O Dr. Antônio Barros Terra nasceu no dia 19 de fevereiro de 1878, na cidade do Rio de Janeiro, então no Distrito Federal, filho do Promotor Público Manoel Pereira Terra e de D. Amélia de Barros Pereira Terra.
Formou-se na Faculdade Nacional de Farmácia, em 1901, e na Faculdade Nacional de Medicina, em 1904, defendendo tese de doutoramento intitulada “Da segunda bulha cardíaca”.
Quando estudante, foi interno dos Professores Rocha Faria e Miguel Couto. Uma vez diplomado, exerceu a profissão em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, tendo sido médico da Estrada de Ferro Minas e Rio.
Voltando para o Rio de Janeiro, foi preparador da cadeira de Química Médica e mais tarde Assistente de Química Orgânica e Biológica. Foi Chefe do Laboratório de Química Fisiológica da então Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e Regente da cadeira de Química Orgânica e Biológica na Faculdade de Farmácia durante vários anos.
Livre-docente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo obtido este lugar por força do concurso para Professor Substituto de Química Médica, em que foi unanimemente habilitado pela Congregação.
Regeu o curso oficial de Química Geral e Mineral para os alunos de Farmácia no ano de 1925. No mesmo ano, regeu a Cadeira de Química Médica, na parte referente à Química Orgânica e Biológica, para os alunos do curso médico.
Fundou, em 1925, junto com os Professores Antônio Pedro, Senna Campos, Artidônio Pamplona e outros, a Faculdade Fluminense de Medicina. Foi seu Diretor, eleito sucessivamente até 1945, quando teve que se afastar por problemas de saúde. Suas contribuições para com os alunos foram tão valorizadas que o Diretório Acadêmico e a Policlínica da Escola foram batizados com o nome Dr. Barros Terra.
Antônio de Barros Terra é considerado o consolidador da Faculdade de Medicina. Seu nome é lembrado, para os alunos de hoje, por denominar, a partir de 1945, o Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina, que já existia, entretanto, desde 1926. A pressão política exercida pelo Diretório Acadêmico Barros Terra (DABT) junto à prefeitura de Niterói parece ter sido fundamental para a cessão do prédio da rua Visconde de Morais à Faculdade, em 1931. Nesse mesmo ano, demonstrando o seu apreço à Faculdade e sua capacidade de mobilização, os alunos recusaram-se, orgulhosamente, a transferir-se para o Rio de Janeiro, atendendo uma solicitação do novo Governo Federal, que tencionava fundir as duas Faculdades, extinguindo a de Niterói.
Foi, ainda, Diretor da Secção de Análises Clínicas no Laboratório Clínico Silva Araújo (1920), Assistente e Chefe do Laboratório de Química Orgânica e Biológica, Professor Catedrático de Química Orgânica e Biológica na Faculdade Fluminense de Medicina, tendo regido, em 1926, a Cadeira de Química Geral e Mineral, além da Cadeira de Química Orgânica e Biológica na mesma instituição.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, em 1928, apresentando duas memórias intituladas “Química orgânica teórica (considerações gerias e estudo dos hidrocarbonetos)” e “Uma série de corantes fixadores”, tendo sido transferido para a classe de Eméritos, em 1955.
É o Patrono da Cadeira 85.
Foi eleito Membro do Conselho Nacional de Educação, em 1936.
Deixou publicadas várias obras e trabalhos científicos, destacando-se “Bioquímica normal e patológica da urina” (1921), “Sedimento urinário” (1932), “Química orgânica para cursos complementares” (1941), “Noções elementares de química orgânica para a 5ª série ginasial” (1939), “Química orgânica e noções elementares de alguns assuntos de bioquímica” (várias edições) e o livro intitulado “Bioquímica normal e patológica da urina”, que recebeu elogios da imprensa médica e leiga.
