Nascido em 26 de outubro de 1901, em Recife (PE). Graduou-se em Medicina em 1925, pela Faculdade de Medicina da Bahia, defendida tese de doutoramento “Amastóide – de Pneumatização e de Áreas Cirúrgicas”, aprovada com distinção.
Na ocasião de sua posse na Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Das Sinusites Crônicas. Bases Anátomoclínicas e Orientação Cirúrgica”. Passou a Emérito em 29 de novembro de 1990.
Fez cursos de aperfeiçoamento nos Estados Unidos, como bolsista no Instituto de Negócios Interamericanos durante 8 meses, onde exerceu as atividades de: estágio na “Eye and Ear Infirmary” da Universidade de Harvard; curso completo de bronco-esofasologia e estágio na Clínica Jackson, da Temple University; curso de três meses no Lempert Institut of Otology, Nova Iorque; estágio na Clínica Otorrinolaringológica da Washington University, em St. Louis.
Em 1928, conquistou a livre-docência de Anatomia Humana na Faculdade Nacional de Medicina, apresentando tese sobre “Contribuição ao estudo da área nasofrontal nos índios brasileiros”. No período de 1931 a 1936 trabalhou como médico adjunto da Clínica de Otorrinolaringologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, a cargo do Dr. Augusto Linhares, e em 1934 obteve, mediante concurso de Títulos, a Cátedra de Anatomia da Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói.
Implantado em 1947 o Hospital dos Servidores do Estado (IPASE), assume o cargo de Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia e estrutura o setor. Foram seus assistentes: João Cruz Guimarães (Chefe de Clínica), Silvio Mello, Hermínio Fraga, Fernando Moreira, Pedro Estevam de Lima, Silvio Moreira da Silva, Walter Roth, Américo Satuf, Berta Miranda, Humberto Guerreiro. Nesse serviço, Ermiro de Lima instituiu reuniões semanais às quintas-feiras com presença da equipe. Nas Assembleias Médicas Gerais do Hospital dos Servidores do Estado, Ermiro de Lima e sua equipe apresentaram grande número de trabalhos.
Em 1957, tornou-se membro fundador do “Núcleo Latino-Americano para o estudo da Otosclerose, Surdez e Aparelho Vestibular”, em Lima, Peru, ocasião em que se realizava o IV Congresso Latino-Americano de Otorrinolaringologia e Broncoesofagologia.
Ermiro de Lima, por implemento da lei, é aposentado em 1973 e logo eleito, pelos seus pares, Professor Emérito da Faculdade de Medicina da UFRJ.
Foi indicado primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Rinologia, fundada em 1974, em São Paulo, e Presidente de Honra do IV Congresso Internacional de Rinologia, realizado em 1977 no Rio de Janeiro, sob a presidência de R. M. Neves Pinto. Foi honrado com o prêmio Eliseu Segura, conferido pela Federação Latino-Americana de Otorrinolaringologia durante o Congresso de ORL, realizado em Santiago, Chile (1979). Seus ex-alunos e assistentes, em reconhecimento aos seus méritos, organizaram e fundaram a “Associação Professor Ermiro de Lima” em 1981.
As honrarias sempre o envolveram e, assim, em 1982 foi eleito Membro Honorário da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Presidente de Honra do XXVI Congresso Brasileiro de ORL, realizado em Recife. Recebeu, outrossim, diploma da Ordem do Mérito Médico na classe de Comendador.
Dedicou-se à pintura, e a direção do Hospital dos Servidores do Estado realizou expressiva exposição de seus quadros, em que se destacaram excelentes retratos a óleo de vários de seus eminentes colegas e amigos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Por esta vida dedicada ao ensino e à prática da Otorrinolaringologia, Ermiro Lima é motivo de orgulho e glória da medicina brasileira e é reconhecido, até os dias de hoje, muito além das fronteiras de nosso país, em função de sua abordagem cirúrgica aos seios paranasais. O acesso transmaxilar aos seios etmoidal e esfenoidal e a cureta por ele criada para este fim, ficaram mundialmente conhecidas como “Operação de Ermiro de Lima”.
Faleceu em 25 de fevereiro de 1997.
