Nasceu em 19 de setembro de 1915, em Guaratinguetá (SP).
Filho de Rogério da Silva Lacaz, professor de matemática, de quem também foi aluno, e de Judith Limongi Lacaz.
Graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1940.
Pesquisador, professor, administrador, escritor, personalidade marcante pela cultura solidamente adquirida e pela sóbria eloquência sempre evidenciada, o professor Carlos da Silva Lacaz conduziu suas atividades profissionais no mais alto nível ético e científico, constituindo-se exemplo às jovens gerações médicas e afirmativa da nobre tradição que respalda a História da Medicina no Brasil.
Iniciou suas atividades docentes como Assistente, já no 1° ano seguinte à formatura. Galgou todos os postos da hierarquia universitária através de concursos de títulos e provas. Professor Catedrático de Microbiologia e Imunologia e Professor Titular do Departamento de Medicina Tropical e Dermatologia da FMUSP. Foi Diretor da Instituição de 1974 a 1978, reformulou o ensino e criou novas vagas para a carreira universitária, abrindo os horizontes para novos docentes, entre os quais dezessete novas posições de Professor Titular, uma das quais destinada à Neurologia. Criou o Museu da FMUSP (atualmente Museu Carlos da Silva Lacaz), do qual foi Diretor Vitalício. Deu foro ao tombamento da Casa de Arnaldo, gigantesca tarefa que concluiu enquanto a dirigia. Definiu e regulamentou os Laboratórios de Investigação Médica (LIM) do Hospital das Clínicas da FMUSP, com os quais procurou-se dotar a instituição de um liame com a pesquisa médica básica, já que destas fora privada a escola pelo novo estatuto da Universidade de São Paulo.
Foi Secretário de Higiene e Saúde da Prefeitura de São Paulo e membro de dezenas de Sociedades Científicas nacionais e estrangeiras. Foi presidente da Academia de Medicina de São Paulo; da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia, Sociedade Brasileira de História da Medicina e o 3º Presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.
Auxiliou na criação da Faculdade de Medicina de Sorocaba da PUC-SP; da Faculdade de Medicina de Jundiaí e da Faculdade de Medicina de Campinas, sendo, nas duas primeiras, Professor Titular do Departamento de Microbiologia e Imunologia.
Escritor e historiador da Medicina, tem em seu acervo cerca de 37 livros publicados, vários dos quais revivendo a memória das ilustres personalidades que engrandeceram a História da Medicina Brasileira. Participou de congressos, desenvolveu ininterrupta atividade didática através de inúmeros cursos, palestras e conferências realizadas, além das atividades curriculares diurnas. Pesquisador incansável, publicou mais de trezentos trabalhos científicos.
Recebeu diversos prêmios, podendo-se destacar os prêmios Domingos Niobey (1951) e Alfred Jurzykowski (1968), pela Academia Nacional de Medicina.
Sua aposentadoria ocorreu, por força de lei, em 1985, mas o Acadêmico continuou até o último de seus dias na Faculdade de Medicina da USP, nela desenvolvendo sua pesquisa científica e a ela dando o brilho de sua mente e o melhor do seu desempenho humano.
Teve seu nome expresso na denominação Lacazia loboi, como proposta à comunidade científica internacional para um novo gênero de fungo como agente etiológico da doença de Jorge Lobo.
Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada ”Infecções por Agentes Oportunistas. Casuística Pessoal”.
Faleceu em 23 de abril de 2002.
Número acadêmico: 498
Cadeira: 51 João Paulino Marques
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 26/05/1977
Posse: 22/09/1977
Sob a presidência: Deolindo Augusto de Nunes Couto
Saudado: Edmundo Vasconcellos
Antecessor: Moacyr Alves dos Santos Silva
Falecimento: 23/04/2002
Número acadêmico: 498
Cadeira: 51 João Paulino Marques
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 26/05/1977
Posse: 22/09/1977
Sob a presidência: Deolindo Augusto de Nunes Couto
Saudado: Edmundo Vasconcellos
Antecessor: Moacyr Alves dos Santos Silva
Falecimento: 23/04/2002
Nasceu em 19 de setembro de 1915, em Guaratinguetá (SP).
Filho de Rogério da Silva Lacaz, professor de matemática, de quem também foi aluno, e de Judith Limongi Lacaz.
Graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1940.
Pesquisador, professor, administrador, escritor, personalidade marcante pela cultura solidamente adquirida e pela sóbria eloquência sempre evidenciada, o professor Carlos da Silva Lacaz conduziu suas atividades profissionais no mais alto nível ético e científico, constituindo-se exemplo às jovens gerações médicas e afirmativa da nobre tradição que respalda a História da Medicina no Brasil.
Iniciou suas atividades docentes como Assistente, já no 1° ano seguinte à formatura. Galgou todos os postos da hierarquia universitária através de concursos de títulos e provas. Professor Catedrático de Microbiologia e Imunologia e Professor Titular do Departamento de Medicina Tropical e Dermatologia da FMUSP. Foi Diretor da Instituição de 1974 a 1978, reformulou o ensino e criou novas vagas para a carreira universitária, abrindo os horizontes para novos docentes, entre os quais dezessete novas posições de Professor Titular, uma das quais destinada à Neurologia. Criou o Museu da FMUSP (atualmente Museu Carlos da Silva Lacaz), do qual foi Diretor Vitalício. Deu foro ao tombamento da Casa de Arnaldo, gigantesca tarefa que concluiu enquanto a dirigia. Definiu e regulamentou os Laboratórios de Investigação Médica (LIM) do Hospital das Clínicas da FMUSP, com os quais procurou-se dotar a instituição de um liame com a pesquisa médica básica, já que destas fora privada a escola pelo novo estatuto da Universidade de São Paulo.
Foi Secretário de Higiene e Saúde da Prefeitura de São Paulo e membro de dezenas de Sociedades Científicas nacionais e estrangeiras. Foi presidente da Academia de Medicina de São Paulo; da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia, Sociedade Brasileira de História da Medicina e o 3º Presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.
Auxiliou na criação da Faculdade de Medicina de Sorocaba da PUC-SP; da Faculdade de Medicina de Jundiaí e da Faculdade de Medicina de Campinas, sendo, nas duas primeiras, Professor Titular do Departamento de Microbiologia e Imunologia.
Escritor e historiador da Medicina, tem em seu acervo cerca de 37 livros publicados, vários dos quais revivendo a memória das ilustres personalidades que engrandeceram a História da Medicina Brasileira. Participou de congressos, desenvolveu ininterrupta atividade didática através de inúmeros cursos, palestras e conferências realizadas, além das atividades curriculares diurnas. Pesquisador incansável, publicou mais de trezentos trabalhos científicos.
Recebeu diversos prêmios, podendo-se destacar os prêmios Domingos Niobey (1951) e Alfred Jurzykowski (1968), pela Academia Nacional de Medicina.
Sua aposentadoria ocorreu, por força de lei, em 1985, mas o Acadêmico continuou até o último de seus dias na Faculdade de Medicina da USP, nela desenvolvendo sua pesquisa científica e a ela dando o brilho de sua mente e o melhor do seu desempenho humano.
Teve seu nome expresso na denominação Lacazia loboi, como proposta à comunidade científica internacional para um novo gênero de fungo como agente etiológico da doença de Jorge Lobo.
Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada ”Infecções por Agentes Oportunistas. Casuística Pessoal”.
Faleceu em 23 de abril de 2002.