Nasceu em 16 de maio de 1905, em São Paulo (SP).
Filho de Manoel Pereira de Vasconcellos e Maria Alice Vasconcellos.
Iniciou seus estudos no Colégio São Bento, tendo sido durante todo o curso o primeiro aluno, conquistando medalhas de ouro e menções honrosas. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde fez o 1° ano, sendo aprovado com distinção em todas as matérias. Transferiu-se para a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde diplomou se em 1928. Defendeu tese na Cadeira de Clínica Cirúrgica, com o trabalho “Cirurgia dos Divertículos do Esôfago”, aprovado com distinção. Com o mesmo trabalho, concorreu ao prêmio de cirurgia instituído pela Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, tendo obtido o prêmio Botelho de 1928.
Em abril de 1925, ainda como estudante, ingressou para a Clínica Cirúrgica do Professor Benedito Montenegro, tendo sido também Chefe de Clínica de seu serviço particular durante dez anos.
Em 1931, ingressou como 1º assistente e Chefe de Laboratório da Cadeira de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental, tendo sido efetivado aos 14 de fevereiro desse ano. Foi Catedrático de Técnica Cirúrgica, Cirurgia Experimental e Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Cirurgião do Sanatório Santa Catarina, do Hospital Alemão e do Hospital Oswaldo Cruz; Cirurgião-Chefe dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão e do Sanatório Santa Cruz.
Foram inúmeras as suas realizações e inovações no âmbito da cirurgia. Dentre elas destaca-se a metodização cirúrgica, técnica que ele publicou em detalhes, divulgando-a para os diversos serviços universitários do país. A importância dessa metodização reside em especificar as atribuições e tarefas da equipe cirúrgica, com os tempos técnicos do ato operatório sincronizados, sempre numa sequência perfeita – um trabalho que, ao lado da função artesanal, tinha muito de artístico e harmonioso. Mantinha-se a hierarquia dentro da sala de operações e cada elemento aprendia exatamente suas atribuições, havendo um cuidado escrupuloso para com os atos fundamentais de diurese, hemostasia e síntese, além da exploração endocavitária, resultando em um menor tempo operatório e anestésico em benefício do paciente. Ao terminar a intervenção, exigia-se que a mesa do instrumental cirúrgico devesse apresentar a mesma disposição e arranjo iniciais.
Diretor e idealizador do Instituto de Moléstias do Aparelho Digestivo da Gastroclínica de São Paulo, em 1949. Em 1991, a instituição teve seu nome alterado para Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, em homenagem ao Acadêmico. Atualmente, trata-se do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, por terem sido adicionadas aos seus serviços outras atividades e especialidades.
Fez parte de diversas associações, entre elas: Academia Paulista de Letras; Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo; Associação Paulista de Medicina; Sociedade de Biologia de São Paulo; Associação Médica do Instituto Penido Burnier de Campinas (Sócio Honorário); Sociedade Internacional de Cirurgia; Colégio Americano de Cirurgiões; Associação Argentina de Cirurgia (Sócio Titular) e Sociedade de Gastroenterologia de Nova York. Foi ainda Presidente do Colégio Internacional de Cirurgiões (1942) e Diretor do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pelo Ministério da Educação e Cultura (1960).
Participou de dezenas congressos médicos, nacionais e internacionais, e teve diversos trabalhos e livros publicados. Entre os inúmeros prêmios e condecorações recebidas, pode-se destacar o Prêmio São Lucas da Academia de Medicina de São Paulo e a Medalha de Defesa da Saúde.
Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Síndrome de Má Absorção com Hepatomegalia (Familiar?)”.
Faleceu em 10 de novembro de 1990.
