Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro. A partir de 1922, o Departamento realizou os “Congressos brasileiros de proteção à infância”. Outra atividade proposta no programa do Departamento da Criança do Brasil era a organização do Museu da Infância que, a exemplo de inúmeras outras iniciativas suas, não recebeu respaldo dos poderes públicos.

Moncorvo Filho foi membro efetivo de várias sociedades médicas. Em 1919, foi eleito membro honorário da Academia Nacional de Medicina. Em 1921, tornou-se sócio remido da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Em 1933, veio a ser Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Sua atividade não se restringiu à assistência médico-social à infância. Moncorvo Filho desenvolveu extensa produção científica. Até 1926, havia publicado mais de 300 trabalhos, versando sobre os mais variados temas relacionados à criança: coqueluche, bacteriologia, higiene profilática, linfangites, doenças parasitárias, tuberculose, moléstias de pele, emprego de sais de quinino, hérnias, febre amarela, impaludismo, mortalidade infantil, sífilis, amas mercenárias, difteria, alimentação da criança, doença de Barlow, catarata congênita, reumatismo cardíaco, a cura pelo sol e hanseníase, dentre outros. Publicou, também, 3 importantes livros, obras de referência para a história da pediatria no Brasil: “Hygiene Infantil” (1917), “Formulário de Doenças das Creanças” (1923) e “Histórico da Protecção à Infância no Brasil” (1926).

Pouco antes de morrer, doou todo o patrimônio do Instituto de Proteção e Assistência à Infância e do Departamento da Criança no Brasil à prefeitura municipal. Veio a falecer em 14 de maio de 1944.

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