Crioablação: A técnica inovadora no tratamento do câncer, segundo Acad. Daniel Tabak
17/02/2025
A crioablação, uma técnica minimamente invasiva, tem ganhado destaque como uma alternativa promissora no tratamento do câncer de mama e outros tipos de tumores. O método, que utiliza temperaturas extremamente baixas para destruir as células tumorais, é uma aposta de especialistas como o Acad. Daniel Tabak, Membro Titular da Academia Nacional de Medicina e renomado por seu trabalho no campo da oncologia. Ele tem acompanhado de perto os avanços na área, especialmente no tratamento de tumores pequenos e localizados.
A crioablação, segundo ele, pode ser uma alternativa segura e eficaz para determinados perfis de pacientes, oferecendo uma abordagem menos invasiva em comparação às cirurgias tradicionais. “É uma opção que traz inúmeros benefícios, principalmente para pacientes que não são candidatos à cirurgia convencional. Além disso, o trauma tecidual é minimizado, o que possibilita uma recuperação mais rápida e menos complicações”, afirma.
Principais benefícios do procedimento no câncer de mama
Minimamente invasiva – Ausência de grandes incisões resulta em menor trauma aos tecidos saudáveis, reduzindo o tempo de recuperação;
Retorno rápido às atividades – A técnica permite que os pacientes voltem à rotina em menos tempo, um aspecto crucial para a qualidade de vida;
Menos riscos de complicações – Com menos risco de infecção, hemorragias ou deformidades, a crioablação se mostra uma opção mais segura para muitos pacientes;
Opção para pacientes inoperáveis – “Pacientes com comorbidades ou idosas, que não podem se submeter à cirurgia, podem se beneficiar enormemente desta técnica”, explica Tabak;
Estimulação do sistema imunológico – Alguns estudos sugerem que o congelamento das células tumorais pode, de fato, estimular uma resposta imunológica, ajudando na prevenção de recorrências.
Desafios e limitações no uso da crioablação
Embora a técnica tenha demonstrado ótimos resultados em tumores menores que 1,5 cm, Dr. Daniel Tabak alerta sobre suas limitações em tumores de maior volume. “Ainda não temos estudos de longo prazo que mostrem a eficácia da crioablação em tumores maiores. Para esses casos, tratamentos tradicionais, como cirurgia e radioterapia, ainda são mais recomendados”, pondera.
Dificuldades no tratamento de tumores maiores:
Cobertura incompleta do tumor – Em tumores maiores, há o risco de não eliminar todas as células tumorais, o que pode resultar em recidiva local.
Múltiplos ciclos de congelamento – Dr. Tabak explica que, para tumores grandes, são necessários vários ciclos de congelamento, aumentando a complexidade e o tempo do procedimento.
Distribuição irregular do frio – Em tumores volumosos, o frio pode não se difundir de maneira homogênea, prejudicando o tratamento.
Maior risco de complicações – Em tumores maiores, há um risco aumentado de danos a estruturas adjacentes, como nervos e músculos.
Resposta imune menos eficiente – Embora a crioablação possa estimular o sistema imunológico, sua resposta em tumores maiores pode não ser suficiente para eliminar todas as células cancerosas.
Aplicações da crioablação em outros tipos de câncer
Além do câncer de mama, Dr. Daniel Tabak também acompanha os estudos sobre o uso da crioablação em outros tipos de câncer, especialmente em pacientes inoperáveis:
Tumores renais pequenos (≤3 cm)
Hepatocarcinoma e metástases hepáticas
Câncer de pulmão
Câncer de próstata de baixo risco
Câncer de cérvix
Câncer de pele (carcinomas basocelular e espinocelular)
“A crioablação é uma técnica em evolução que traz esperança para muitos pacientes. Embora ainda existam limitações, seu potencial é inegável, especialmente em casos onde a cirurgia é inviável”, conclui Professor Daniel Tabak, ressaltando a importância de mais estudos para consolidar essa abordagem inovadora no tratamento oncológico.
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