Na última quinta-feira (31) os Acadêmicos José Galvão-Alves, Eduardo Lopes Pontes e Carlos Eduardo Brandão uniram forças para organizar uma tarde de apresentações enriquecedoras para o simpósio Terapêutica em Gastroenterologia: O que há de Novo, que abordaram o ato de cuidar do paciente, os tratamentos e atualizações sobre as doenças gastroenterológicas.
O Acadêmico José Galvão-Alves foi o responsável por realizar as apresentações de abertura e encerramento do simpósio. A primeira delas teve como tema O Ato Terapêutico, em que foi abordado a necessidade do médico ser flexível ao tratar o paciente e o seu diagnóstico, as opções terapêuticas e os resultados obtidos por eles. Este ato explica a importância de enxergar o enfermo além do gênero, raça, faixa etária, entre outras características. A segunda delas foi sobre Pancreatite Autoimune, ressaltando que é um assunto importante “no mundo ocidental, especialmente por ser uma simuladora de outras doenças, especialmente doenças malignas”. Nesta apresentação o Acadêmico explica os critérios para o diagnóstico dos diferentes tipos desta doença e os objetivos terapêuticos, exemplificando com casos recebidos por ele.
O Professor Luiz Abrahão Junior, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), deu continuidade às apresentações com a palestra sobre Doença do Refluxo Gastroesofágico, uma doença de alta prevalência no mundo inteiro, e que foram abordados os principais espectros da doença, a fisiopatologia e, principalmente, o tratamento. O professor explica como é feita a medicação, a atuação dos principais fármacos no mercado e as novas terapias que estão surgindo.
Explicando sobre a possibilidade de novos tratamentos, o Honorário Nacional da ANM Prof. Flávio Quilici apresentou o curioso tema Transplante de Fezes é o Futuro?. Apesar de parecer um tema novo, as doenças relacionadas ao intestino são antigas na história mundial e Pasteur foi quem obteve resultados inovadores para a época ao relacionar a saúde humana e a saúde intestinal. Prof. Quilici explica a assinatura genética das doenças gastroenterológicas e a microbiota intestinal, e que o transplante fecal tem o intuito de restaurar a “homeostase intestinal corrigindo a disbiose pela infusão de fezes de doador saudável”. Dessa forma, o Honorário explicou como é feita a captação de fezes, as indicações atuais e o estudos clínicos para o uso no futuro. “Muito provavelmente nós todos um dia vamos estar receitando fezes aos nossos pacientes”, finalizou.
Em seguida, o Professor Carlos Antonio Terra, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), apresentou o tema Ascite no Paciente Cirrótico: O que há de Novo, explicando as principais modalidades terapêuticas no tratamento da Ascite e as novas propostas terapêuticas para a doença, incluindo o uso de albumina a longo prazo, tips e o sistema alfa pump, as suas indicações e os possíveis efeitos adversos que podem ocorrer.
Após o intervalo, o Acadêmico Eduardo Lopes Pontes retomou as apresentações com o tema Doença Inflamatória Intestinal, com o intuito de prover uma atualização no que existe sobre as doenças inflamatórias intestinais. Durante a palestra foi abordado o histórico destas enfermidades e os tratamentos usados ao passar dos anos.
Por fim, o Acadêmico Carlos Eduardo Brandão apresentou o tema Hepatites Virais, com ênfase nas novas drogas e perspectivas no tratamento da doença. Ele afirma que a Hepatite Crônica Viral (HCV) é uma situação endêmica no mundo e estima-se que 58 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença, aproximadamente 700 mil no Brasil, além de causar outras doenças, e explica as atualizações no tratamento nos últimos anos e a relação entre Hepatite C e B.