Doença Trofoblástica: Congresso mostra casos e tratamentos

12/06/2024
Drª. Gabriela Paiva, Drª. Sue Yazaki Sun, Prof. Antonio Braga Neto, Presidente Acad. Eliete Bouskela, Acad. Jorge Rezende Filho e Dr. Walter Palis, presidente do CREMERJ em Simpósio sobre Doença Trofoblástica Gestacional
Drª. Gabriela Paiva, Drª. Sue Yazaki Sun, Prof. Antonio Braga Neto, Presidente Acad. Eliete Bouskela, Acad. Jorge Rezende Filho e Dr. Walter Palis, presidente do CREMERJ

Na última semana a Academia Nacional de Medicina (ANM) abriu as portas para o XXI Congresso Brasileiro de Doença Trofoblástica Gestacional. Foram dois dias de apresentações e debates sobre essa doença que atinge gestantes e mulheres após a gestação. “É uma doença, normalmente, negligenciada, mas aqui no Brasil temos uma boa execução”, explicou o Acadêmico Jorge Rezende Filho durante o primeiro dia de evento. Ele fez parte da Comissão Científica organizadora, junto com os Professores Antônio Braga Neto, Gabriel Costa Ozanam, José Mauro Madi e Mauricio Viggiano, e as Professoras Daniela Angerame Yela e Sue Yazaki Sun. A Associação Brasileira de Doença Trofoblástica Gestacional também esteve apoiando o evento.

A abertura do congresso teve o intuito de apresentar dados dos principais centros de referência do país no tratamento da doença. Com isso, as mesas foram divididas pelas regiões do Brasil, sendo três representantes do Centro-Oeste, cinco do Nordeste, quatro do Sul, um do Norte e sete do Sudeste. Todos exibiram os números de casos, os tipos, tratamentos, as dificuldades e óbitos que ocorreram nas maternidades.

Uma das mesas, no primeiro dia do Congresso, também deu enfoque para o tratamento da Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) em outros países. O Dr. Rafael Cortes Charry representou a Venezuela, Drª. Maria Ines Bianconi a Argentina, Dr. Kevin Elias e Dr. Neil Horowitz os Estados Unidos. Explicou-se sobre tratamentos, número de casos, os casos de reincidência, óbitos e as dificuldades enfrentadas pelas maternidades dos seus respectivos países.

Em seguida, as mesas trataram de tópicos importantes na discussão sobre DTG. A primeira delas abordou as Complicações da DTG – Top Temas, coordenada pela Drª. Vanessa Campos e secretariada por Dr. Antônio Chambô Filho e Drª. Valeria Cristina Gonçalves,  com três palestras sobre diferentes complicações que podem ocorrer. A Profª. Daniela Angerame Yela ministrou a palestra sobre Hiperemese e Cistose, abordando as suas características e probabilidades de ocorrência.

O Prof. Tiago Pedromonico Arrym apresentou Tireotoxicose, uma complicação ligada ao hipertireoidismo e presente em 5% dos casos de molas hidatiformes. Finalizando esta mesa, o Prof. Gabriel Costa Osanan palestrou sobre Hemorragia, explicando como evitar e ressaltando a importância do diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Participantes do XXI Congresso de Doença Trofoblástica Gestacional
Participantes do XXI Congresso de Doença Trofoblástica Gestacional

A Gonadotrofina Coriônica Humana – hCG foi um dos temas abordados pelas mesas do congresso, coordenada pela Drª. Sue Yazaki Sun, e secretariado por Dr. José Eduardo Gauza, Drª. Cecília Maria Ponte Ribeiro e Dr. Raphael Alevato. Entre os tópicos apresentados, a Drª. Elza Maria Hartmann Uberti palestrou sobre Fisiopatologia do hCG, Interações com Medicamentos, explicando o papel deste hormônio e as suas interpretações. E o Prof. Michael Seckl palestrou sobre hCG fantasma e hCG Persistente Baixo – O que fazer?, apresentando diferentes casos clínicos em que o hCG se encaixava nesse padrão.

Além das mesas, o Congresso contou com palestras sobre a história da DTG no Brasil e a perspectiva no mundo. Prof. Antonio Braga Neto abordou A História da DTG no Brasil, contando a descoberta da doença no país, os médicos que participaram desse momento. Enquanto Prof. Michael Seckl apresentou as Perspectivas da DTG no Mundo, mostrando a disparidade global e dificuldade quanto ao tratamento da doença.

A palestra Colaboração Trofoblástica Brasileira com a Harvard Medical School, apresentado pelo Prof. Ross Berkowitz, expressou a parceria do Brasil com a Faculdade de Medicina de Harvard. Nela, foi mostrado as publicações feitas pelo Corpo Acadêmico da universidade envolvendo os médicos brasileiros.

O segundo dia de Congresso também abordou temas como: DTG e Cirurgia: Quando Indicar; Dia a Dia do DTG – Top Temas; NTG; Redes Sociais em DTG; Alternativas de Quimioterapia sem Actinomicina; e Imunoterapia. Além disso, o seminário serviu como um espaço para discussão, tendo em vista que um dos principais intuitos do evento foi a troca de informações, conselhos e dados que os participantes pudessem precisar.


Para assistir o primeiro dia do Congresso, clique aqui, aqui e aqui.

Para melhorar sua experiência de navegação, utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes. Ao continuar, você concorda com a nossa política de privacidade.