Filho de Januário Capriglione e de D. Conceta Define. Nasceu em 23 de agosto de 1901, na Cidade de Mococa, São Paulo.
Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 29/12/1923.
Inscreveu-se como candidato à vaga aberta na Secção de Medicina Geral, com a transferência do Acad. Raul Pitanga Santos desta Secção para a de Cirurgia Especializada, em 26/10/1939, onde passou a ocupar a poltrona vaga com o falecimento do Acad. Gabriel de Andrade, comunicado em sessão de 20/10/1939. Apresentou a memória “Aspectos da Fisiopatologia Auricular”.
Exerceu numerosos cargos públicos, tendo sido inclusive Secretário de Saúde e Assistência da Prefeitura do antigo Distrito Federal, no Rio de Janeiro. Criou, nesta época, os famosos “comandos sanitários”. Foi também inspetor do ensino secundário, em Fortaleza (1925), São Paulo (1926), Oliveira (1926) e Araquara (1926).
Professor de Patologia Interna da Escola de Enfermagem Ana Nery, em 1929, conquistou em 1931 a docência-livre de Clínica Médica na Faculdade Nacional de Medicina e em 1931, na mesma Faculdade, a docência de Clínica de Doenças Infecciosas e Tropicais.
Foi chefe do Serviço de Clínica-Médica do Hospital da Gamboâ (Enfermarias São Sebastião e São João). Em 1943 foi classificado em concurso, para Professor Catedrático de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
No Hospital Moncorvo Filho criou um dos melhores serviços de clínica do país. Deixou numerosos trabalhos sobre Ginecomastia e Cirrose Hepática, Formas Nervosas do Impaludismo, Malária Perniciosa, Fisiopatologia da Atividade Auricular, Equilíbrio Ácido-Básico e trocas Cloro-Azotadas (tese de livre-docência, 1930), Distúrbios da Condução Sino-Auricular, temas de Cardiologia, Tesaurismoses lipoídicas (1941), o sistema Retículo-Endotelial nas Protozooses (1935), Aneurisma da Artéria Pulmonar (1945). As Funções Renais no Diabete (1945), Doença de Chagas (1946), Síndrome de Gaucher (1946), Alterações Cardíacas na Uremia, com referência especial ao papel da Hiperpotassemia (1947), aspectos pouco frequentes da Alcaptonúria (1949), Hipertrofia Muscular Vera (1951).
Fez escola, tendo sido seus discípulos, entre outros, Aarão Bemchimol, Paulo de Góes, Emiliano Gomes, Barreto Netto, José Schermann, Paulo Schlesinger e tantos outros.
Com a morte de Capriglione, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro a 20 de agosto de 1953, perdeu a medicina brasileira e o ensino do país um de seus mais conceituados e eruditos mestres, exatamente quando, na maturidade, era de esperar-se muito de sua inteligência. Galgou com méritos todos os postos no magistério. Foi interno, assistente, docente, chefe de clínica, titular de várias cátedras e em todos esses postos sempre se destacou por sua marcante personalidade.
Número acadêmico: 367
Cadeira: 16 Érico Marinho da Gama Coelho
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 16/05/1940
Posse: 06/06/1940
Sob a presidência: Aloysio de Castro
Saudado: Agenor Edésio Estelita Lins
Antecessor: Raul Pitanga Santos
Falecimento: 20/08/1953
Número acadêmico: 367
Cadeira: 16 Érico Marinho da Gama Coelho
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 16/05/1940
Posse: 06/06/1940
Sob a presidência: Aloysio de Castro
Saudado: Agenor Edésio Estelita Lins
Antecessor: Raul Pitanga Santos
Falecimento: 20/08/1953
Filho de Januário Capriglione e de D. Conceta Define. Nasceu em 23 de agosto de 1901, na Cidade de Mococa, São Paulo.
Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 29/12/1923.
Inscreveu-se como candidato à vaga aberta na Secção de Medicina Geral, com a transferência do Acad. Raul Pitanga Santos desta Secção para a de Cirurgia Especializada, em 26/10/1939, onde passou a ocupar a poltrona vaga com o falecimento do Acad. Gabriel de Andrade, comunicado em sessão de 20/10/1939. Apresentou a memória “Aspectos da Fisiopatologia Auricular”.
Exerceu numerosos cargos públicos, tendo sido inclusive Secretário de Saúde e Assistência da Prefeitura do antigo Distrito Federal, no Rio de Janeiro. Criou, nesta época, os famosos “comandos sanitários”. Foi também inspetor do ensino secundário, em Fortaleza (1925), São Paulo (1926), Oliveira (1926) e Araquara (1926).
Professor de Patologia Interna da Escola de Enfermagem Ana Nery, em 1929, conquistou em 1931 a docência-livre de Clínica Médica na Faculdade Nacional de Medicina e em 1931, na mesma Faculdade, a docência de Clínica de Doenças Infecciosas e Tropicais.
Foi chefe do Serviço de Clínica-Médica do Hospital da Gamboâ (Enfermarias São Sebastião e São João). Em 1943 foi classificado em concurso, para Professor Catedrático de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
No Hospital Moncorvo Filho criou um dos melhores serviços de clínica do país. Deixou numerosos trabalhos sobre Ginecomastia e Cirrose Hepática, Formas Nervosas do Impaludismo, Malária Perniciosa, Fisiopatologia da Atividade Auricular, Equilíbrio Ácido-Básico e trocas Cloro-Azotadas (tese de livre-docência, 1930), Distúrbios da Condução Sino-Auricular, temas de Cardiologia, Tesaurismoses lipoídicas (1941), o sistema Retículo-Endotelial nas Protozooses (1935), Aneurisma da Artéria Pulmonar (1945). As Funções Renais no Diabete (1945), Doença de Chagas (1946), Síndrome de Gaucher (1946), Alterações Cardíacas na Uremia, com referência especial ao papel da Hiperpotassemia (1947), aspectos pouco frequentes da Alcaptonúria (1949), Hipertrofia Muscular Vera (1951).
Fez escola, tendo sido seus discípulos, entre outros, Aarão Bemchimol, Paulo de Góes, Emiliano Gomes, Barreto Netto, José Schermann, Paulo Schlesinger e tantos outros.
Com a morte de Capriglione, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro a 20 de agosto de 1953, perdeu a medicina brasileira e o ensino do país um de seus mais conceituados e eruditos mestres, exatamente quando, na maturidade, era de esperar-se muito de sua inteligência. Galgou com méritos todos os postos no magistério. Foi interno, assistente, docente, chefe de clínica, titular de várias cátedras e em todos esses postos sempre se destacou por sua marcante personalidade.