Nasceu em 26 de fevereiro de 1802, natural de Rio Pardo, província de São Pedro do Sul, no Rio Grande do Sul, filho mais velho do tenente português José Martins da Cruz Jobim e de sua primeira esposa Eugenia Rosa Fortes. Entre seus irmãos estava Antônio Martins da Cruz Jobim, o Barão de Cambaí.
Bacharel em Ciências Físicas, em 1826, e Doutor em Medicina, em 1828, pela Faculté de Médecine de Paris, Cruz Jobim, ao retornar ao Brasil, foi nomeado Médico do Hospital da Misericórdia (atual Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro), onde chefiou uma de suas enfermarias. No ano de 1860, lhe foi concedido o título de primeiro e único Médico Honorário do referido Hospital.
Membro Titular da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro (posteriormente denominada Academia Imperial de Medicina, atual Academia Nacional de Medicina), empossado em 30 de junho de 1829, foi um de seus fundadores, juntamente com Joaquim Cândido Soares de Meirelles, Luiz Vicente De Simoni, José Francisco Xavier Sigaud e Jean Maurice Faivre, e a presidiu no 3º trimestre de 1831, 3º e 4º trimestres de 1834, em 1839 – 1840 e 1848 – 1851.
Em sessão de 3 de outubro de 1963, foi escolhido Patrono da Cadeira 41.
Luiza Marcondes Jobim, uma de suas filhas, casou-se com Vicente Cândido Figueira Saboia, posteriormente, Visconde de Saboia, que foi Presidente da Academia Nacional de Medicina de 1891 a 1892.
Nomeado Médico do Paço, por José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1831, tornou-se Médico da Imperial Câmara e, nesse mesmo ano, escreveu “Insânia loquaz”, o primeiro texto sobre doença mental no Brasil, baseado em dados clínicos e patológicos compatíveis com meningite tuberculosa.
Um dos pioneiros da Psiquiatria no Brasil, Jobim denunciou, no ano de 1835, em discurso na Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro (atual Academia Nacional de Medicina), a insalubridade dos porões da Santa Casa da Misericórdia e as péssimas condições em que viviam os loucos na cidade.
Em novembro de 1842 foi o primeiro médico a ser nomeado pela Mesa Administrativa do Hospício de Pedro II, fundado em 1841, com a atribuição de visitar, prescrever e formular o tratamento aos alienados recolhidos. Entre os anos de 1847 e 1851 integrou o quadro de médicos do Hospício de Pedro II, juntamente com Luiz Vicente De Simoni, Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, Luiz Bompani, Augusto Cezar de Souza, e Antonio José Pereira das Neves.
Cruz Jobim foi o orador da solenidade de transformação, por decreto imperial, da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro em Academia Imperial de Medicina. A solenidade ocorreu sob a presidência de honra do Marquês de Caravelas, Ministro do Império. Jobim pronunciou, na ocasião, o discurso sobre “As doenças que mais afligem as classes pobres do Rio de Janeiro” no qual descreve a doença por ele designada ‘Hipoemia Intertropical’ (Ancilostomose).
Na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro foi nomeado por concurso, Lente de Medicina Legal e Toxicologia (1833 – 1854) e Diretor (1842 – 1872). Em 1854, o mais antigo catedrático de Medicina Legal da Faculdade Médica do Rio de Janeiro, o Conselheiro José Martins da Cruz Jobim, foi imbuído, pelo Ministro da Justiça, da missão de coordenar comissão para uniformizar a prática dos exames médico-legais, organizando uma tabela prognóstica das lesões corporais. Alcançando a compulsória, em 1872, foi aposentado como Diretor, após trinta anos ininterruptos de exercício no cargo.
Conselheiro do Imperador, Membro Correspondente da Real Academia de Ciências de Nápoles e de Lisboa, Editor dos Anais Brasilienses de Medicina e da Revista Médica Fluminense. Foi agraciado com as Comendas da Ordem da Rosa e de Cristo, e da Imperial Ordem de São Estanislau (Rússia).
Na política, Cruz Jobim foi Deputado Geral, nas 7a e 8a legislaturas, pelo partido conservador, na pela província do Rio Grande do Sul (1849-1851), e Senador do Império pela província do Espírito Santo (01/03/1851), nas 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 15ª, 16ª e 17ª Legislaturas, cargo este que assumiu em 6 de maio de 1851 e onde permaneceu até a data de sua morte, em 1878.
Entre as homenagens prestadas a José Martins da Cruz Jobim, destacam-se a emissão de selo comemorativo por ocasião do 150º aniversário de seu nascimento, pelo Departamento dos Correios e Telégrafos e a mudança do nome da Rua Constantino Alves, situada no bairro de Irajá, no Rio de Janeiro, para Rua Cruz Jobim.
