Especialidade: Doenças infecciosas e tropicais, Saúde Pública
Marc Gentilini nasceu em 31 de julho de 1929 em Compiègne. Ele cursou seu ensino secundário no Colégio Jesuíta de Reims, onde também iniciou a Faculdade de Medicina, mais tarde seguida pelo externato e internato em medicina interna (Pr. Domart, Pr. Deparis, Pr. Turiaf, Pr. Milliez, Pr. Marchal) nos Hospitais de Paris. Paralelamente tornou-se assistente em parasitologia (Prov. Galliard, com o célebre Professor Emile Brumpt). Ele fez seu serviço militar na Argélia (Hamada Guir), Sudão Francês (atual Mali) (Gao, Kidal, Tessalit) e Senegal (Thies).
Chefe de Clínica – Assistente dos Hospitais de Paris, ele foi nomeado para a Agregação de Microbiologia (bacteriologia, virologia, parasitologia) em 1966. Exerceu no Hospital Claude Bernard e no Hospital Saint-Louis, antes de ser designado para o Hospital Pitié-Salpêtrière, em 1970 onde criou um Departamento de Doenças Infecciosas e Tropicais, e o Laboratório Central da Parasitologia e Micologia, e finalmente, de saúde pública, especialmente voltado para os países em desenvolvimento. Em 1968, ele criou o Comitê Médico e de Assistência MédicoSocial aos Migrantes, Organização não Governamental próxima do Poder Público, apoiando problemas decorrentes da imigração, tanto clínica quanto socialmente.
Na Pitié-Salpêtrière, ele se tornou Professor de Parasitologia e depois de Saúde Pública e de Clínica de Doenças Infecciosas e Tropicais no Pavillão Laveran. O conjunto dessas três disciplinas constitui uma entidade com atividades clínicas e biológicas complementares, contempladas na primeira Unidade de Parasitologia do Inserm em Paris (INSERM 313): “Malária e AIDS na África”. Foi nessa unidade, em particular, que foi estabelecida pela primeira vez na França o cultivo in vitro de Plasmodium falciparum. A partir de 1981, com o surgimento da síndrome da imunodeficiência adquirida, revelada por doenças oportunistas (parasitas, fungos …), o Serviço da Pitié-Salpêtrière torna-se, com o Hospital Claude Bernard, uma estrutura de liderança no tema, resultando em grande extensão da acolhida dos muitos pacientes que buscam socorro em condições médicas e sociais difíceis. Nesse período, um grupo de trabalho sobre esta nova condição é criado e é do Pavilhão Laveran da Pitié-Salpêtrière que parte o gânglio no qual Luc Montagnier, Françoise Barre-Sinoussi e Jean-Claude Chermann identificam o vírus da AIDS (depois denominado de HIV-1).
Eleito Presidente da Sociedade de Patologia Exótica por quatro anos, ele mobilizou a sociedade científica durante uma cerimônia na Academia de Medicina, na presença do Presidente da República (1997), na qual foram concedidas três medalhas de ouro: ao General Médico Lapeysonnie, pela a luta contra a meningite cerebrospinal no Sahel Africano, o Inspetor Geral Jean Mouchet (ORSTOM-IRD), pelo seu trabalho sobre a malária e particularmente a luta anti-vetorial e a freira francesa Irmã Emmanuelle, por seu trabalho a serviço dos pobres (especialmente no Egito).
De 1970 a 1997, Marc Gentilini dirigiu o Serviço que criou e se tornou gradualmente o Departamento de Doenças Infecciosas Parasitárias e Tropicais e de Saúde Pública agrupando essas disciplinas reforçadas com a criação do Instituto de Saúde e Desenvolvimento no “Cordeliers”. Ele criou um Curso de Medicina Tropical (Santé dans le Monde) expandido pelos aspectos demográficos, geográficos, econômicos na escala global. Esse conjunto constitui uma escola que se torna rapidamente de renome internacional. Muitos estudantes estrangeiros passam pelo Instituto e retornam ao seu País de origem para exercer responsabilidades Hospitalo-universitárias (Argélia, Benin, Brasil, Congo, Egito, Grécia, Mali, Marrocos, Tunísia…) ou nos territórios ou Departamentos de ultramar (Guiana Francesa, Martinica…).
Em junho de 1997, foi eleito Presidente da Cruz Vermelha francesa e exerceu as suas funções durante sete anos e meio, até dezembro de 2004. Durante seus dois mandatos, ele desenvolveu operações internacionais e, em conjunto com o Organização Pan-Africana contra a SIDA (OPALS), instalando, em uma dúzia de estados africanos, os primeiros Centros de Tratamento em regime Ambulatorial (CTA) para doentes com SIDA na África e desenvolve uma campanha para o acesso aos anti-retrovirais para todos. Isso a despeito das Organizações Internacionais que julgavam a proposta muito acima dos meios disponíveis, até a criação do Fundo Mundial de Luta contra a tuberculose, a malária e a AIDS em 2002.
