O Dr. Daniel de Oliveira Barros d’Almeida nasceu no dia 6 de abril de 1858, em Recife, no Estado de Pernambuco, filho do médico Rufino Augusto d’Almeida e de D. Emerentina Oliveira Barros d’Almeida.
Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1880, defendendo tese intitulada “A patologia da placenta”. Sua tese foi amplamente aclamada dentro do corpo acadêmico da época e foi então convidado, aos 22 anos de idade, a ser Diretor do Asilo de Menores Desvalidos, depois Instituto Profissional. Ele permaneceu nesta posição até optar por se dedicar de forma mais empreendedora aos estudos de cirurgia.
Em agosto de 1882, foi convidado a ser Regente da Cadeira de Clínica Obstétrica da faculdade onde se formou, mas recusou o convite, alegando ser apto apenas para ser assistente. Neste mesmo ano, foi en- carregado pelo governo Imperial de montar e dirigir o Hospital de Santa Bárbara, destinado ao tratamento dos pacientes acometidos por varíola.
Durante a Revolução Federalista no sul do Brasil, serviu como cirurgião, em 1893, ao lado das forças revolucionárias e atendeu aos feridos de ambos os lados.
O Dr. Daniel d’Almeida, como exilado político no final do século XIX, vai para Elvas, em Portugal, porque ficava próximo da fronteira espanhola, para no caso do governo português ceder às exigências do então Presidente Floriano Peixoto para a entrega dos exilados políticos, ele poderia facilmente atravessá-la.
Durante a Revolução Federativa do Sul do Brasil, atuou como médico, atendendo pacientes dos dois lados do front. Atuou, também, na Guerra de Canudos, na Bahia, entre os anos de 1896 e 1897 o que lhe rendeu agradecimento do presidente da República.
Como anestesista, teve sua atuação reconhecida como Grande Mestre da Anestesiologia do Brasil, tendo conseguido reformular a raquianestesia.
Foi interno e médico adjunto da Santa Casa de Misericórdia e, por duas vezes, ocupou, interinamente, a regência da cadeira de Clínica Obstétrica e Ginecológica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
A sua atuação como grande comunicador da medicina e estudioso, fez com que fosse reconhecido à época por seus pares e por Marshall Mcluhan (o chamado “papa da comunicação”) como um grande mestre da anestesiologia do Brasil, sobretudo por ter aberto um grande debate científico e conseguido reformular a raquianestesia. Além disso, foi o médico cirurgião que introduziu a utilização do éter como anestésico no Brasil.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1901, apresentando Memória intitulada “A peste antiga e a peste moderna”.
Segundo Jorge Moitinho Dória, seu sucessor na ANM, desfrutava do julgamento exato e rápido, produto preciso da experiência e da lúcida intuição. Ninguém até então havia conseguido aliar, com maior sabedoria, o bom senso ao tino clínico. Teve a dádiva de possuir, como ninguém, a intuição da coisa cirúrgica. E foi por essa razão, que diante de um quadro clínico alarmante, declarava, sem receio, o termo cunhado por ele e que ficou muito conhecido à época: “É um operoma, a situação é de urgência, a intervenção se impõe, não percamos tempo”.
É o Patrono da Cadeira 28 da ANM.
Foi vice-presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
Em 1902, assumiu a 24ª Enfermaria, posteriormente 23ª, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Foram seus assistentes, os mais tarde famosos médicos Álvaro Ramos, Brandão Filho, Fernando Ferreira Vaz, Jorge Gouvêa e muitos outros.
Foi colaborador do periódico “Brasil Médico” e da “Gazeta Clínica” de SãoPaulo. Dentre seus trabalhos publicados destacam-se: “Ação tóxica da Cocaína” (1879), “Do éter como anestésico em cirurgia” (1896), “Analgesia pelas injeções subaracnoideanas lombares da cocaína – processo Tiffier” (1900), “Um acidente produzido pela tropocaína” (1901), “A escopolamina como anestésico geral” (1905) e “Anestesia e analgesia na prática cirúrgica” (1905).
