O Dr. José Antônio de Abreu Fialho nasceu no dia 20 de janeiro de 1874, em Aracajú, capital de Sergipe, filho de Tito de Abreu Fialho e de D. Maria José de Abreu Fialho.
Estudou no Colégio Pedro II e matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1891, onde, até 1896, foi auxiliar do Instituto Vacínico Municipal do Rio de Janeiro e interno do Hospital Geral da Santa Casa, ambos os cargos conquistados por concurso. Doutorou-se em Medicina em 1896, defendendo tese intitulada “A oculística perante a patologia – perturbações oculares nas moléstias cerebrais”. Sua tese se tornou um documento muito marcante para a história da oftalmologia brasileira e ela lhe rendeu o convite a ser Diretor da mesma instituição. Nela, publicou diversos trabalhos, como, por exemplo, a tese “Anatomia e fisiologia da nutrição ocular”, “Anomalias congênitas do aparelho visual”, “Relações entre moléstias dos ouvidos e as dos olhos”, “Hérnia do corpo vítreo na câmara anterior”, “Afecções oculares por endo-infecção”, entre outros.
Dois anos após a formatura, foi nomeado, mediante concurso, professor substituto da Clínica de Moléstias dos olhos da Faculdade de Medicina, ocasião em que defendeu tese sobre “Estudo físico-clínico da nutrição ocular”.
Na mesma ocasião, foi nomeado médico oftalmologista dos hospitais da Sociedade Portuguesa de Beneficência, da Santa Casa de Misericórdia, da Penitenciária Estadual e do Hospital São Francisco de Paula.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1899, apresentando a memória intitulada “Anomalias congênitas do aparelho visual”, onde exerceu alguns cargos, como o de Presidente da Secção de Cirurgia Especializada. Transferiu-se para a classe de Honorários em 30 de novembro de 1933.
É o Patrono da Cadeira 71.
Em 1901 e 1902 permaneceu na Europa, onde frequentou o mais conceituado centro de oftalmologia do velho continente, a Clínica Fuchs, localizada na capital vienense. Ao regressar ao Brasil, foi considerado o mais destacado oftalmologista do país.
Em 22 de novembro de 1906, assumiu a cátedra de Oftalmologia. O Acad. Sylvio de Abreu Fialho, seu filho, em seu livro “Páginas Viradas”, relatou que no concurso a que se submeteu para a conquista da cátedra, surpreendeu os concorrentes favoritos, isto é, “…aqueles cujos nomes granjeavam maior evidência entre as elites. O único trunfo que Abreu Fialho possuía era a enorme confiança no saber acumulado nas vigílias do estudo em que se haviam consumido as melhores horas da sua mocidade”.
Em 1907, retornou à Europa em nova viagem de estudos, frequentando os hospitais de Berlim, Paris, Viena e outros centros científicos.
O Dr. José Antônio de Abreu Fialho fundou e presidiu a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, foi Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Alemã, Membro Honorário da Sociedade de Oftalmologia de Viena, da Associação Médica Argentina e do Instituto Brasileiro de Estomatologia, Membro Titular de várias instituições científicas, tais como o Instituto Histórico do Ceará, o Instituto Histórico de Sergipe, o American College of Surgeons, a Sociedade Brasileira de Psiquiatria e Medicina Legal, onde foi, também Vice-Presidente, e várias outras.
Foi fundador da “Revista de Clínicas” e dos “Anais de Oculística do Rio de Janeiro” e colaborou também com diversos periódicos do Brasil e do exterior, notadamente nos anais da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Medicina Militar, onde é o Patrono da Cadeira 30, no “Brasil Médico” e em outras revistas de medicina. É, também, o Patrono da Cadeira 21 da Academia Sergipana de Medicina.
Foi escritor notável, sobretudo de fábulas, pelo que mereceu elogios de Anastásio Bonsucesso e de outros mestres daquele gênero literário. Além das letras vernáculas, incursionou com sucesso na literatura hispânica, sendo, inclusive, vice-presidente da Casa de Cervantes.
Dominando várias línguas, lia autores estrangeiros no original, especialmente alemães, de forma que publicou vários trabalhos no idioma germânico e foi Presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Alemã.
