Doenças Autoimunes em Gastroenterologia

ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA APRESENTA SIMPÓSIO SOBRE DOENÇAS AUTOIMUNES E GASTROENTEROLÓGICAS

Na última quinta-feira (21), a Academia Nacional de Medicina (ANM) apresentou o simpósio Doenças Autoimunes em Gastroenterologia, organizado pelo Acadêmico José Galvão Alves, também palestrante no evento, e o intuito foi destacar as importantes pesquisas e avanços que estão acontecendo nessa área. A reunião contou com a presença de Acadêmicos e convidados na sede da ANM, e também na plataforma Zoom. 

Iniciando as palestras do evento, o Dr. Angelo Alves Mattos, da Santa Casa de Porto Alegre, apresentou o tema Hepatite Autoimune, com o intuito de explicar sobre o processo inflamatório de etiologia desconhecida, a evolução do caso, a definição de cirrose e os tratamentos disponíveis para essa doença. 

O Acad. Carlos Eduardo Brandão ministrou a palestra sobre o tema Colangite Biliar Primária, uma doença que se caracteriza pela inflamação dos ductos biliares interlobulares. Foi apresentado uma pesquisa sobre o assunto e com base nos dados obtidos, foi possível entender que esse caso é predominante em mulheres brancas. O Acadêmico abordou o histórico, a descoberta da doença, uma explicação sobre o que contribui com o surgimento dos casos, seus aspectos e, principalmente, a patologia e os sintomas. 

Diferente do caso anterior, o tema Colangite Esclerosante Primária é uma doença auto-imune e uma das mais raras mostradas no simpósio. Esse tema foi ministrado pelo Dr. João Marcello Araújo Neto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Grupo do Fígado do Rio de Janeiro, que ressaltou a maior popularidades dos casos nos Estados Unidos e no norte da Europa, tendo pouquíssimo destaque, dados e conhecimento sobre no Brasil. Ela é caracterizada pela inflamação dos ductos biliares e da visícula. Esse é um caso muito grave e atinge de uma a 10 pessoas a cada 100 mil, sendo comum de aparecer em homens de meia idade. Muitos dos casos são assintomáticos, o que dificulta a descoberta e existem pesquisas sobre a relação dela com a Covid-19, com um tratamento promissor à frente.

A segunda etapa do simpósio retornou com o tema Esofagite Eosinofílica, ministrada por Dr. Alexandre Pelosi, uma doença relativamente nova, mas não rara, caracterizada pelas alterações cromossômicas de doenças auto-imunes. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, azia, dor abdominal e impacto na alimentação. Ele afirmou que o tratamento mais indicado é o conhecido DDD: drogas, dieta e dilatação. Juntamente com um acompanhamento médico bem próximo.

O Acadêmico Eduardo Lopes Pontes ministrou a palestra sobre Doença Celíaca, um caso auto-imune caracterizado por uma resposta imunológica ao glúten. Ela é predominante em mulheres e podem ser diagnosticadas inicialmente em crianças, incluindo sintomas como perda de peso, diarréia crônica, má absorção, entre outros. Esses são considerados os casos clássicos e raros. Em adultos, os sintomas podem ser não-clássicos, como anemia, fadiga, alterações de humor e dermatite herpetiforme. É possível que o histórico familiar e casos de diabetes, Síndrome de Down e Turner possam a ser um fator de risco para o desenvolvimento da doença celíaca.

Para finalizar o simpósio, o Acadêmico José Galvão-Alves retornou ao microfone para apresentar a palestra sobre Pancreatite Autoimune, uma doença relacionada à elevação do IgG4 no soro e na infiltração tecidual por células IgG4. Os sintomas incluem dor de baixa intensidade, insuficiência endócrina e exócrina, pancreatite aguda, entre outros.

Após a apresentação, a Bancada Acadêmica foi aberta para discussão e comentários sobre as palestras, e os comentários finais foram feitos pelo presidente da ANM. Para assistir na íntegra, visite nosso canal no Youtube.



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