Durante dois anos (2000-2002), ele também geriu o Centro de Sangatte, que recebeu até 2.000 migrantes por dia tentando passar de Calais para o Reino Unido. Além disso, Marc Gentilini é ou foi: Membro da Academia de Medicina em 1991, onde foi eleito e que presidiu em 2008. Membro do Conselho Econômico e Social (2002-2010), onde escreveu um parecer em 2006 sobre a “Cooperação Sanitária Francesa em Países em desenvolvimento”.
Membro da Comissão Consultiva Nacional de Direitos Humanos (CNCDH) por quatro anos. Membro do Primeiro Colégio da Alta Autoridade contra a Discriminação e para a Igualdade (HALDE). Presidente da Academia Francesa da Água, por 12 anos, até dezembro de 2013. Membro da Academia de Ciências do Ultramar, desde 6 de dezembro de 1996. Coordenador da Saúde e Meio Ambiente Plano 2 Nacional (PNSE 2) (2009-2013) Membro do Conselho de Administração da Fundação Chirac para Acesso à Saúde de Qualidade para Todos e para a luta contra os medicamentos falsificados (da Declaração de Cotonou por Jacques Chirac em 12 de outubro de 2009).
Atualmente, ele continua as suas atividades: na OPALS (Organização Pan-Africana contra a SIDA, OPALS), que preside e cujo alcance se expandiu da AIDS à toda patologia da mãe e da criança (Iniciativa Muskoka) tornando-se Fondation Pan-Africaine pour la Santé, que é hoje abrigada no seio da Fondation Académie de Médecine, onde ele apresentou um relatório “Os medicamentos falsificados – mais do que um escândalo, um crime”, em 8 de dezembro de 2015, coassinado pelas Academias de Farmácia e Veterinária, em origem de um manifesto co-assinado pelas três Academias e as três ordens profissionais, exigindo a ratificação urgente pela França, da Convenção Medicrime do Conselho da Europa, conquistada pelo voto da Assembléia nacional 19 de maio de 2016.
Em 2017 por indicação do Acad. Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro tornou-se Correspondente Estrangeiro da Academia Nacional de Medicina e posteriormente em 2021 recebeu a outorga de Honorários Estrangeiro na mesma instituição.
Eleição: 09/09/2021
Indicação: Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro
Classificação: Estrangeiro
Eleição: 09/09/2021
Indicação: Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro
Classificação: Estrangeiro
Especialidade: Doenças infecciosas e tropicais, Saúde Pública
Marc Gentilini nasceu em 31 de julho de 1929 em Compiègne. Ele cursou seu ensino secundário no Colégio Jesuíta de Reims, onde também iniciou a Faculdade de Medicina, mais tarde seguida pelo externato e internato em medicina interna (Pr. Domart, Pr. Deparis, Pr. Turiaf, Pr. Milliez, Pr. Marchal) nos Hospitais de Paris. Paralelamente tornou-se assistente em parasitologia (Prov. Galliard, com o célebre Professor Emile Brumpt). Ele fez seu serviço militar na Argélia (Hamada Guir), Sudão Francês (atual Mali) (Gao, Kidal, Tessalit) e Senegal (Thies).
Chefe de Clínica – Assistente dos Hospitais de Paris, ele foi nomeado para a Agregação de Microbiologia (bacteriologia, virologia, parasitologia) em 1966. Exerceu no Hospital Claude Bernard e no Hospital Saint-Louis, antes de ser designado para o Hospital Pitié-Salpêtrière, em 1970 onde criou um Departamento de Doenças Infecciosas e Tropicais, e o Laboratório Central da Parasitologia e Micologia, e finalmente, de saúde pública, especialmente voltado para os países em desenvolvimento. Em 1968, ele criou o Comitê Médico e de Assistência MédicoSocial aos Migrantes, Organização não Governamental próxima do Poder Público, apoiando problemas decorrentes da imigração, tanto clínica quanto socialmente.
Na Pitié-Salpêtrière, ele se tornou Professor de Parasitologia e depois de Saúde Pública e de Clínica de Doenças Infecciosas e Tropicais no Pavillão Laveran. O conjunto dessas três disciplinas constitui uma entidade com atividades clínicas e biológicas complementares, contempladas na primeira Unidade de Parasitologia do Inserm em Paris (INSERM 313): “Malária e AIDS na África”. Foi nessa unidade, em particular, que foi estabelecida pela primeira vez na França o cultivo in vitro de Plasmodium falciparum. A partir de 1981, com o surgimento da síndrome da imunodeficiência adquirida, revelada por doenças oportunistas (parasitas, fungos …), o Serviço da Pitié-Salpêtrière torna-se, com o Hospital Claude Bernard, uma estrutura de liderança no tema, resultando em grande extensão da acolhida dos muitos pacientes que buscam socorro em condições médicas e sociais difíceis. Nesse período, um grupo de trabalho sobre esta nova condição é criado e é do Pavilhão Laveran da Pitié-Salpêtrière que parte o gânglio no qual Luc Montagnier, Françoise Barre-Sinoussi e Jean-Claude Chermann identificam o vírus da AIDS (depois denominado de HIV-1).