Número acadêmico: 480
Cadeira: 30 Jorge Soares de Gouvêa
Membro: Titular
Secção: Cirurgia
Eleição: 09/09/1971
Posse: 02/12/1971
Sob a presidência: José Leme Lopes
Saudado: Inaldo de Lyra Neves-Manta
Antecessor: Jorge de Moraes Grey
Falecimento: 10/11/1990
Número acadêmico: 480
Cadeira: 30 Jorge Soares de Gouvêa
Membro: Titular
Secção: Cirurgia
Eleição: 09/09/1971
Posse: 02/12/1971
Sob a presidência: José Leme Lopes
Saudado: Inaldo de Lyra Neves-Manta
Antecessor: Jorge de Moraes Grey
Falecimento: 10/11/1990
Nasceu em 16 de maio de 1905, em São Paulo (SP).
Filho de Manoel Pereira de Vasconcellos e Maria Alice Vasconcellos.
Iniciou seus estudos no Colégio São Bento, tendo sido durante todo o curso o primeiro aluno, conquistando medalhas de ouro e menções honrosas. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde fez o 1° ano, sendo aprovado com distinção em todas as matérias. Transferiu-se para a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde diplomou se em 1928. Defendeu tese na Cadeira de Clínica Cirúrgica, com o trabalho “Cirurgia dos Divertículos do Esôfago”, aprovado com distinção. Com o mesmo trabalho, concorreu ao prêmio de cirurgia instituído pela Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, tendo obtido o prêmio Botelho de 1928.
Em abril de 1925, ainda como estudante, ingressou para a Clínica Cirúrgica do Professor Benedito Montenegro, tendo sido também Chefe de Clínica de seu serviço particular durante dez anos.
Em 1931, ingressou como 1º assistente e Chefe de Laboratório da Cadeira de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental, tendo sido efetivado aos 14 de fevereiro desse ano. Foi Catedrático de Técnica Cirúrgica, Cirurgia Experimental e Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Cirurgião do Sanatório Santa Catarina, do Hospital Alemão e do Hospital Oswaldo Cruz; Cirurgião-Chefe dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão e do Sanatório Santa Cruz.
Foram inúmeras as suas realizações e inovações no âmbito da cirurgia. Dentre elas destaca-se a metodização cirúrgica, técnica que ele publicou em detalhes, divulgando-a para os diversos serviços universitários do país. A importância dessa metodização reside em especificar as atribuições e tarefas da equipe cirúrgica, com os tempos técnicos do ato operatório sincronizados, sempre numa sequência perfeita – um trabalho que, ao lado da função artesanal, tinha muito de artístico e harmonioso. Mantinha-se a hierarquia dentro da sala de operações e cada elemento aprendia exatamente suas atribuições, havendo um cuidado escrupuloso para com os atos fundamentais de diurese, hemostasia e síntese, além da exploração endocavitária, resultando em um menor tempo operatório e anestésico em benefício do paciente. Ao terminar a intervenção, exigia-se que a mesa do instrumental cirúrgico devesse apresentar a mesma disposição e arranjo iniciais.
Diretor e idealizador do Instituto de Moléstias do Aparelho Digestivo da Gastroclínica de São Paulo, em 1949. Em 1991, a instituição teve seu nome alterado para Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, em homenagem ao Acadêmico. Atualmente, trata-se do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, por terem sido adicionadas aos seus serviços outras atividades e especialidades.
Fez parte de diversas associações, entre elas: Academia Paulista de Letras; Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje, Academia de Medicina de São Paulo; Associação Paulista de Medicina; Sociedade de Biologia de São Paulo; Associação Médica do Instituto Penido Burnier de Campinas (Sócio Honorário); Sociedade Internacional de Cirurgia; Colégio Americano de Cirurgiões; Associação Argentina de Cirurgia (Sócio Titular) e Sociedade de Gastroenterologia de Nova York. Foi ainda Presidente do Colégio Internacional de Cirurgiões (1942) e Diretor do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pelo Ministério da Educação e Cultura (1960).
Participou de dezenas congressos médicos, nacionais e internacionais, e teve diversos trabalhos e livros publicados. Entre os inúmeros prêmios e condecorações recebidas, pode-se destacar o Prêmio São Lucas da Academia de Medicina de São Paulo e a Medalha de Defesa da Saúde.
Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Síndrome de Má Absorção com Hepatomegalia (Familiar?)”.
Faleceu em 10 de novembro de 1990.