Nasceu em 2 de abril de 1805, na Fazenda do Macuco, freguesia da Piranga, Comarca de Mariana, Estado de Minas Gerais filho do fazendeiro Antonio Gomes Cândido e de Anna Rosa Umbelina de Jesus Gomes Cândido. Era genro de Manoel Ignacio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho (Marquês de Itanhaém), Senador do Império que sucedeu a José Bonifácio de Andrada e Silva, como tutor do Imperador D. Pedro II.
Entrou para o seminário de Mariana com oito anos de idade, quando iniciou sua carreira na vida religiosa e, mais tarde, a abandonou em função da rígida disciplina de clausura do seminário. Ingressou na carreira militar, em 1821, e, posteriormente, cursou a Academia Militar da Corte, no Rio de Janeiro, por três anos. Em 1825, Paula Cândido partiu para a Europa e se matriculou na Faculdade de Medicina de Paris (Universidade de Sorbonne). Entre 1825 e 1832, frequentou os institutos e cursos superiores em Paris, obtendo, em 1829, o grau de bacharel em Letras e, pouco tempo depois, o de bacharel em Ciências Médicas.
Foi médico voluntário da “legião sanitária” organizada pelo governo francês, em razão da epidemia de cólera-mobus e recebeu a Grande Medalha de Ouro em reconhecimento aos serviços prestados. Em 31 de agosto de 1832, doutorou-se pela Faculté de Médicine de Paris, com a tese Sur l’électricité animale, apresentada também na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde obteve por concurso a cadeira de Física Médica da qual tomou posse, em março de 1833, e a ocupou por 30 anos.
Eleito Membro Titular da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, apresentando memória intitulada: “Observações sobre a febre tifoide”, foi empossado em 30 de janeiro de 1833 e eleito por três vezes presidente: no 1º e 2º trimestres de 1834, da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro; de 1840 a 1842 e de 1852 a 1855, da Academia Imperial de Medicina, hoje Academia Nacional de Medicina, onde é Patrono da Cadeira 20.
Deputado pela Província de Minas Gerais, eleito em 1838, desempenhou seu mandato por quatro legislaturas, de 1838 a 1845 e de 1849 a 1856.
Médico efetivo da Imperial Câmara, nomeado em 14 de agosto de 1840, e Conselheiro do Império, foi agraciado com o Hábito e a Comenda de Cristo e a grande dignatária da Rosa, pelo Imperador D. Pedro II e condecorado com a Comenda da Real Ordem de Izabel a Católica, pela Rainha da Espanha.
Redator dos Annaes de Medicina Brasiliense, dirigiu o Diário da Saúde e o jornal literário Brasil Ilustrado, que circulavam na Corte.
Francisco de Paula Cândido foi o primeiro presidente da Junta Central de Higiene Pública, criada pelo decreto n. 598, de 14 de setembro de 1850, com o objetivo de conservar a salubridade nas cidades, fiscalizar o exercício das artes de curar e inspecionar a saúde pública (funcionava como um órgão consultor do Governo Imperial em matéria de política de saúde pública), e exerceu a presidência até o ano de 1864. Sua atuação foi destacada pelo combate à epidemia de cólera-morbus e pelo controle do surto de febre amarela endêmica em várias regiões do Brasil. Paula Cândido procurava elevar e moralizar o exercício da farmácia no Brasil e prestigiava a Sociedade Farmacêutica fundada, no país, em março de 1851 e presidida por Ezequiel Corrêa dos Santos. O seu presidente, assim como outros sócios farmacêuticos, como Manoel Francisco Peixoto e os franceses João Maria Soullié e João Francisco Blanc, já vinham atuando na Secção de Farmácia da Academia Imperial de Medicina.
Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Honorário da Academia de Belas Artes, Membro de l’Académie Diplomatique (Paris), da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa e Patrono Titular da cadeira 16 da Academia Mineira de Letras.
O município de Paula Cândido, no estado de Minas Gerais, foi assim denominado em homenagem ao médico sanitarista, em 1953.