Faleceu aos 76 anos, em 23 de agosto de 1878, no Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 5
Cadeira: 41 José Martins da Cruz Jobim
Cadeira homenageado: 41
Membro: Fundador
Secção: Medicina
Eleição: 28/05/1829
Posse: 30/06/1829
Sob a presidência: Joaquim Candido Soares de Meirelles
Secção (patrono): Medicina
Falecimento: 23/08/1878
Número acadêmico: 5
Cadeira: 41 José Martins da Cruz Jobim
Cadeira homenageado: 41
Membro: Fundador
Secção: Medicina
Eleição: 28/05/1829
Posse: 30/06/1829
Sob a presidência: Joaquim Candido Soares de Meirelles
Secção (patrono): Medicina
Falecimento: 23/08/1878
Nasceu em 26 de fevereiro de 1802, natural de Rio Pardo, província de São Pedro do Sul, no Rio Grande do Sul, filho mais velho do tenente português José Martins da Cruz Jobim e de sua primeira esposa Eugenia Rosa Fortes. Entre seus irmãos estava Antônio Martins da Cruz Jobim, o Barão de Cambaí.
Bacharel em Ciências Físicas, em 1826, e Doutor em Medicina, em 1828, pela Faculté de Médecine de Paris, Cruz Jobim, ao retornar ao Brasil, foi nomeado Médico do Hospital da Misericórdia (atual Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro), onde chefiou uma de suas enfermarias. No ano de 1860, lhe foi concedido o título de primeiro e único Médico Honorário do referido Hospital.
Membro Titular da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro (posteriormente denominada Academia Imperial de Medicina, atual Academia Nacional de Medicina), empossado em 30 de junho de 1829, foi um de seus fundadores, juntamente com Joaquim Cândido Soares de Meirelles, Luiz Vicente De Simoni, José Francisco Xavier Sigaud e Jean Maurice Faivre, e a presidiu no 3º trimestre de 1831, 3º e 4º trimestres de 1834, em 1839 – 1840 e 1848 – 1851.
Em sessão de 3 de outubro de 1963, foi escolhido Patrono da Cadeira 41.
Luiza Marcondes Jobim, uma de suas filhas, casou-se com Vicente Cândido Figueira Saboia, posteriormente, Visconde de Saboia, que foi Presidente da Academia Nacional de Medicina de 1891 a 1892.
Nomeado Médico do Paço, por José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1831, tornou-se Médico da Imperial Câmara e, nesse mesmo ano, escreveu “Insânia loquaz”, o primeiro texto sobre doença mental no Brasil, baseado em dados clínicos e patológicos compatíveis com meningite tuberculosa.
Um dos pioneiros da Psiquiatria no Brasil, Jobim denunciou, no ano de 1835, em discurso na Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro (atual Academia Nacional de Medicina), a insalubridade dos porões da Santa Casa da Misericórdia e as péssimas condições em que viviam os loucos na cidade.
Em novembro de 1842 foi o primeiro médico a ser nomeado pela Mesa Administrativa do Hospício de Pedro II, fundado em 1841, com a atribuição de visitar, prescrever e formular o tratamento aos alienados recolhidos. Entre os anos de 1847 e 1851 integrou o quadro de médicos do Hospício de Pedro II, juntamente com Luiz Vicente De Simoni, Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, Luiz Bompani, Augusto Cezar de Souza, e Antonio José Pereira das Neves.
Cruz Jobim foi o orador da solenidade de transformação, por decreto imperial, da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro em Academia Imperial de Medicina. A solenidade ocorreu sob a presidência de honra do Marquês de Caravelas, Ministro do Império. Jobim pronunciou, na ocasião, o discurso sobre “As doenças que mais afligem as classes pobres do Rio de Janeiro” no qual descreve a doença por ele designada ‘Hipoemia Intertropical’ (Ancilostomose).
Na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro foi nomeado por concurso, Lente de Medicina Legal e Toxicologia (1833 – 1854) e Diretor (1842 – 1872). Em 1854, o mais antigo catedrático de Medicina Legal da Faculdade Médica do Rio de Janeiro, o Conselheiro José Martins da Cruz Jobim, foi imbuído, pelo Ministro da Justiça, da missão de coordenar comissão para uniformizar a prática dos exames médico-legais, organizando uma tabela prognóstica das lesões corporais. Alcançando a compulsória, em 1872, foi aposentado como Diretor, após trinta anos ininterruptos de exercício no cargo.
Conselheiro do Imperador, Membro Correspondente da Real Academia de Ciências de Nápoles e de Lisboa, Editor dos Anais Brasilienses de Medicina e da Revista Médica Fluminense. Foi agraciado com as Comendas da Ordem da Rosa e de Cristo, e da Imperial Ordem de São Estanislau (Rússia).
Na política, Cruz Jobim foi Deputado Geral, nas 7a e 8a legislaturas, pelo partido conservador, na pela província do Rio Grande do Sul (1849-1851), e Senador do Império pela província do Espírito Santo (01/03/1851), nas 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 15ª, 16ª e 17ª Legislaturas, cargo este que assumiu em 6 de maio de 1851 e onde permaneceu até a data de sua morte, em 1878.
Entre as homenagens prestadas a José Martins da Cruz Jobim, destacam-se a emissão de selo comemorativo por ocasião do 150º aniversário de seu nascimento, pelo Departamento dos Correios e Telégrafos e a mudança do nome da Rua Constantino Alves, situada no bairro de Irajá, no Rio de Janeiro, para Rua Cruz Jobim.
Faleceu aos 76 anos, em 23 de agosto de 1878, no Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio