Na última quinta-feira (12), a Academia Nacional de Medicina (ANM) abordou em seu simpósio uma problemática do país e de suma importância para a sociedade: o Financiamento à Pesquisa no Brasil. O presidente da ANM Acadêmico Francisco Sampaio foi o responsável pela abertura, acompanhado do Acadêmico Jerson Lima da Silva, organizador desse evento, presidente da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural em Bioimagem.
A apresentação responsável por abrir o simpósio foi ministrada pela Vice-presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Marcia Perales. O tema foi presciente as organizações em que preside, sobre O Papel do CONFAP e das Fundações Regionais no Fomento, para abordar a importância dessas associações civis para as políticas de ciência, tecnologia e inovação do país, e as suas dificuldades que são encontradas quanto ao orçamento e execução das suas ações.
O organizador do simpósio, Acad. Jerson Lima da Silva, também apresentou um tema atual e relevante sobre O Financiamento da Pesquisa na Pós-Pandemia, ressaltando a importância da pesquisa para um país se tornar desenvolvido e que o Brasil investe apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em conhecimento. O Acadêmico frisou a missão da Faperj em implementar e valorizar o sistema de ciência, tecnologia e inovação do estado, juntamente com a sociedade, avaliando o impacto das aplicações e apoiando as atividades.
O secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Acadêmico Marcelo Morales, fez uma apresentação sobre o Papel do MCTI e do FNDCT no Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Foi compartilhado dados sobre os investimentos e desenvolvimento de pesquisas apoiadas pelo MCTI e o FNDCT, em diferentes áreas além da saúde, como agropecuária, biotecnologia e um destaque para a produção de vacinas.
Na segunda parte do simpósio, as apresentações foram iniciadas com a palestra ministrada pela Presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, Drª. Fernanda Tovar Moll, sobre o tema O Papel do Fomento à Pesquisa por Instituições Privadas, ressaltando que o setor privado, sejam empresas, instituições e universidades, não substituirá o setor público, e sim, estará atuando em conjunto. Drª Fernanda explica como funcionam as pesquisas realizadas no Instituto D’or, as parcerias e os estudos de caso feitos pela sua equipe, incluindo um projeto para o enfrentamento da Covid-19.
Em seguida, o Diretor Presidente do Centro de Terapia Celular (CTC) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Dr. Carlos Pacheco ministrou a palestra sobre O Fomento da Pesquisa Orientada à Missão, com o intuito de mostrar o panorama do financiamento da pesquisa no Brasil. Dr. Carlos explica sobre os Fundos Setoriais, seus benefícios e as expectativas de crédito para os próximos meses de 2022.
Finalizando o simpósio, Dr. Evaldo Vilela, Presidente do CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciência, abordou uma das maiores entidades para o incentivo da pesquisa no Brasil, com o tema O Papel do CNPq no Financiamento. CNPq tem mais de 70 anos de atuação, consolidando a comunidade da ciência no país, sempre caminhando juntos para o bem da sociedade. O intuito foi explicar sobre os investimentos do governo na instituição, do repasse para os pesquisadores e dos projetos em andamento.
Os comentários finais foram feitos pela Acadêmica Eliete Bouskela, que admirou a coragem dos colegas em assumir a presidência dos órgãos de pesquisa em ciência, tecnologia e inovação. O Acadêmico Wanderley de Souza, com a palavra, discorre sobre o apoio do governo no financiamento à pesquisa. Com a abertura da discussão, a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Professora Denise Pires de Carvalho, fez os primeiros esclarecimentos sobre como o fomento para essas áreas contribui com o desenvolvimento do país.
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