Faleceu em Paris, no dia 5 de abril de 1864, com 58 anos de idade, sendo sepultado no Cemitério de Montmartre.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 31
Cadeira: 20 Francisco de Paula Cândido
Cadeira homenageado: 20
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 30/01/1833
Posse: 30/01/1833
Sob a presidência: Octaviano Maria da Rosa
Falecimento: 05/04/1864
Número acadêmico: 31
Cadeira: 20 Francisco de Paula Cândido
Cadeira homenageado: 20
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 30/01/1833
Posse: 30/01/1833
Sob a presidência: Octaviano Maria da Rosa
Falecimento: 05/04/1864
Nasceu em 2 de abril de 1805, na Fazenda do Macuco, freguesia da Piranga, Comarca de Mariana, Estado de Minas Gerais filho do fazendeiro Antonio Gomes Cândido e de Anna Rosa Umbelina de Jesus Gomes Cândido. Era genro de Manoel Ignacio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho (Marquês de Itanhaém), Senador do Império que sucedeu a José Bonifácio de Andrada e Silva, como tutor do Imperador D. Pedro II.
Entrou para o seminário de Mariana com oito anos de idade, quando iniciou sua carreira na vida religiosa e, mais tarde, a abandonou em função da rígida disciplina de clausura do seminário. Ingressou na carreira militar, em 1821, e, posteriormente, cursou a Academia Militar da Corte, no Rio de Janeiro, por três anos. Em 1825, Paula Cândido partiu para a Europa e se matriculou na Faculdade de Medicina de Paris (Universidade de Sorbonne). Entre 1825 e 1832, frequentou os institutos e cursos superiores em Paris, obtendo, em 1829, o grau de bacharel em Letras e, pouco tempo depois, o de bacharel em Ciências Médicas.
Foi médico voluntário da “legião sanitária” organizada pelo governo francês, em razão da epidemia de cólera-mobus e recebeu a Grande Medalha de Ouro em reconhecimento aos serviços prestados. Em 31 de agosto de 1832, doutorou-se pela Faculté de Médicine de Paris, com a tese Sur l’électricité animale, apresentada também na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde obteve por concurso a cadeira de Física Médica da qual tomou posse, em março de 1833, e a ocupou por 30 anos.
Eleito Membro Titular da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, apresentando memória intitulada: “Observações sobre a febre tifoide”, foi empossado em 30 de janeiro de 1833 e eleito por três vezes presidente: no 1º e 2º trimestres de 1834, da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro; de 1840 a 1842 e de 1852 a 1855, da Academia Imperial de Medicina, hoje Academia Nacional de Medicina, onde é Patrono da Cadeira 20.
Deputado pela Província de Minas Gerais, eleito em 1838, desempenhou seu mandato por quatro legislaturas, de 1838 a 1845 e de 1849 a 1856.
Médico efetivo da Imperial Câmara, nomeado em 14 de agosto de 1840, e Conselheiro do Império, foi agraciado com o Hábito e a Comenda de Cristo e a grande dignatária da Rosa, pelo Imperador D. Pedro II e condecorado com a Comenda da Real Ordem de Izabel a Católica, pela Rainha da Espanha.
Redator dos Annaes de Medicina Brasiliense, dirigiu o Diário da Saúde e o jornal literário Brasil Ilustrado, que circulavam na Corte.
Francisco de Paula Cândido foi o primeiro presidente da Junta Central de Higiene Pública, criada pelo decreto n. 598, de 14 de setembro de 1850, com o objetivo de conservar a salubridade nas cidades, fiscalizar o exercício das artes de curar e inspecionar a saúde pública (funcionava como um órgão consultor do Governo Imperial em matéria de política de saúde pública), e exerceu a presidência até o ano de 1864. Sua atuação foi destacada pelo combate à epidemia de cólera-morbus e pelo controle do surto de febre amarela endêmica em várias regiões do Brasil. Paula Cândido procurava elevar e moralizar o exercício da farmácia no Brasil e prestigiava a Sociedade Farmacêutica fundada, no país, em março de 1851 e presidida por Ezequiel Corrêa dos Santos. O seu presidente, assim como outros sócios farmacêuticos, como Manoel Francisco Peixoto e os franceses João Maria Soullié e João Francisco Blanc, já vinham atuando na Secção de Farmácia da Academia Imperial de Medicina.
Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Honorário da Academia de Belas Artes, Membro de l’Académie Diplomatique (Paris), da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa e Patrono Titular da cadeira 16 da Academia Mineira de Letras.
O município de Paula Cândido, no estado de Minas Gerais, foi assim denominado em homenagem ao médico sanitarista, em 1953.
Faleceu em Paris, no dia 5 de abril de 1864, com 58 anos de idade, sendo sepultado no Cemitério de Montmartre.
Acad. Francisco Sampaio