O presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), professor Rubens Belfort Jr, concedeu, nesta quinta-feira (13/5), o diploma e título de vice-presidente honorário ao ministro da Saúde, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes. A cerimônia de entrega foi virtual e contou com cerca de 100 autoridades, médicos e pesquisadores da comunidade científica nacional.
Em seu discurso de posse, o Ministro Marcelo Queiroga ressaltou seu esforço, nesses dois meses de mandato, de priorizar o enfrentamento da covid-19, focando em duas principais frentes: a aceleração da vacinação da população brasileira; e o reforço de orientação da população quanto às medidas de proteção com uso de máscaras, higienização correta das mãos e o distanciamento social. Queiroga também apresentou suas ações em um esforço de promover a aproximação com a comunidade científica brasileira e organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Panamericana da Saúde (Opas).
– Uma gestão participativa e tripartite, sendo o Sistema Único de Saúde o pilar para o enfrentamento da pandemia. O Brasil é o único país no mundo que possui um sistema de saúde público, integral e universal que dá acesso a 100 milhões de pessoas. O Programa Nacional de Imunização é outro exemplo com 37 mil salas espalhadas em todo território nacional. Já aplicamos mais de 49 milhões de vacinas contra covid-19 e distribuímos cerca de 80 milhões. Conseguimos aplicar, em um único dia, 1,7 milhões de doses e podemos alcançar 2,4 milhões aplicadas em um mesmo dia.
O médico sanitarista Carlos Chagas, membro da Academia Nacional de Medicina, e a descoberta do ciclo completo da doença que leva seu nome na menina Berenice; assim como instituições como a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan foram lembrados pelo ministro Queiroga como importantes marcos da saúde pública no Brasil. Segundo ele, precisamos avançar no combate à pandemia por covid-19 e enfrentar outros desafios tanto na saúde pública como na saúde suplementar que atende 48 milhões de indivíduos no país.
– Chagas soube ouvir a Berenice. Hoje, nós precisamos ouvir as Berenices que habitam essa nação, finalizou Queiroga.
O presidente da ANM, Rubens Belfort, ressaltou a luta que deve aproximar as políticas públicas de saúde das instituições com reconhecimento nacional em prol das informações baseadas em evidências científicas, mostrando bons exemplos que levem a menos morte, menos sofrimento e mais saúde.
– A Academia Nacional de Medicina, desde o Império, passando pela a primeira e a segunda Repúblicas procura assessorar os governos e ajudar o Brasil. Não podemos esquecer o passado, mas devemos olhar o presente e o futuro. Ministro Queiroga, conte conosco para atingirmos objetivos de interesse da nação.
O vínculo da Academia Nacional de Medicina com o governo brasileiro remonta sua criação, em 1829, com o objetivo de estreitar laços e assessorar a política de saúde do país.
Biografia – Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (1988), é especialista em Cardiologia com área de atuação em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB). Fez residência Médica em Cardiologia, reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) no Hospital Adventista Silvestre (RJ) em 1992. Doutorando em Bioética (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Portugal). Foi diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa, e médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, Paraíba. Também atuou como dirigente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na qual já exerceu a presidência no biênio 2012/2013, estando licenciado como membro do seu Conselho Consultivo. Presidente licenciado da Sociedade Brasileira de Cardiologia.