Número acadêmico: 458
Cadeira: 80 Júlio Oscar de Novaes Carvalho
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 30/05/1963
Posse: 20/06/1963
Sob a presidência: Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca
Emerência: 29/11/1990
Antecessor: Antônio Emmanuel Guerreiro de Faria
Falecimento: 25/02/1997
Número acadêmico: 458
Cadeira: 80 Júlio Oscar de Novaes Carvalho
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 30/05/1963
Posse: 20/06/1963
Sob a presidência: Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca
Emerência: 29/11/1990
Antecessor: Antônio Emmanuel Guerreiro de Faria
Falecimento: 25/02/1997
Nascido em 26 de outubro de 1901, em Recife (PE). Graduou-se em Medicina em 1925, pela Faculdade de Medicina da Bahia, defendida tese de doutoramento “Amastóide – de Pneumatização e de Áreas Cirúrgicas”, aprovada com distinção.
Na ocasião de sua posse na Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Das Sinusites Crônicas. Bases Anátomoclínicas e Orientação Cirúrgica”. Passou a Emérito em 29 de novembro de 1990.
Fez cursos de aperfeiçoamento nos Estados Unidos, como bolsista no Instituto de Negócios Interamericanos durante 8 meses, onde exerceu as atividades de: estágio na “Eye and Ear Infirmary” da Universidade de Harvard; curso completo de bronco-esofasologia e estágio na Clínica Jackson, da Temple University; curso de três meses no Lempert Institut of Otology, Nova Iorque; estágio na Clínica Otorrinolaringológica da Washington University, em St. Louis.
Em 1928, conquistou a livre-docência de Anatomia Humana na Faculdade Nacional de Medicina, apresentando tese sobre “Contribuição ao estudo da área nasofrontal nos índios brasileiros”. No período de 1931 a 1936 trabalhou como médico adjunto da Clínica de Otorrinolaringologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, a cargo do Dr. Augusto Linhares, e em 1934 obteve, mediante concurso de Títulos, a Cátedra de Anatomia da Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói.
Implantado em 1947 o Hospital dos Servidores do Estado (IPASE), assume o cargo de Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia e estrutura o setor. Foram seus assistentes: João Cruz Guimarães (Chefe de Clínica), Silvio Mello, Hermínio Fraga, Fernando Moreira, Pedro Estevam de Lima, Silvio Moreira da Silva, Walter Roth, Américo Satuf, Berta Miranda, Humberto Guerreiro. Nesse serviço, Ermiro de Lima instituiu reuniões semanais às quintas-feiras com presença da equipe. Nas Assembleias Médicas Gerais do Hospital dos Servidores do Estado, Ermiro de Lima e sua equipe apresentaram grande número de trabalhos.
Em 1957, tornou-se membro fundador do “Núcleo Latino-Americano para o estudo da Otosclerose, Surdez e Aparelho Vestibular”, em Lima, Peru, ocasião em que se realizava o IV Congresso Latino-Americano de Otorrinolaringologia e Broncoesofagologia.
Ermiro de Lima, por implemento da lei, é aposentado em 1973 e logo eleito, pelos seus pares, Professor Emérito da Faculdade de Medicina da UFRJ.
Foi indicado primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Rinologia, fundada em 1974, em São Paulo, e Presidente de Honra do IV Congresso Internacional de Rinologia, realizado em 1977 no Rio de Janeiro, sob a presidência de R. M. Neves Pinto. Foi honrado com o prêmio Eliseu Segura, conferido pela Federação Latino-Americana de Otorrinolaringologia durante o Congresso de ORL, realizado em Santiago, Chile (1979). Seus ex-alunos e assistentes, em reconhecimento aos seus méritos, organizaram e fundaram a “Associação Professor Ermiro de Lima” em 1981.
As honrarias sempre o envolveram e, assim, em 1982 foi eleito Membro Honorário da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Presidente de Honra do XXVI Congresso Brasileiro de ORL, realizado em Recife. Recebeu, outrossim, diploma da Ordem do Mérito Médico na classe de Comendador.
Dedicou-se à pintura, e a direção do Hospital dos Servidores do Estado realizou expressiva exposição de seus quadros, em que se destacaram excelentes retratos a óleo de vários de seus eminentes colegas e amigos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Por esta vida dedicada ao ensino e à prática da Otorrinolaringologia, Ermiro Lima é motivo de orgulho e glória da medicina brasileira e é reconhecido, até os dias de hoje, muito além das fronteiras de nosso país, em função de sua abordagem cirúrgica aos seios paranasais. O acesso transmaxilar aos seios etmoidal e esfenoidal e a cureta por ele criada para este fim, ficaram mundialmente conhecidas como “Operação de Ermiro de Lima”.
Faleceu em 25 de fevereiro de 1997.