O Dr. Francisco de Castro nasceu em Salvador, em 17 de setembro de 1857, filho de Joaquim de Castro Guimarães e de Maria Heloísa de Matos Castro.
Logo cedo ficou órfão de mãe, e o pai, negociante, empenhou-se em lhe dar esmerada educação, e encaminhou-o para o Ateneu Baiano, após o que ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em março de 1874, transferindo-se depois para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, entretanto, diplomou-se na Faculdade de Medicina da Bahia em 1879. Durante o curso acadêmico, deixou-se atrair pelo convívio literário, tendo, entre seus companheiros, Guilherme de Castro Alves, irmão de Castro Alves. A admiração pelo Poeta dos Escravos exerceu decisiva influência na sua poesia, emprestando-lhe a sua feição condoreira (parte de uma escola literária da poesia brasileira, a terceira fase romântica, marcada pela temática social e a defesa de ideias igualitárias).
Destacou-se desde cedo por sua notável inteligência. Foi filósofo, poeta, clínico, cientista e orador.
Fez parte do corpo médico do Exército, no período de 1887 a 1889, servindo no Hospital Militar da Guarnição da Corte. Conhecedor de várias línguas, foi encarregado de um curso de alemão aos oficiais, quando em 1888 foi criada para eles a Escola Superior de Guerra.
Candidatou- se à Academia Imperial de Medicina com a memória “Centros Córticos e Psicogênicos” tomando posse em 1881.
É Patrono da Cadeira No. 14 da Academia Nacional de Medicina.
Foi professor da cadeira de Clínica Propedêutica e, em 1901, diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Paralelamente, ia exercendo a atividade de escritor em livros de assuntos médicos e proferindo discursos publicados depois de sua morte. Poeta, ainda inspirado no Romantismo, publicou versos também sob o pseudônimo Luciano de Mendazza. Reuniu-os num volume, ao qual deu o título de “Harmonias Errantes”, livro que mereceu uma introdução de seu amigo Machado de Assis.
Francisco de Castro deixou uma tradição de bondade extrema, e seu grande exemplo foi lembrado por gerações sucessivas de médicos. Muitos o chamavam “o divino Mestre”, conservando o culto de sua figura, que ficou sendo uma espécie de patrono deles todos.
Foi eleito para a Cadeira No. 13 da Academia Brasileira de Letras, em 10 de agosto de 1899, na sucessão do Visconde de Taunay, não chegou a tomar posse. Deveria ser saudado pelo acadêmico Rui Barbosa.
Segundo a Academia Brasileira de Letras, Rui Barbosa se expressou: “Era Castro, em nossa terra, a mais peregrina expressão de cultura intelectual que jamais conheci. Tenho encontrado, em nossos naturais, aliás raramente, artistas e sábios. Mas nele se me deparou, entre brasileiros, o primeiro exemplo e único até hoje, a meu parecer, de um sábio num artista. Em Francisco de Castro brilhava a mesma vocação consumada nas Letras e na Medicina”.
Era pai do também Acadêmico Aloysio de Castro, da Academia Brasileira de Letras e da Academia Nacional de Medicina.
Faleceu em 11 de outubro de 1901, no Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 127
Cadeira: 14
Cadeira homenageado: 14
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 26/07/1881
Posse: 26/07/1881
Sob a presidência: José Pereira Rego (Barão do Lavradio)
Falecimento: 11/10/1901
Número acadêmico: 127
Cadeira: 14
Cadeira homenageado: 14
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 26/07/1881
Posse: 26/07/1881
Sob a presidência: José Pereira Rego (Barão do Lavradio)
Falecimento: 11/10/1901
O Dr. Francisco de Castro nasceu em Salvador, em 17 de setembro de 1857, filho de Joaquim de Castro Guimarães e de Maria Heloísa de Matos Castro.
Logo cedo ficou órfão de mãe, e o pai, negociante, empenhou-se em lhe dar esmerada educação, e encaminhou-o para o Ateneu Baiano, após o que ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em março de 1874, transferindo-se depois para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, entretanto, diplomou-se na Faculdade de Medicina da Bahia em 1879. Durante o curso acadêmico, deixou-se atrair pelo convívio literário, tendo, entre seus companheiros, Guilherme de Castro Alves, irmão de Castro Alves. A admiração pelo Poeta dos Escravos exerceu decisiva influência na sua poesia, emprestando-lhe a sua feição condoreira (parte de uma escola literária da poesia brasileira, a terceira fase romântica, marcada pela temática social e a defesa de ideias igualitárias).
Destacou-se desde cedo por sua notável inteligência. Foi filósofo, poeta, clínico, cientista e orador.
Fez parte do corpo médico do Exército, no período de 1887 a 1889, servindo no Hospital Militar da Guarnição da Corte. Conhecedor de várias línguas, foi encarregado de um curso de alemão aos oficiais, quando em 1888 foi criada para eles a Escola Superior de Guerra.
Candidatou- se à Academia Imperial de Medicina com a memória “Centros Córticos e Psicogênicos” tomando posse em 1881.
É Patrono da Cadeira No. 14 da Academia Nacional de Medicina.
Foi professor da cadeira de Clínica Propedêutica e, em 1901, diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Paralelamente, ia exercendo a atividade de escritor em livros de assuntos médicos e proferindo discursos publicados depois de sua morte. Poeta, ainda inspirado no Romantismo, publicou versos também sob o pseudônimo Luciano de Mendazza. Reuniu-os num volume, ao qual deu o título de “Harmonias Errantes”, livro que mereceu uma introdução de seu amigo Machado de Assis.
Francisco de Castro deixou uma tradição de bondade extrema, e seu grande exemplo foi lembrado por gerações sucessivas de médicos. Muitos o chamavam “o divino Mestre”, conservando o culto de sua figura, que ficou sendo uma espécie de patrono deles todos.
Foi eleito para a Cadeira No. 13 da Academia Brasileira de Letras, em 10 de agosto de 1899, na sucessão do Visconde de Taunay, não chegou a tomar posse. Deveria ser saudado pelo acadêmico Rui Barbosa.
Segundo a Academia Brasileira de Letras, Rui Barbosa se expressou: “Era Castro, em nossa terra, a mais peregrina expressão de cultura intelectual que jamais conheci. Tenho encontrado, em nossos naturais, aliás raramente, artistas e sábios. Mas nele se me deparou, entre brasileiros, o primeiro exemplo e único até hoje, a meu parecer, de um sábio num artista. Em Francisco de Castro brilhava a mesma vocação consumada nas Letras e na Medicina”.
Era pai do também Acadêmico Aloysio de Castro, da Academia Brasileira de Letras e da Academia Nacional de Medicina.
Faleceu em 11 de outubro de 1901, no Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio