Especialização Médica

Problemas e questões da especialização médica é tema de simpósio na ANM

Ex-Presidente Acad. Pietro Novellino, Acad. Eloísa Bonfá, Secretário-Geral Acad. José Galvão-Alves, Presidente Acad. Francisco Sampaio, Professor César Eduardo Fernandes e Professora Patrícia Franco Marques.

Na última quinta-feira (22) a Academia Nacional de Medicina (ANM) deu continuidade a sua agenda científica ao estabelecer um debate importante para a formação médica com o simpósio sobre Especialização Médica. Organizado pelo Presidente Acad. Francisco Sampaio e pelo Secretário-Geral Acad. José Galvão-Alves, que ressaltou a importância desse tema e que não deve ser discutido apenas em um simpósio. “Nós temos mais médicos residentes hoje no Brasil ou temos mais especializandos? Se a especialização existe, como encará-la e normatizá-la? Como torná-la viável?”, questionou o Acadêmico.

O simpósio contou com a participação da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura (MEC), com a Professora Patrícia Franco Marques, da Diretora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Acadêmica Eloísa Bonfá, e o Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), o Professor César Eduardo Fernandes.

Para iniciar o debate, o Presidente Acad. Francisco Sampaio fez a colocação do problema que está sendo enfrentado pelo ensino médico, a abertura demasiada de novos cursos pelo país, resultando em 389 cursos de medicina atualmente no país e na movimentação do mercado na rede privada, e qual foi o impacto disso nas especializações, principalmente para o futuro delas. Outro ponto a discutir é a regulamentação dos cursos, que varia entre entre os países, e a oferta de vagas de residência médica.

A Prof. Patrícia Franco Marques expôs a visão do MEC sobre a situação apresentada, focando na regulamentação das residências médicas no país, feita pela Comissão Nacional de Residência Médica, que dispõe o exercício das funções de regulação, supervisão, credenciamento e recredenciamento, e avaliação das instituições que ofertam esses programas, sejam eles públicos ou privados. Também foi pontuado a diferença entre a residência médica e a especialização, uma não substitui a outra independente da sua carga horária ou moldes.

Acad. Eloisa Bonfá em sua apresentação

Na segunda parte do simpósio, os palestrantes puderam apresentar suas visões sobre a Residência Médica e o processo de Especialização. A Acad. Eloísa Bonfá ministrou a conferência sobre os Problemas e Desafios da Residência Médica no Brasil, em que destacou o aumento do número de vagas e a sua distribuição pelo país, destacando também a localização dos residentes e as especialidades mais populares entre eles. A Acadêmica finalizou com reflexões para resolver o problema exposto, como o aumento do número de vagas, a expansão da residência, principalmente nas questões financeiras e a melhora na distribuição dos residentes.

Por fim, o Professor César Eduardo Fernandes compartilhou a Visão da AMB sobre o Processo de Especialização Médica em nosso País. A Associação teve o seu papel ainda mais fortalecido depois do Decreto Lei do Governo Federal em 2015, que estabeleceu o direito de conceder o título de especialista no Brasil, e durante a apresentação foi abordado como esse processo ocorre em outros países, como Estados Unidos e Canadá, comparando as informações com os pré-requisitos para a emissão de título de especialista pela AMB. Ao finalizar a apresentação, o professor sugere o que deveria ser feito para melhorar o processo de avaliação da residência médica e conta quais são as propostas da Associação para a concessão dos novos títulos de especialistas.

O simpósio foi finalizado com uma discussão calorosa entre os presentes e a Bancada Acadêmica. Para assistir o simpósio na íntegra, clique aqui e aqui.



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