O Dr. Carlos Pinto Seidl nasceu no dia 24 de novembro de 1867, em Belém, no Estado do Pará, filho do austríaco, humanista e eminente Professor das Letras Clássicas Carlos Seidl e de D. Raymunda Pinto Seidl. Nos dizeres do Prof. Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca, Carlos Seidl foi um homem privilegiado por ter nascido em família letrada com amplas tradições de estudos. Era neto materno do Cirurgião-Mor José Antônio Teixeira Pinto.
Fez parte de sua educação no Ginásio Paraense, posteriormente, denominado Colégio Estadual Paes de Carvalho, e seguiu para um seminário católico na França. Percebendo não ter vocação eclesiástica, retornou ao Brasil e se diplomou em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ), em 1892, apresentando a tese intitulada “Da etiologia perante o diagnóstico, a terapêutica e a higiene”. Em 1890, ainda estudante, integrou a comissão médica do Rio de Janeiro que assistiu à população de Campinas no surto de febre amarela.
Logo depois de formado, foi nomeado Diretor do Hospital São Sebastião, onde permaneceu durante 37 anos, de 1892 a 1929, transformando-o num centro de pesquisas para o estudo das doenças tropicais e infecciosas.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, no dia 28 de novembro de 1895, apresentando memória intitulada “Do isolamento nosocomial – contribuição para o estudo da profilaxia defensiva no Rio de Janeiro”, e empossado em 5 de dezembro de 1895. Foi Presidente da Academia Nacional de Medicina no período de 1910 a 1913 e tornou-se Membro Emérito em 1927.
É o Patrono da Cadeira 17 da ANM.
Foi do Dr. Carlos Seidl um dos primeiros artigos sobre o uso dos raios-X na medicina, em 1896.
Considerado um dos mais eminentes sanitaristas brasileiros, ocupou o cargo de Diretor Geral de Saúde Pública, equivalente, hoje, ao de Ministro da Saúde, entre 1912 e 1918, pedindo demissão do cargo por ocasião da gripe espanhola e substituído por Carlos Chagas. No livro “A propósito da pandemia de 1918: fatos e argumentos irrespondíveis”, publicado em 1919, o Dr. Carlos Seidl narra suas experiências pessoais e desventuras ao longo deste evento, expondo opiniões e rebatendo as críticas por sua atuação na Diretoria Geral de Saúde Pública, além de discussões acadêmicas e manifestações de apoio diante dos profundos ataques a sua figura pública.
Em 1915, presidiu a Comissão de Profilaxia da Lepra, que contava com a participação de importantes sociedades médicas, além de médicos e cientistas, com o objetivo de estudar os temas relacionados à transmissão e profilaxia da lepra. Ao final dos estudos e debates, em 1919, a comissão aprovou as conclusões necessárias para servir de base a um projeto de lei de combate à doença.
O Dr. Carlos Seidl também fez parte do Conselho Deliberativo da Liga Brasileira Contra o Analfabetismo, fundada no Rio de Janeiro, em 1915, visando o combate ao analfabetismo em todo o Brasil. As atividades da Liga foram encerradas em 1940, após realizações empreendidas pelo presidente Getúlio Vargas no campo da educação.
Foi Professor Catedrático de Medicina Pública da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1916.
Jornalista e publicitário, o Dr. Carlos Seidl deixou extensa bibliografia abordando os mais diversos assuntos na seara médica. Colaborou na imprensa no “O País”, “Jornal do Commercio” e “A Tribuna” e foi diretor da “Revista Médico-Cirúrgica do Brasil” durante anos. Um dos fundadores e o primeiro Presidente do Sindicato Médico Brasileiro em 1927.
Foi um dos fundadores e Presidente da Liga Brasileira Contra a Tuberculose, criada em 1900, e do Sindicato Médico Brasileiro, em 1927; fundou a Sociedade Brasileira de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal, em 1907, juntamente com um grupo de 40 médicos, dentre ele Miguel Couto, Juliano Moreira, Fernandes Figueira, Carlos Eiras, Afrânio Peixoto e Miguel Pereira; e presidiu a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1912-1913.
Recebeu a Medalha da Coroa da Itália e a Comenda de Oficial da Legião de Honra da França e manteve intercâmbio cultural, social e científico com altas especialidades médicas internacionais. Membro da Sociedade de Higiene de Paris, e um dos mais notáveis higienistas de sua época, foi, também, Membro do Círculo Médico Argentino, da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, da Real Academia Hispano-Americana de Ciências e Artes de Cadiz e da Associação Internacional contra a Tuberculose de Berlim.
Em sua homenagem, no bairro do Caju, na cidade do Rio de Janeiro, uma rua foi batizada com seu nome (Rua Carlos Seidl).
