O Dr. Antônio Fernandes Figueira nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 13 de junho de 1863, filho de Manoel Fernandes Figueira e D. Genuína da Rocha Figueira. Filho de pais pobres, sua mãe faleceu ao seu nascimento.
Estudou, como aluno gratuito, no Colégio Pedro II, e formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1886, apresentando tese de doutoramento intitulada “Condições patogênicas e modalidades clínicas da histeria”. Ainda estudante, frequentou os cursos livres de Pediatria ministrados por Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, na Policlínica Geral do Rio de Janeiro, e foi assistente de Cândido Barata Ribeiro, Professor Titular da Clínica de Pediatria da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
O Dr. Fernandes Figueira estabeleceu-se em Simão Pereira, lugarejo próximo de Juiz de Fora, Minas Gerais, como médico da roça, onde teve oportunidade de atender, estudar, escrever, e publicar seu primeiro livro de Pediatria. Posteriormente retornou à sua cidade natal, dedicando-se à saúde infantil, com ênfase no aleitamento materno, sendo seu público-alvo, primordialmente, as operárias e as crianças de até um ano de idade.
Em 1895, conquistou o prêmio Visconde de Alvarenga da Academia Nacional de Medicina, apresentando a monografia: “Diagnóstico das cardiopatias infantis”.
Na Academia Nacional de Medicina foi eleito Membro Titular, em 23 de julho de 1903, e foi seu Presidente entre 1907 e 1908.
É o Patrono da Cadeira 50.
Difundiu seu nome, nacional e internacionalmente, com a obra “Elementos de Semiologia Infantil”, publicado em 1903, logo adotado no ensino médico brasileiro e considerada por pediatras europeus o melhor livro do gênero.
O Dr. Fernandes Figueira dirigiu a enfermaria de doenças infecciosas de crianças no Hospital São Sebastião do Rio de Janeiro e a Policlínica das Crianças na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 1905, dirigiu a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados, hoje denominada Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Foi nomeado Membro Consultivo junto à Liga das Nações, nas questões referentes ao problema da proteção e assistência à infância.
Foi Chefe do Serviço de Pediatria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e fundador do primeiro hospital de Pediatria da cidade do Rio de Janeiro, a Policlínica das Crianças.
Foi também um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Pediatria, da qual foi Presidente de 1910 a 1927, e depois, Presidente Perpétuo.
Foi o verdadeiro iniciador da Pediatria brasileira e o primeiro médico do Brasil a deixar a presença das mães ao lado das crianças nas enfermarias, como forma de auxílio no tratamento.
A convite de Carlos Chagas aceitou a chefia da Inspetoria de Higiene Infantil do Departamento Nacional de Saúde, realizando notável trabalho sobre os planos de assistência à infância, a fim de diminuir o acentuado índice de mortalidade infantil na cidade. Criou postos de higiene infantil, creches distritais e conseguiu dos industriais a fundação de creches nas fábricas.
Foi o responsável pela instalação do Abrigo-Hospital Arthur Bernardes, hoje Instituto Fernandes Figueira, e também responsável pela Seção de Pediatria (Pavilhão Bourneville) do Hospital Nacional de Alienados, contratado pelo médico Juliano Moreira, cuidando da educação dos menores com deficiência mental, a primeira organização deste gênero na América do Sul.
Fez parte de diversas associações médicas e pediátricas no Brasil e no exterior: Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, das Sociedades de Pediatria do Uruguai, Argentina e Paris, e da Sociedade de Psiquiatria e Neurologia e da Liga de Higiene Mental.
Sua vasta produção é composta, primordialmente, de trabalhos técnico-científicos, onde se destacam: o folheto “Bases científicas da alimentação da criança: suas consequências sociais”, publicado em 1905; o “Livro das mães”, com a primeira edição em 1910; e “Elementos de patologia infantil”, publicado em 1929, após a sua morte. Foi colaborador do periódico “Brasil Médico”.
Era também poeta e romancista. Aos 17 anos publicou uma série de poemas intitulados “Adejos”. Escreveu ainda uma biografia de Torres Homem e um livro sobre o Padre Antônio Vieira. Foi Orador do Instituto dos Bacharéis em Letras e Membro da Sociedade de Ensaios Literários e do Grêmio Castro Alves.
Em sua homenagem, foram batizados com seu nome o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF / Fiocruz), reconhecidamente um centro nacional de referência pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação, no bairro do Flamengo, e o Espaço de Desenvolvimento Infantil Doutor Antonio Fernandes Figueira, no bairro de Bonsucesso, ambos na cidade do Rio de Janeiro.