Eleito Presidente da Sociedade de Patologia Exótica por quatro anos, ele mobilizou a sociedade científica durante uma cerimônia na Academia de Medicina, na presença do Presidente da República (1997), na qual foram concedidas três medalhas de ouro: ao General Médico Lapeysonnie, pela a luta contra a meningite cerebrospinal no Sahel Africano, o Inspetor Geral Jean Mouchet (ORSTOM-IRD), pelo seu trabalho sobre a malária e particularmente a luta anti-vetorial e a freira francesa Irmã Emmanuelle, por seu trabalho a serviço dos pobres (especialmente no Egito).
De 1970 a 1997, Marc Gentilini dirigiu o Serviço que criou e se tornou gradualmente o Departamento de Doenças Infecciosas Parasitárias e Tropicais e de Saúde Pública agrupando essas disciplinas reforçadas com a criação do Instituto de Saúde e Desenvolvimento no “Cordeliers”. Ele criou um Curso de Medicina Tropical (Santé dans le Monde) expandido pelos aspectos demográficos, geográficos, econômicos na escala global. Esse conjunto constitui uma escola que se torna rapidamente de renome internacional. Muitos estudantes estrangeiros passam pelo Instituto e retornam ao seu País de origem para exercer responsabilidades Hospitalo-universitárias (Argélia, Benin, Brasil, Congo, Egito, Grécia, Mali, Marrocos, Tunísia…) ou nos territórios ou Departamentos de ultramar (Guiana Francesa, Martinica…).
Em junho de 1997, foi eleito Presidente da Cruz Vermelha francesa e exerceu as suas funções durante sete anos e meio, até dezembro de 2004. Durante seus dois mandatos, ele desenvolveu operações internacionais e, em conjunto com o Organização Pan-Africana contra a SIDA (OPALS), instalando, em uma dúzia de estados africanos, os primeiros Centros de Tratamento em regime Ambulatorial (CTA) para doentes com SIDA na África e desenvolve uma campanha para o acesso aos anti-retrovirais para todos. Isso a despeito das Organizações Internacionais que julgavam a proposta muito acima dos meios disponíveis, até a criação do Fundo Mundial de Luta contra a tuberculose, a malária e a AIDS em 2002.
Durante dois anos (2000-2002), ele também geriu o Centro de Sangatte, que recebeu até 2.000 migrantes por dia tentando passar de Calais para o Reino Unido. Além disso, Marc Gentilini é ou foi: Membro da Academia de Medicina em 1991, onde foi eleito e que presidiu em 2008. Membro do Conselho Econômico e Social (2002-2010), onde escreveu um parecer em 2006 sobre a “Cooperação Sanitária Francesa em Países em desenvolvimento”.
Membro da Comissão Consultiva Nacional de Direitos Humanos (CNCDH) por quatro anos. Membro do Primeiro Colégio da Alta Autoridade contra a Discriminação e para a Igualdade (HALDE). Presidente da Academia Francesa da Água, por 12 anos, até dezembro de 2013. Membro da Academia de Ciências do Ultramar, desde 6 de dezembro de 1996. Coordenador da Saúde e Meio Ambiente Plano 2 Nacional (PNSE 2) (2009-2013) Membro do Conselho de Administração da Fundação Chirac para Acesso à Saúde de Qualidade para Todos e para a luta contra os medicamentos falsificados (da Declaração de Cotonou por Jacques Chirac em 12 de outubro de 2009).
Atualmente, ele continua as suas atividades: na OPALS (Organização Pan-Africana contra a SIDA, OPALS), que preside e cujo alcance se expandiu da AIDS à toda patologia da mãe e da criança (Iniciativa Muskoka) tornando-se Fondation Pan-Africaine pour la Santé, que é hoje abrigada no seio da Fondation Académie de Médecine, onde ele apresentou um relatório “Os medicamentos falsificados – mais do que um escândalo, um crime”, em 8 de dezembro de 2015, coassinado pelas Academias de Farmácia e Veterinária, em origem de um manifesto co-assinado pelas três Academias e as três ordens profissionais, exigindo a ratificação urgente pela França, da Convenção Medicrime do Conselho da Europa, conquistada pelo voto da Assembléia nacional 19 de maio de 2016.
Em 2017 por indicação do Acad. Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro tornou-se Correspondente Estrangeiro da Academia Nacional de Medicina e posteriormente em 2021 recebeu a outorga de Honorários Estrangeiro na mesma instituição.