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1929.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 170
Cadeira: 17 Carlos Pinto Seidl
Cadeira homenageado: 17
Membro: Emérito
Secção: Medicina
Eleição: 28/11/1895
Posse: 05/12/1895
Sob a presidência: José Lourenço de Magalhães
Emerência: 01/09/1927
Falecimento: 19/10/1929
Número acadêmico: 170
Cadeira: 17 Carlos Pinto Seidl
Cadeira homenageado: 17
Membro: Emérito
Secção: Medicina
Eleição: 28/11/1895
Posse: 05/12/1895
Sob a presidência: José Lourenço de Magalhães
Emerência: 01/09/1927
Falecimento: 19/10/1929
O Dr. Carlos Pinto Seidl nasceu no dia 24 de novembro de 1867, em Belém, no Estado do Pará, filho do austríaco, humanista e eminente Professor das Letras Clássicas Carlos Seidl e de D. Raymunda Pinto Seidl. Nos dizeres do Prof. Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca, Carlos Seidl foi um homem privilegiado por ter nascido em família letrada com amplas tradições de estudos. Era neto materno do Cirurgião-Mor José Antônio Teixeira Pinto.
Fez parte de sua educação no Ginásio Paraense, posteriormente, denominado Colégio Estadual Paes de Carvalho, e seguiu para um seminário católico na França. Percebendo não ter vocação eclesiástica, retornou ao Brasil e se diplomou em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ), em 1892, apresentando a tese intitulada “Da etiologia perante o diagnóstico, a terapêutica e a higiene”. Em 1890, ainda estudante, integrou a comissão médica do Rio de Janeiro que assistiu à população de Campinas no surto de febre amarela.
Logo depois de formado, foi nomeado Diretor do Hospital São Sebastião, onde permaneceu durante 37 anos, de 1892 a 1929, transformando-o num centro de pesquisas para o estudo das doenças tropicais e infecciosas.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, no dia 28 de novembro de 1895, apresentando memória intitulada “Do isolamento nosocomial – contribuição para o estudo da profilaxia defensiva no Rio de Janeiro”, e empossado em 5 de dezembro de 1895. Foi Presidente da Academia Nacional de Medicina no período de 1910 a 1913 e tornou-se Membro Emérito em 1927.
É o Patrono da Cadeira 17 da ANM.
Foi do Dr. Carlos Seidl um dos primeiros artigos sobre o uso dos raios-X na medicina, em 1896.
Considerado um dos mais eminentes sanitaristas brasileiros, ocupou o cargo de Diretor Geral de Saúde Pública, equivalente, hoje, ao de Ministro da Saúde, entre 1912 e 1918, pedindo demissão do cargo por ocasião da gripe espanhola e substituído por Carlos Chagas. No livro “A propósito da pandemia de 1918: fatos e argumentos irrespondíveis”, publicado em 1919, o Dr. Carlos Seidl narra suas experiências pessoais e desventuras ao longo deste evento, expondo opiniões e rebatendo as críticas por sua atuação na Diretoria Geral de Saúde Pública, além de discussões acadêmicas e manifestações de apoio diante dos profundos ataques a sua figura pública.
Em 1915, presidiu a Comissão de Profilaxia da Lepra, que contava com a participação de importantes sociedades médicas, além de médicos e cientistas, com o objetivo de estudar os temas relacionados à transmissão e profilaxia da lepra. Ao final dos estudos e debates, em 1919, a comissão aprovou as conclusões necessárias para servir de base a um projeto de lei de combate à doença.
O Dr. Carlos Seidl também fez parte do Conselho Deliberativo da Liga Brasileira Contra o Analfabetismo, fundada no Rio de Janeiro, em 1915, visando o combate ao analfabetismo em todo o Brasil. As atividades da Liga foram encerradas em 1940, após realizações empreendidas pelo presidente Getúlio Vargas no campo da educação.
Foi Professor Catedrático de Medicina Pública da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1916.
Jornalista e publicitário, o Dr. Carlos Seidl deixou extensa bibliografia abordando os mais diversos assuntos na seara médica. Colaborou na imprensa no “O País”, “Jornal do Commercio” e “A Tribuna” e foi diretor da “Revista Médico-Cirúrgica do Brasil” durante anos. Um dos fundadores e o primeiro Presidente do Sindicato Médico Brasileiro em 1927.
Foi um dos fundadores e Presidente da Liga Brasileira Contra a Tuberculose, criada em 1900, e do Sindicato Médico Brasileiro, em 1927; fundou a Sociedade Brasileira de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal, em 1907, juntamente com um grupo de 40 médicos, dentre ele Miguel Couto, Juliano Moreira, Fernandes Figueira, Carlos Eiras, Afrânio Peixoto e Miguel Pereira; e presidiu a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1912-1913.
Recebeu a Medalha da Coroa da Itália e a Comenda de Oficial da Legião de Honra da França e manteve intercâmbio cultural, social e científico com altas especialidades médicas internacionais. Membro da Sociedade de Higiene de Paris, e um dos mais notáveis higienistas de sua época, foi, também, Membro do Círculo Médico Argentino, da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, da Real Academia Hispano-Americana de Ciências e Artes de Cadiz e da Associação Internacional contra a Tuberculose de Berlim.
Em sua homenagem, no bairro do Caju, na cidade do Rio de Janeiro, uma rua foi batizada com seu nome (Rua Carlos Seidl).
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1929.
Acad. Francisco Sampaio