O Dr. Antônio Felício dos Santos, médico, político, conferencista, jornalista, escritor e industrial, descendente de uma das famílias mais tradicionais do Estado de Minas Gerais, nasceu no dia 8 de janeiro de 1843, na cidade Diamantina, filho do Major Antônio Felício dos Santos e de D. Mariana Fernandes dos Santos.
Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ) em 1863, apresentando a tese intitulada “Hypoemia intertropical” e, após a formatura, retornou a Minas Gerais para exercer Clínica particular.
Nesta fase, toma contato com o positivismo, e logo ingressa na carreira política. Em 1867, foi eleito Deputado Geral por Minas Gerais, pelo Partido Liberal, e depois elegeu-se para a Câmara dos Deputados, onde permaneceu de 1878 até 1885.
Em 1877, quando sua família inaugurava a Fábrica de Fiação e Tecidos do Biribiry, o Dr. Antônio Felício dos Santos comprava as terras da Fazenda do Pau Grande. Esta compra foi feita com dois sócios e tinha como objetivo o estabelecimento de uma fábrica de tecidos de algodão. Forma-se, então, a Santos & Cia, que construiu a Fábrica Pau Grande, na Província do Rio de Janeiro.
Atuou no movimento pela proclamação da República e participou do primeiro governo republicano, sendo designado pelo Governo Provisório (1889/1891) a estabelecer o novo regime em Minas Gerais, na cidade de Ouro Preto, então capital do Estado e, em 1891, é nomeado Presidente do Banco do Brasil, a convite de Rui Barbosa, então Ministro da Fazenda. O Imperador D. Pedro-II havia lhe conferido o título de Conselheiro de Estado, que, entretanto, foi recusado pelo Dr. Antônio Felício dos Santos, dada as suas reconhecidas convicções republicanas.
Contrário ao federalismo, teve crescentes divergências com a liderança do novo regime, se afastando, então, da vida pública. Voltou a se dedicar à prática da medicina e, em 1897, converte-se ao catolicismo, devotando-se desde então ao jornalismo. Por sua atuação nesse mister, ao completar 80 anos, em 1923, foi agraciado pelo Vaticano, recebendo uma medalha com a efigie papal.
Dentre as suas publicações na área médica, destacam-se: “Da acção abortiva do sulfato de quinino” (1874); “O beribéri na província de Minas Gerais” (1874); “Applicação do galvano-caustico à cura radical da hydrocele. Rio de Janeiro” (1874); “Da dismenorrhéa expoliativa: hypothese, apontamentos e observações” (1876) e “A eucaristia e a medicina” (1922).
Na Academia Nacional de Medicina foi eleito Membro Honorário em 1903, e instituiu um prêmio anual para o melhor estudo sobre plantas medicinais da flora brasileira.
É o Patrono da Cadeira 33 da ANM.
Foi uma figura ilustre entre os colegas fundadores da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Em 1924 foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Ciências.
O Dr. Antônio Felício dos Santos faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro de 1931.
Acad. Francisco Sampaio
Cadeira homenageado: 33
Eleição: 03/09/1903
Indicação: Joaquim Pinto Portella
Secção (patrono): Cirurgia
Classificação: Nacional
Falecimento: 06/09/1931
Cadeira homenageado: 33
Eleição: 03/09/1903
Indicação: Joaquim Pinto Portella
Secção (patrono): Cirurgia
Classificação: Nacional
Falecimento: 06/09/1931
O Dr. Antônio Felício dos Santos, médico, político, conferencista, jornalista, escritor e industrial, descendente de uma das famílias mais tradicionais do Estado de Minas Gerais, nasceu no dia 8 de janeiro de 1843, na cidade Diamantina, filho do Major Antônio Felício dos Santos e de D. Mariana Fernandes dos Santos.
Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ) em 1863, apresentando a tese intitulada “Hypoemia intertropical” e, após a formatura, retornou a Minas Gerais para exercer Clínica particular.
Nesta fase, toma contato com o positivismo, e logo ingressa na carreira política. Em 1867, foi eleito Deputado Geral por Minas Gerais, pelo Partido Liberal, e depois elegeu-se para a Câmara dos Deputados, onde permaneceu de 1878 até 1885.
Em 1877, quando sua família inaugurava a Fábrica de Fiação e Tecidos do Biribiry, o Dr. Antônio Felício dos Santos comprava as terras da Fazenda do Pau Grande. Esta compra foi feita com dois sócios e tinha como objetivo o estabelecimento de uma fábrica de tecidos de algodão. Forma-se, então, a Santos & Cia, que construiu a Fábrica Pau Grande, na Província do Rio de Janeiro.
Atuou no movimento pela proclamação da República e participou do primeiro governo republicano, sendo designado pelo Governo Provisório (1889/1891) a estabelecer o novo regime em Minas Gerais, na cidade de Ouro Preto, então capital do Estado e, em 1891, é nomeado Presidente do Banco do Brasil, a convite de Rui Barbosa, então Ministro da Fazenda. O Imperador D. Pedro-II havia lhe conferido o título de Conselheiro de Estado, que, entretanto, foi recusado pelo Dr. Antônio Felício dos Santos, dada as suas reconhecidas convicções republicanas.
Contrário ao federalismo, teve crescentes divergências com a liderança do novo regime, se afastando, então, da vida pública. Voltou a se dedicar à prática da medicina e, em 1897, converte-se ao catolicismo, devotando-se desde então ao jornalismo. Por sua atuação nesse mister, ao completar 80 anos, em 1923, foi agraciado pelo Vaticano, recebendo uma medalha com a efigie papal.
Dentre as suas publicações na área médica, destacam-se: “Da acção abortiva do sulfato de quinino” (1874); “O beribéri na província de Minas Gerais” (1874); “Applicação do galvano-caustico à cura radical da hydrocele. Rio de Janeiro” (1874); “Da dismenorrhéa expoliativa: hypothese, apontamentos e observações” (1876) e “A eucaristia e a medicina” (1922).
Na Academia Nacional de Medicina foi eleito Membro Honorário em 1903, e instituiu um prêmio anual para o melhor estudo sobre plantas medicinais da flora brasileira.
É o Patrono da Cadeira 33 da ANM.
Foi uma figura ilustre entre os colegas fundadores da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Em 1924 foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Ciências.
O Dr. Antônio Felício dos Santos faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro de 1931.
Acad. Francisco Sampaio