Nasceu em 18 de agosto de 1938 em Porto Alegre no Rio Grande do Sul.
Filho de Abrahão José Nesralla e Nazime Nesralla, de origem libanesa. Ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1957, graduando-se em 1962.
Como acadêmico (1960-61), fundou e organizou atendimento médico nas vilas populares – o primeiro serviço do gênero. Durante o curso, foi convidado a compor a primeira equipe de cirurgia torácica e cardiovascular. Logo após a conclusão do curso, classificou-se em concurso público para atuar no recém-criado serviço de cirurgia torácica e cardiovascular da Universidade, tornando-se o primeiro médico residente do Serviço.
Em meados da década de 60, foi residente do Instituto Dante Pazzaneze de Cardiologia de São Paulo, sob a orientação do professor Adib Jatene. Em 1968, estagiou em sete serviços de cirurgia cardíaca nos Estados Unidos, entre os quais, Stanford University Medical Center, Baylor College of Medicine, Texas Heart Institute, Mayo Clinic, Universidade do Estado de New York (Buffalo), The Children’s Hospital Medical Center – Harvard Medical School.
Posteriormente, em Porto Alegre, assumiu a chefia do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Departamento de Cirurgia da UFRGS e, em paralelo, idealizou e colocou em funcionamento o serviço de cirurgia cardiovascular do Instituto de Cardiologia do RS, onde até hoje é chefe. O Acadêmico realizou mais de 45.000 cirurgias do coração e dos grandes vasos, e mais de uma centena de transplantes cardíacos.
Em 1970, realizou cirurgia de revascularização do miocárdio, com ponte de veia safena, uma das primeiras no Brasil e a primeira no Rio Grande do Sul. Em 1973, empregou, pela primeira vez no país, a técnica da hipotermia profunda e parada circulatória total, para correção de defeito congênito complexo, em crianças de baixo peso. Em 1984, realizou o primeiro transplante cardíaco do Rio Grande do Sul, retomando o programa de transplante cardíaco no país. Foi ainda o responsável pela colocação do primeiro coração elétrico implantável no Brasil, com grande repercussão em toda a América Latina (1999). No ano seguinte, fez a primeira cirurgia com uso da técnica robótica na América Latina.
Foi ainda presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (1985-1987) e da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (1989 e 1990). Foi eleito também, por duas vezes consecutivas, Diretor-presidente da Fundação Universitária de Cardiologia, entre 1993 e 1999. Em março de 1997, foi eleito presidente da Academia Sul Rio Grandense de Medicina.
De 1983 a 1991, presidiu, a convite governador do RS, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Recebeu, em 1985, o título de Sócio Benemérito da Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, cargo que voltou a ocupar em 2003.
Na área da cultura, também assumiu, em 1998 a presidência da II Bienal de Artes Visuais do Mercosul realizada pela Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul em parceria com os ministérios da Cultura, Educação e Relações Exteriores, do Governo do Estado do RS e prefeitura de Porto Alegre. Em agosto de 2000, foi reconduzido à presidência da III Bienal de Artes Visuais do Mercosul.
Foi agraciado com o título de cidadão emérito de Porto Alegre, pela Câmara Municipal de Vereadores, 1991. Recebeu ainda, em 2001, a Comenda da Ordem do Mérito Cultural e, em 2002, a medalha Cidade de Porto Alegre.
Faleceu no dia 16 de dezembro de 2020 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Número acadêmico: 631
Cadeira: 32 Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)
Membro: Titular
Secção: Cirurgia
Eleição: 06/04/2006
Posse: 16/05/2006
Sob a presidência: Antonio Luiz de Medina
Saudado: Adib Domingos Jatene
Antecessor: Pedro Monteiro Sampaio
Falecimento: 16/12/2020
Número acadêmico: 631
Cadeira: 32 Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)
Membro: Titular
Secção: Cirurgia
Eleição: 06/04/2006
Posse: 16/05/2006
Sob a presidência: Antonio Luiz de Medina
Saudado: Adib Domingos Jatene
Antecessor: Pedro Monteiro Sampaio
Falecimento: 16/12/2020
Nasceu em 18 de agosto de 1938 em Porto Alegre no Rio Grande do Sul.
Filho de Abrahão José Nesralla e Nazime Nesralla, de origem libanesa. Ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1957, graduando-se em 1962.
Como acadêmico (1960-61), fundou e organizou atendimento médico nas vilas populares – o primeiro serviço do gênero. Durante o curso, foi convidado a compor a primeira equipe de cirurgia torácica e cardiovascular. Logo após a conclusão do curso, classificou-se em concurso público para atuar no recém-criado serviço de cirurgia torácica e cardiovascular da Universidade, tornando-se o primeiro médico residente do Serviço.
Em meados da década de 60, foi residente do Instituto Dante Pazzaneze de Cardiologia de São Paulo, sob a orientação do professor Adib Jatene. Em 1968, estagiou em sete serviços de cirurgia cardíaca nos Estados Unidos, entre os quais, Stanford University Medical Center, Baylor College of Medicine, Texas Heart Institute, Mayo Clinic, Universidade do Estado de New York (Buffalo), The Children’s Hospital Medical Center – Harvard Medical School.
Posteriormente, em Porto Alegre, assumiu a chefia do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Departamento de Cirurgia da UFRGS e, em paralelo, idealizou e colocou em funcionamento o serviço de cirurgia cardiovascular do Instituto de Cardiologia do RS, onde até hoje é chefe. O Acadêmico realizou mais de 45.000 cirurgias do coração e dos grandes vasos, e mais de uma centena de transplantes cardíacos.
Em 1970, realizou cirurgia de revascularização do miocárdio, com ponte de veia safena, uma das primeiras no Brasil e a primeira no Rio Grande do Sul. Em 1973, empregou, pela primeira vez no país, a técnica da hipotermia profunda e parada circulatória total, para correção de defeito congênito complexo, em crianças de baixo peso. Em 1984, realizou o primeiro transplante cardíaco do Rio Grande do Sul, retomando o programa de transplante cardíaco no país. Foi ainda o responsável pela colocação do primeiro coração elétrico implantável no Brasil, com grande repercussão em toda a América Latina (1999). No ano seguinte, fez a primeira cirurgia com uso da técnica robótica na América Latina.
Foi ainda presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (1985-1987) e da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (1989 e 1990). Foi eleito também, por duas vezes consecutivas, Diretor-presidente da Fundação Universitária de Cardiologia, entre 1993 e 1999. Em março de 1997, foi eleito presidente da Academia Sul Rio Grandense de Medicina.
De 1983 a 1991, presidiu, a convite governador do RS, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Recebeu, em 1985, o título de Sócio Benemérito da Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, cargo que voltou a ocupar em 2003.
Na área da cultura, também assumiu, em 1998 a presidência da II Bienal de Artes Visuais do Mercosul realizada pela Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul em parceria com os ministérios da Cultura, Educação e Relações Exteriores, do Governo do Estado do RS e prefeitura de Porto Alegre. Em agosto de 2000, foi reconduzido à presidência da III Bienal de Artes Visuais do Mercosul.
Foi agraciado com o título de cidadão emérito de Porto Alegre, pela Câmara Municipal de Vereadores, 1991. Recebeu ainda, em 2001, a Comenda da Ordem do Mérito Cultural e, em 2002, a medalha Cidade de Porto Alegre.
Faleceu no dia 16 de dezembro de 2020 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.