O Dr. Joaquim Vicente Torres Homem nasceu em 1800 na cidade de Campos, província do Rio de Janeiro. Era filho de Vicente de Torres Homem e Francisca Gomes Moreira, e irmão de Francisco de Salles Torres Homem (Visconde de Inhomerim), figura destacada no cenário político imperial. Casou-se com Bernarda Angélica dos Santos Torres, e teve como filho o também médico e professor da cadeira de clínica médica de adultos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, João Vicente Torres Homem (1837-1858).
Foi agraciado com os títulos de Comendador da Ordem de Cristo e de Grande do Império, e foi membro do Conselho do Imperador.
Dr. Joaquim Vicente Torres Homem viajou para a França por volta de 1819, e lá se formou como bacharel em ciências físicas e naturais. Doutorou-se em Medicina em 5 de novembro de 1829 na Faculté de Médecine de Paris, com a tese intitulada “De l’utilité de l’auscultation et de la percussion dans le diagnostic de quelques maladies de la poitrine”. De volta a sua terra natal, se radicou na cidade do Rio de Janeiro.
Em julho de 1831 apresentou, no concurso para o lugar de substituto na cadeira de medicina da então Academia Médico-Cirúrgica do Rio de Janeiro, a tese intitulada “Da dysenteria”, sendo esta uma das primeiras teses defendidas naquela instituição (AS PRIMEIRAS, 1912). No ano de 1833 concorreu à cadeira de química médica e princípios elementares de mineralogia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, apresentando a tese intitulada “Fabrico de assucar no Brazil; analyse da agua gazoza da Villa de Campanha”. Foi aprovado em 23 de fevereiro de 1833, e ocupou esta cadeira até seu falecimento, em 1858.
Ocupou o cargo de diretor interino da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1856, e durante sua administração realizou importantes ações em prol do aperfeiçoamento do ensino naquela instituição, ao ter conseguido “transformar em escola de medicina um convento de recolhidas” (SANTOS, 1857, p.13).
Foi eleito, em 22 de julho de 1830, para a cadeira nº 18, da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, e posteriormente, no 4º trimestre de 1832, tornou-se seu presidente. Foi também colaborador do Semanário da Saúde Pública, periódico daquela sociedade.
Em 1830, por solicitação da Câmara dos deputados, a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, nomeou uma comissão para elaborar um anteprojeto de organização das escolas médicas do Império, da qual Joaquim Vicente Torres Homem participou, juntamente com os associados José Martins da Cruz Jobim, Joaquim José da Silva, José Maria Cambuci do Valle, Octaviano Maria da Rosa, João Maurice Faivre, e Joaquim Candido Soares de Meirelles. O projeto intitulava-se “Plano de organização das escolas de medicina do Rio de Janeiro e Bahia. Para ser apresentado à Câmara dos Srs. Deputados pela Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em satisfação ao convite que lhe foi feito pela mesma Câmara a 7 de outubro de 1830”, e foi apresentado à Assembleia da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro em 1831.
Foi médico da Imperial Câmara, tendo sido um dos que trataram da enfermidade, diagnosticada como febre intermitente nervosa, que havia acometido a princesa brasileira, D. Paula Mariana. Relatou este fato no “Relatório da moléstia de sua alteza a sereníssima princesa, senhora D. Paula Marianna”, elaborado juntamente com Francisco José de Sá, Fidélis Martins Bastos e José Martins da Cruz Jobim, e publicado no Diário do Governo de 19 de janeiro de 1833.
Faleceu em 9 de dezembro de 1858.
Número acadêmico: 18
Membro: Titular
Eleição: 22/07/1830
Posse: 24/07/1830
Sob a presidência: Christovão José dos Santos
Falecimento: 09/12/1858
Número acadêmico: 18
Membro: Titular
Eleição: 22/07/1830
Posse: 24/07/1830
Sob a presidência: Christovão José dos Santos
Falecimento: 09/12/1858
O Dr. Joaquim Vicente Torres Homem nasceu em 1800 na cidade de Campos, província do Rio de Janeiro. Era filho de Vicente de Torres Homem e Francisca Gomes Moreira, e irmão de Francisco de Salles Torres Homem (Visconde de Inhomerim), figura destacada no cenário político imperial. Casou-se com Bernarda Angélica dos Santos Torres, e teve como filho o também médico e professor da cadeira de clínica médica de adultos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, João Vicente Torres Homem (1837-1858).
Foi agraciado com os títulos de Comendador da Ordem de Cristo e de Grande do Império, e foi membro do Conselho do Imperador.
Dr. Joaquim Vicente Torres Homem viajou para a França por volta de 1819, e lá se formou como bacharel em ciências físicas e naturais. Doutorou-se em Medicina em 5 de novembro de 1829 na Faculté de Médecine de Paris, com a tese intitulada “De l’utilité de l’auscultation et de la percussion dans le diagnostic de quelques maladies de la poitrine”. De volta a sua terra natal, se radicou na cidade do Rio de Janeiro.
Em julho de 1831 apresentou, no concurso para o lugar de substituto na cadeira de medicina da então Academia Médico-Cirúrgica do Rio de Janeiro, a tese intitulada “Da dysenteria”, sendo esta uma das primeiras teses defendidas naquela instituição (AS PRIMEIRAS, 1912). No ano de 1833 concorreu à cadeira de química médica e princípios elementares de mineralogia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, apresentando a tese intitulada “Fabrico de assucar no Brazil; analyse da agua gazoza da Villa de Campanha”. Foi aprovado em 23 de fevereiro de 1833, e ocupou esta cadeira até seu falecimento, em 1858.
Ocupou o cargo de diretor interino da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1856, e durante sua administração realizou importantes ações em prol do aperfeiçoamento do ensino naquela instituição, ao ter conseguido “transformar em escola de medicina um convento de recolhidas” (SANTOS, 1857, p.13).
Foi eleito, em 22 de julho de 1830, para a cadeira nº 18, da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, e posteriormente, no 4º trimestre de 1832, tornou-se seu presidente. Foi também colaborador do Semanário da Saúde Pública, periódico daquela sociedade.
Em 1830, por solicitação da Câmara dos deputados, a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, nomeou uma comissão para elaborar um anteprojeto de organização das escolas médicas do Império, da qual Joaquim Vicente Torres Homem participou, juntamente com os associados José Martins da Cruz Jobim, Joaquim José da Silva, José Maria Cambuci do Valle, Octaviano Maria da Rosa, João Maurice Faivre, e Joaquim Candido Soares de Meirelles. O projeto intitulava-se “Plano de organização das escolas de medicina do Rio de Janeiro e Bahia. Para ser apresentado à Câmara dos Srs. Deputados pela Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em satisfação ao convite que lhe foi feito pela mesma Câmara a 7 de outubro de 1830”, e foi apresentado à Assembleia da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro em 1831.
Foi médico da Imperial Câmara, tendo sido um dos que trataram da enfermidade, diagnosticada como febre intermitente nervosa, que havia acometido a princesa brasileira, D. Paula Mariana. Relatou este fato no “Relatório da moléstia de sua alteza a sereníssima princesa, senhora D. Paula Marianna”, elaborado juntamente com Francisco José de Sá, Fidélis Martins Bastos e José Martins da Cruz Jobim, e publicado no Diário do Governo de 19 de janeiro de 1833.
Faleceu em 9 de dezembro de 1858.