A fraqueza muscular e a diminuição dos reflexos que geram mais quedas; a aceleração da perda óssea em 70 a 90% dos idosos e que provoca fraturas; anorexia, stress, a perda da visão e da audição e a incapacidade para certas atividades foram o tema da conferência intitulada “Fragilidade do idoso e a osteoporose” proferida pelo acadêmico Roberto A. Carneiro, no dia 03/10/2013.
O reumatologista e especialista em doenças ósseas fez uma revisão de vários artigos da literatura médica e científica que tratam do assunto conhecido como síndrome da fragilidade do idoso, incluindo a sarcopenia que é a perda da massa e da força muscular. Esta doença aparece, principalmente, em idosos acima de 65 anos. Os índices de acometidos pela doença variam de 14%, em estudo com a população paulista, até 48% em habitantes nórdicos, detalhou Carneiro.
Em relação aos tratamentos, o acadêmico ressaltou a importância de se tratar sempre as co-morbidades. Segundo ele, para a perda muscular e óssea alguns autores já recomendam o uso de creatina que é um aminoácido presente no organismo e que é utilizado pelo fisiculturismo.
Outra forma de se tratar a doença é com exercícios de resistência para os membros superiores e inferiores que são básicos para essa síndrome e ainda ajudam na circulação de uma maneira geral. A reeducação do equilíbrio e da marcha é algo também essencial para esses pacientes. A utilização de anti-oxidantes e vitaminas, embora seja questionada por alguns autores, faz parte do rol recomendado por médicos. Um aspecto ainda essencial para ele é a inclusão familiar e da sociedade nesse processo de valorizar o envelhecimento.
O acadêmico ainda abordou dados epidemiologia dos idosos brasileiros, correlacionando-os a fraturas mais comuns nessa população alvo dos estudos; aspectos bioquímicos e genéticos da doença; alguns fatores de risco como sedentarismo, alcoolismo, fumo, entre outros; e as drogas atuais utilizadas e novos compostos para o tratamento da osteoporose.