Incidência de quedas em idosos é tema em Simpósio na ANM

15/07/2024

As quedas entre os idosos têm se tornado uma preocupação crescente, com dados que revelam uma situação alarmante tanto no Brasil quanto em países desenvolvidos. O tema foi discutido durante um Simpósio no última quinta-feira (11), na Academia Nacional de Medicina (ANM)

O Acadêmico Maurício Gomes Pereira destaca que as estatísticas nacionais são semelhantes às de nações ocidentais desenvolvidas, evidenciando uma alta prevalência de fraturas, especialmente no quadril. Pereira explica que, anualmente, uma em cada cinco pessoas com mais de 65 anos sofre uma queda, e um quarto dessas quedas resulta em lesões físicas. 

Para os idosos com 80 anos ou mais, a estimativa é ainda mais preocupante: 40% enfrentam quedas anualmente. Além disso, a taxa de mortalidade por quedas é três vezes maior em pessoas com mais de 85 anos em comparação com aqueles entre 75 e 84 anos. Observa-se também que as consultas de emergência e hospitalizações devido a quedas são quase três vezes mais frequentes em mulheres do que em homens, um dado que reflete o aumento do risco de fraturas em mulheres pós-menopausa e naquelas com osteoporose.

Adriano Moraes, especialista em Cardiologia e Medicina Esportiva, aborda as quedas relacionadas a causas cardíacas, como síncope e vertigem. O Acadêmico Jair de Carvalho e Castro complementa a discussão, enfatizando a importância da prevenção de quedas causadas por vertigens. Referência neste segmento, ele sugere que adaptações domiciliares, exercícios físicos, revisão de medicamentos e acompanhamento médico são fundamentais para mitigar esse risco.

A visão do envelhecimento da população brasileira é ampliada pelo PhD em Neurologia Translacional e Acadêmico Arno Von Ristow, que aponta uma significativa expansão na expectativa de vida, passando de 46,8 anos na época de seu nascimento para 75,5 anos atualmente. O Professor alerta para a necessidade de conscientização sobre os problemas associados ao envelhecimento, como síndromes vasculares e neurológicas, que contribuem para o desequilíbrio e, consequentemente, para quedas.

Além dos fatores discutidos, aspectos como desidratação, uso excessivo de medicamentos psiquiátricos e de diabetes também são apontados como contribuintes para a ocorrência de quedas. Especialistas ressaltam a importância de uma comunicação constante entre familiares, cuidadores e profissionais de saúde para garantir que os idosos recebam os cuidados necessários para prevenir quedas e suas graves consequências.

Para assistir ao Simpósio na íntegra, clique aqui e aqui.

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