O Dr. Barros d’Almeida faleceu no Rio de Janeiro, no dia 14 de janeiro de 1919.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 212
Cadeira: 29
Cadeira homenageado: 29
Membro: Titular
Secção: Cirurgia
Eleição: 01/08/1901
Posse: 16/08/1901
Sob a presidência: Nuno Ferreira de Andrade
Saudado: Nuno Ferreira de Andrade
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 14/01/1919
Número acadêmico: 212
Cadeira: 29
Cadeira homenageado: 29
Membro: Titular
Secção: Cirurgia
Eleição: 01/08/1901
Posse: 16/08/1901
Sob a presidência: Nuno Ferreira de Andrade
Saudado: Nuno Ferreira de Andrade
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 14/01/1919
O Dr. Daniel de Oliveira Barros d’Almeida nasceu no dia 6 de abril de 1858, em Recife, no Estado de Pernambuco, filho do médico Rufino Augusto d’Almeida e de D. Emerentina Oliveira Barros d’Almeida.
Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1880, defendendo tese intitulada “A patologia da placenta”. Sua tese foi amplamente aclamada dentro do corpo acadêmico da época e foi então convidado, aos 22 anos de idade, a ser Diretor do Asilo de Menores Desvalidos, depois Instituto Profissional. Ele permaneceu nesta posição até optar por se dedicar de forma mais empreendedora aos estudos de cirurgia.
Em agosto de 1882, foi convidado a ser Regente da Cadeira de Clínica Obstétrica da faculdade onde se formou, mas recusou o convite, alegando ser apto apenas para ser assistente. Neste mesmo ano, foi en- carregado pelo governo Imperial de montar e dirigir o Hospital de Santa Bárbara, destinado ao tratamento dos pacientes acometidos por varíola.
Durante a Revolução Federalista no sul do Brasil, serviu como cirurgião, em 1893, ao lado das forças revolucionárias e atendeu aos feridos de ambos os lados.
O Dr. Daniel d’Almeida, como exilado político no final do século XIX, vai para Elvas, em Portugal, porque ficava próximo da fronteira espanhola, para no caso do governo português ceder às exigências do então Presidente Floriano Peixoto para a entrega dos exilados políticos, ele poderia facilmente atravessá-la.
Durante a Revolução Federativa do Sul do Brasil, atuou como médico, atendendo pacientes dos dois lados do front. Atuou, também, na Guerra de Canudos, na Bahia, entre os anos de 1896 e 1897 o que lhe rendeu agradecimento do presidente da República.
Como anestesista, teve sua atuação reconhecida como Grande Mestre da Anestesiologia do Brasil, tendo conseguido reformular a raquianestesia.
Foi interno e médico adjunto da Santa Casa de Misericórdia e, por duas vezes, ocupou, interinamente, a regência da cadeira de Clínica Obstétrica e Ginecológica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
A sua atuação como grande comunicador da medicina e estudioso, fez com que fosse reconhecido à época por seus pares e por Marshall Mcluhan (o chamado “papa da comunicação”) como um grande mestre da anestesiologia do Brasil, sobretudo por ter aberto um grande debate científico e conseguido reformular a raquianestesia. Além disso, foi o médico cirurgião que introduziu a utilização do éter como anestésico no Brasil.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1901, apresentando Memória intitulada “A peste antiga e a peste moderna”.
Segundo Jorge Moitinho Dória, seu sucessor na ANM, desfrutava do julgamento exato e rápido, produto preciso da experiência e da lúcida intuição. Ninguém até então havia conseguido aliar, com maior sabedoria, o bom senso ao tino clínico. Teve a dádiva de possuir, como ninguém, a intuição da coisa cirúrgica. E foi por essa razão, que diante de um quadro clínico alarmante, declarava, sem receio, o termo cunhado por ele e que ficou muito conhecido à época: “É um operoma, a situação é de urgência, a intervenção se impõe, não percamos tempo”.
É o Patrono da Cadeira 28 da ANM.
Foi vice-presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
Em 1902, assumiu a 24ª Enfermaria, posteriormente 23ª, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Foram seus assistentes, os mais tarde famosos médicos Álvaro Ramos, Brandão Filho, Fernando Ferreira Vaz, Jorge Gouvêa e muitos outros.
Foi colaborador do periódico “Brasil Médico” e da “Gazeta Clínica” de SãoPaulo. Dentre seus trabalhos publicados destacam-se: “Ação tóxica da Cocaína” (1879), “Do éter como anestésico em cirurgia” (1896), “Analgesia pelas injeções subaracnoideanas lombares da cocaína – processo Tiffier” (1900), “Um acidente produzido pela tropocaína” (1901), “A escopolamina como anestésico geral” (1905) e “Anestesia e analgesia na prática cirúrgica” (1905).
O Dr. Barros d’Almeida faleceu no Rio de Janeiro, no dia 14 de janeiro de 1919.
Acad. Francisco Sampaio