Faleceu na sua cidade natal, aos 64 anos, em 12 de março de 1928, vítima de um edema pulmonar.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 231
Cadeira: 45 Olympio Olinto de Oliveira
Cadeira homenageado: 50
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 23/07/1903
Posse: 23/07/1903
Sob a presidência: Joaquim Pinto Portella
Secção (patrono): Medicina
Falecimento: 11/03/1928
Número acadêmico: 231
Cadeira: 45 Olympio Olinto de Oliveira
Cadeira homenageado: 50
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 23/07/1903
Posse: 23/07/1903
Sob a presidência: Joaquim Pinto Portella
Secção (patrono): Medicina
Falecimento: 11/03/1928
O Dr. Antônio Fernandes Figueira nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 13 de junho de 1863, filho de Manoel Fernandes Figueira e D. Genuína da Rocha Figueira. Filho de pais pobres, sua mãe faleceu ao seu nascimento.
Estudou, como aluno gratuito, no Colégio Pedro II, e formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1886, apresentando tese de doutoramento intitulada “Condições patogênicas e modalidades clínicas da histeria”. Ainda estudante, frequentou os cursos livres de Pediatria ministrados por Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, na Policlínica Geral do Rio de Janeiro, e foi assistente de Cândido Barata Ribeiro, Professor Titular da Clínica de Pediatria da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
O Dr. Fernandes Figueira estabeleceu-se em Simão Pereira, lugarejo próximo de Juiz de Fora, Minas Gerais, como médico da roça, onde teve oportunidade de atender, estudar, escrever, e publicar seu primeiro livro de Pediatria. Posteriormente retornou à sua cidade natal, dedicando-se à saúde infantil, com ênfase no aleitamento materno, sendo seu público-alvo, primordialmente, as operárias e as crianças de até um ano de idade.
Em 1895, conquistou o prêmio Visconde de Alvarenga da Academia Nacional de Medicina, apresentando a monografia: “Diagnóstico das cardiopatias infantis”.
Na Academia Nacional de Medicina foi eleito Membro Titular, em 23 de julho de 1903, e foi seu Presidente entre 1907 e 1908.
É o Patrono da Cadeira 50.
Difundiu seu nome, nacional e internacionalmente, com a obra “Elementos de Semiologia Infantil”, publicado em 1903, logo adotado no ensino médico brasileiro e considerada por pediatras europeus o melhor livro do gênero.
O Dr. Fernandes Figueira dirigiu a enfermaria de doenças infecciosas de crianças no Hospital São Sebastião do Rio de Janeiro e a Policlínica das Crianças na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 1905, dirigiu a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados, hoje denominada Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Foi nomeado Membro Consultivo junto à Liga das Nações, nas questões referentes ao problema da proteção e assistência à infância.
Foi Chefe do Serviço de Pediatria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e fundador do primeiro hospital de Pediatria da cidade do Rio de Janeiro, a Policlínica das Crianças.
Foi também um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Pediatria, da qual foi Presidente de 1910 a 1927, e depois, Presidente Perpétuo.
Foi o verdadeiro iniciador da Pediatria brasileira e o primeiro médico do Brasil a deixar a presença das mães ao lado das crianças nas enfermarias, como forma de auxílio no tratamento.
A convite de Carlos Chagas aceitou a chefia da Inspetoria de Higiene Infantil do Departamento Nacional de Saúde, realizando notável trabalho sobre os planos de assistência à infância, a fim de diminuir o acentuado índice de mortalidade infantil na cidade. Criou postos de higiene infantil, creches distritais e conseguiu dos industriais a fundação de creches nas fábricas.
Foi o responsável pela instalação do Abrigo-Hospital Arthur Bernardes, hoje Instituto Fernandes Figueira, e também responsável pela Seção de Pediatria (Pavilhão Bourneville) do Hospital Nacional de Alienados, contratado pelo médico Juliano Moreira, cuidando da educação dos menores com deficiência mental, a primeira organização deste gênero na América do Sul.
Fez parte de diversas associações médicas e pediátricas no Brasil e no exterior: Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, das Sociedades de Pediatria do Uruguai, Argentina e Paris, e da Sociedade de Psiquiatria e Neurologia e da Liga de Higiene Mental.
Sua vasta produção é composta, primordialmente, de trabalhos técnico-científicos, onde se destacam: o folheto “Bases científicas da alimentação da criança: suas consequências sociais”, publicado em 1905; o “Livro das mães”, com a primeira edição em 1910; e “Elementos de patologia infantil”, publicado em 1929, após a sua morte. Foi colaborador do periódico “Brasil Médico”.
Era também poeta e romancista. Aos 17 anos publicou uma série de poemas intitulados “Adejos”. Escreveu ainda uma biografia de Torres Homem e um livro sobre o Padre Antônio Vieira. Foi Orador do Instituto dos Bacharéis em Letras e Membro da Sociedade de Ensaios Literários e do Grêmio Castro Alves.
Em sua homenagem, foram batizados com seu nome o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF / Fiocruz), reconhecidamente um centro nacional de referência pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação, no bairro do Flamengo, e o Espaço de Desenvolvimento Infantil Doutor Antonio Fernandes Figueira, no bairro de Bonsucesso, ambos na cidade do Rio de Janeiro.
Faleceu na sua cidade natal, aos 64 anos, em 12 de março de 1928, vítima de um edema pulmonar.
Acad. Francisco Sampaio