A Síndrome do Pescoço de Texto, condição cada vez mais frequente entre usuários de dispositivos móveis, tem chamado a atenção de profissionais da saúde. Tarcísio Eloy Pessoa, membro titular da Academia Nacional de Medicina (ANM), fala um pouco sobre os riscos desse hábito comum de inclinar o pescoço ao usar celulares e tablets. Segundo ele, o uso excessivo e inadequado dessas tecnologias está resultando em um número crescente de casos, especialmente entre crianças, adolescentes e jovens adultos.
“O que vemos são pessoas, muitas vezes muito jovens, que passam horas por dia com o pescoço em hiperflexão ao usarem celulares para ler, digitar ou assistir vídeos. Isso aumenta a pressão sobre os discos intervertebrais da coluna cervical e pode levar a complicações sérias”, explica o especialista. Os sintomas incluem dores no pescoço, que podem irradiar para os ombros e, em casos mais graves, para os braços.
No entanto, o médico tranquiliza ao afirmar que não é necessário um rompimento radical com o uso de tecnologia. “Pequenas mudanças fazem toda a diferença. Manter o celular na linha dos olhos, levantar-se e alongar o corpo periodicamente, além de movimentar o pescoço, são medidas simples que podem prevenir a síndrome”, orienta. Ele também recomenda a prática de exercícios isométricos e fisioterapia para evitar problemas mais sérios no futuro.
Ainda segundo o especialista, se as dores persistirem, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde. “A prevenção começa com a conscientização. Adotar uma postura saudável agora evita problemas futuros e permite que o mundo digital continue fazendo parte da nossa vida de maneira segura e equilibrada”, finaliza Professor Tarcísio Eloy.