O Dr. Barros Terra faleceu no Rio de Janeiro, no dia 3 de setembro de 1961.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 317
Cadeira: 85 Antônio de Barros Terra
Cadeira homenageado: 85
Membro: Emérito
Secção: Ciencias aplicadas à Medicina
Eleição: 25/05/1928
Posse: 09/08/1928
Sob a presidência: Miguel de Oliveira Couto
Saudado: Artidônio Pamplona
Emerência: 08/09/1955
Antecessor: Antonio Sattamini
Falecimento: 02/09/1961
Número acadêmico: 317
Cadeira: 85 Antônio de Barros Terra
Cadeira homenageado: 85
Membro: Emérito
Secção: Ciencias aplicadas à Medicina
Eleição: 25/05/1928
Posse: 09/08/1928
Sob a presidência: Miguel de Oliveira Couto
Saudado: Artidônio Pamplona
Emerência: 08/09/1955
Antecessor: Antonio Sattamini
Falecimento: 02/09/1961
O Dr. Antônio Barros Terra nasceu no dia 19 de fevereiro de 1878, na cidade do Rio de Janeiro, então no Distrito Federal, filho do Promotor Público Manoel Pereira Terra e de D. Amélia de Barros Pereira Terra.
Formou-se na Faculdade Nacional de Farmácia, em 1901, e na Faculdade Nacional de Medicina, em 1904, defendendo tese de doutoramento intitulada “Da segunda bulha cardíaca”.
Quando estudante, foi interno dos Professores Rocha Faria e Miguel Couto. Uma vez diplomado, exerceu a profissão em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, tendo sido médico da Estrada de Ferro Minas e Rio.
Voltando para o Rio de Janeiro, foi preparador da cadeira de Química Médica e mais tarde Assistente de Química Orgânica e Biológica. Foi Chefe do Laboratório de Química Fisiológica da então Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e Regente da cadeira de Química Orgânica e Biológica na Faculdade de Farmácia durante vários anos.
Livre-docente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo obtido este lugar por força do concurso para Professor Substituto de Química Médica, em que foi unanimemente habilitado pela Congregação.
Regeu o curso oficial de Química Geral e Mineral para os alunos de Farmácia no ano de 1925. No mesmo ano, regeu a Cadeira de Química Médica, na parte referente à Química Orgânica e Biológica, para os alunos do curso médico.
Fundou, em 1925, junto com os Professores Antônio Pedro, Senna Campos, Artidônio Pamplona e outros, a Faculdade Fluminense de Medicina. Foi seu Diretor, eleito sucessivamente até 1945, quando teve que se afastar por problemas de saúde. Suas contribuições para com os alunos foram tão valorizadas que o Diretório Acadêmico e a Policlínica da Escola foram batizados com o nome Dr. Barros Terra.
Antônio de Barros Terra é considerado o consolidador da Faculdade de Medicina. Seu nome é lembrado, para os alunos de hoje, por denominar, a partir de 1945, o Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina, que já existia, entretanto, desde 1926. A pressão política exercida pelo Diretório Acadêmico Barros Terra (DABT) junto à prefeitura de Niterói parece ter sido fundamental para a cessão do prédio da rua Visconde de Morais à Faculdade, em 1931. Nesse mesmo ano, demonstrando o seu apreço à Faculdade e sua capacidade de mobilização, os alunos recusaram-se, orgulhosamente, a transferir-se para o Rio de Janeiro, atendendo uma solicitação do novo Governo Federal, que tencionava fundir as duas Faculdades, extinguindo a de Niterói.
Foi, ainda, Diretor da Secção de Análises Clínicas no Laboratório Clínico Silva Araújo (1920), Assistente e Chefe do Laboratório de Química Orgânica e Biológica, Professor Catedrático de Química Orgânica e Biológica na Faculdade Fluminense de Medicina, tendo regido, em 1926, a Cadeira de Química Geral e Mineral, além da Cadeira de Química Orgânica e Biológica na mesma instituição.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, em 1928, apresentando duas memórias intituladas “Química orgânica teórica (considerações gerias e estudo dos hidrocarbonetos)” e “Uma série de corantes fixadores”, tendo sido transferido para a classe de Eméritos, em 1955.
É o Patrono da Cadeira 85.
Foi eleito Membro do Conselho Nacional de Educação, em 1936.
Deixou publicadas várias obras e trabalhos científicos, destacando-se “Bioquímica normal e patológica da urina” (1921), “Sedimento urinário” (1932), “Química orgânica para cursos complementares” (1941), “Noções elementares de química orgânica para a 5ª série ginasial” (1939), “Química orgânica e noções elementares de alguns assuntos de bioquímica” (várias edições) e o livro intitulado “Bioquímica normal e patológica da urina”, que recebeu elogios da imprensa médica e leiga.
O Dr. Barros Terra faleceu no Rio de Janeiro, no dia 3 de setembro de 1961.
Acad. Francisco Sampaio