A acadêmica Eliete Bouskela acaba de ser eleita para a Academia Europeia de Artes e Ciência como membro titular na área de Medicina. Professora e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e presidente do Conselho Superior da Faperj, Bouskela é ainda membro da Academia Francesa de Medicina.
Fundada em 1985 em Salzburg, Áustria, por Felix Unger (cirurgião cardíaco), Franz Cardinal König (Arcebispo de Viena) e Nikolaus Lobkowicz (filósofo e cientista político), a Academia Europeia de Ciências e Artes tem membros em sete áreas: Artes; Humanidades; Medicina; Ciências Naturais; Ciências Sociais, Direito e Economia; Ciências Técnicas e Ambientais e Religiões de 74 países, 29 Prêmios Nobel (oito em Física, oito em Química, sete em Medicina, três em Economia e três da Paz) e até agora dez membros da América Latina (sete da Argentina, dois do Chile e um da Colômbia). Entre os membros da América Latina, há apenas um argentino na área de Medicina.
Eliete Bouskela dedica-se à área de fisiologia cardiovascular (microcirculação) e pesquisa clínica, com foco principal na regulação da reatividade microvascular nos choques séptico e hemorrágico, e disfunção endotelial e microvascular em diabetes e obesidade.
Em 1994, a médica fundou o Laboratório de Pesquisas em Microcirculação (LPM), na Uerj, para avaliar pacientes e modelos experimentais de doenças. Sua hipótese de trabalho é que a disfunção microvascular e endotelial precede a disfunção macrovascular. O LPM investiga, em pacientes, doenças reumatológicas e cardiometabólicas (diabetes mellitus, hipertensão, síndrome metabólica, obesidade e sobrepeso). Os resultados dos estudos desenvolvidos pela médica mostram que, mesmo que ainda não estejam obesas, mulheres jovens com sobrepeso já apresentam problemas na microcirculação.
(Com informações da Faperj)