O Dr. José Antônio de Abreu Fialho faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de março de 1940.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 194
Cadeira: 27 Augusto Brandão Filho
Cadeira homenageado: 71
Membro: Titular
Secção: Cirurgia
Eleição: 17/05/1899
Posse: 17/05/1899
Sob a presidência: Antonio José Pereira da Silva Araújo
Falecimento: 17/03/1940
Número acadêmico: 194
Cadeira: 27 Augusto Brandão Filho
Cadeira homenageado: 71
Membro: Titular
Secção: Cirurgia
Eleição: 17/05/1899
Posse: 17/05/1899
Sob a presidência: Antonio José Pereira da Silva Araújo
Falecimento: 17/03/1940
O Dr. José Antônio de Abreu Fialho nasceu no dia 20 de janeiro de 1874, em Aracajú, capital de Sergipe, filho de Tito de Abreu Fialho e de D. Maria José de Abreu Fialho.
Estudou no Colégio Pedro II e matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1891, onde, até 1896, foi auxiliar do Instituto Vacínico Municipal do Rio de Janeiro e interno do Hospital Geral da Santa Casa, ambos os cargos conquistados por concurso. Doutorou-se em Medicina em 1896, defendendo tese intitulada “A oculística perante a patologia – perturbações oculares nas moléstias cerebrais”. Sua tese se tornou um documento muito marcante para a história da oftalmologia brasileira e ela lhe rendeu o convite a ser Diretor da mesma instituição. Nela, publicou diversos trabalhos, como, por exemplo, a tese “Anatomia e fisiologia da nutrição ocular”, “Anomalias congênitas do aparelho visual”, “Relações entre moléstias dos ouvidos e as dos olhos”, “Hérnia do corpo vítreo na câmara anterior”, “Afecções oculares por endo-infecção”, entre outros.
Dois anos após a formatura, foi nomeado, mediante concurso, professor substituto da Clínica de Moléstias dos olhos da Faculdade de Medicina, ocasião em que defendeu tese sobre “Estudo físico-clínico da nutrição ocular”.
Na mesma ocasião, foi nomeado médico oftalmologista dos hospitais da Sociedade Portuguesa de Beneficência, da Santa Casa de Misericórdia, da Penitenciária Estadual e do Hospital São Francisco de Paula.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1899, apresentando a memória intitulada “Anomalias congênitas do aparelho visual”, onde exerceu alguns cargos, como o de Presidente da Secção de Cirurgia Especializada. Transferiu-se para a classe de Honorários em 30 de novembro de 1933.
É o Patrono da Cadeira 71.
Em 1901 e 1902 permaneceu na Europa, onde frequentou o mais conceituado centro de oftalmologia do velho continente, a Clínica Fuchs, localizada na capital vienense. Ao regressar ao Brasil, foi considerado o mais destacado oftalmologista do país.
Em 22 de novembro de 1906, assumiu a cátedra de Oftalmologia. O Acad. Sylvio de Abreu Fialho, seu filho, em seu livro “Páginas Viradas”, relatou que no concurso a que se submeteu para a conquista da cátedra, surpreendeu os concorrentes favoritos, isto é, “…aqueles cujos nomes granjeavam maior evidência entre as elites. O único trunfo que Abreu Fialho possuía era a enorme confiança no saber acumulado nas vigílias do estudo em que se haviam consumido as melhores horas da sua mocidade”.
Em 1907, retornou à Europa em nova viagem de estudos, frequentando os hospitais de Berlim, Paris, Viena e outros centros científicos.
O Dr. José Antônio de Abreu Fialho fundou e presidiu a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, foi Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Alemã, Membro Honorário da Sociedade de Oftalmologia de Viena, da Associação Médica Argentina e do Instituto Brasileiro de Estomatologia, Membro Titular de várias instituições científicas, tais como o Instituto Histórico do Ceará, o Instituto Histórico de Sergipe, o American College of Surgeons, a Sociedade Brasileira de Psiquiatria e Medicina Legal, onde foi, também Vice-Presidente, e várias outras.
Foi fundador da “Revista de Clínicas” e dos “Anais de Oculística do Rio de Janeiro” e colaborou também com diversos periódicos do Brasil e do exterior, notadamente nos anais da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Medicina Militar, onde é o Patrono da Cadeira 30, no “Brasil Médico” e em outras revistas de medicina. É, também, o Patrono da Cadeira 21 da Academia Sergipana de Medicina.
Foi escritor notável, sobretudo de fábulas, pelo que mereceu elogios de Anastásio Bonsucesso e de outros mestres daquele gênero literário. Além das letras vernáculas, incursionou com sucesso na literatura hispânica, sendo, inclusive, vice-presidente da Casa de Cervantes.
Dominando várias línguas, lia autores estrangeiros no original, especialmente alemães, de forma que publicou vários trabalhos no idioma germânico e foi Presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Alemã.
O Dr. José Antônio de Abreu Fialho faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de março de 1940.
Acad. Francisco Sampaio