O Dr. Antônio Cardoso Fontes nasceu em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 6 de outubro de 1879, filho de Antônio Cardoso Fontes e D. Maria Cardoso Fontes.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1897, terminando o curso médico, em 1902. matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1902. Ingressou em Manguinhos em seus primórdios como pesquisador assistente. Defendeu, em 1903, a tese de doutorado, sob a orientação do mestre Oswaldo Cruz, intitulada “Vacinação e soroterapia antipestosas”.
Durante o seu curso acadêmico foi interno, adjunto e, posteriormente, efetivo da Santa Casa de Misericórdia do Rio de janeiro, no serviço dos Professores Paes Leme, Pereira Guimarães e Barão de Pedro Affonso, além de monitor voluntário dos Cursos de Anatomia Descritiva e Médico-Cirúrgica, sendo Preparador das respectivas cadeiras o Dr. Benjamin Baptista.
Logo depois de formado, foi designado pelo Dr. Oswaldo Cruz, então Diretor do Instituto Soroterápico Federal, para exercer, interinamente, o cargo de Diretor do Laboratório Bacteriológico Federal. Em 1904, assumiu cargo de Inspetor Sanitário dos Serviços de Profilaxia da Febre Amarela, no Serviço de Isolamento e Desinfecção, nas campanhas antiamarílica e de profilaxia e erradicação da peste bubônica. Em 1905, organizou e dirigiu o Serviço de Desinfecção das Galerias de Águas Pluviais, por meio do aparelho Clayton, contribuindo para a desratização e a profilaxia anti-larvária. No ano seguinte, foi a vez do Serviço Sanitário do Maranhão, onde debelou um surto de peste bubônica e organizou os serviços sanitários na capital São Luís.
O Dr. Cardoso Fontes, em 1911, fez parte da Comissão que foi representar o Brasil na Exposição Internacional de Higiene em Dresden, Alemanha. Além deste, participou de vários eventos internacionais em Roma (onde obteve o diploma de honra por seus trabalhos originais sobre a biologia do vírus tuberculoso), Budapest, Viena, Oslo, Paris, Hamburgo, Berlim, Córdoba e Montevidéu, apresentando diversos trabalhos sobre a tuberculose, dentre eles: “Tuberculose bovina”, “Filtrabilidade do vírus tuberculoso”, “Influência dos extratos de gânglios tuberculosos sobre a morfologia do bacilo de Koch e sobre a evolução da respectiva infecção”, “Ação exercida pelos lipoides sobre o vírus da tuberculose e seu aproveitamento na tuberculinoterapia”, “Sobre a forma filtrável da tuberculose” e o livro “LUltravirus tuberculeux”, editado em Paris.
Em 1918, tornou-se Diretor de Serviços de Saúde e Assistência Pública do Município de Petrópolis.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, em 1927, e empossado, em 1928. Foi admitido com apresentação da memória intitulada “Formas filtráveis saprophyticas e acidoresistentes do bacilo de koch: sua importância na pathogenia e prophylaxia da tuberculose”.
É o Patrono da Cadeira 70.
Foi fundador e primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Tuberculose, Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, Presidente Honorário da Sociedade Médica de Petrópolis, Membro do Conselho Consultivo da Liga Brasileira Contra a Tuberculose, Professor “honoris causa” da Faculdade de Medicina da Bahia, Membro da Academia Petropolitana de Letras, Membro Honorário da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo e da Sociedade de Biologia Argentina, Doutor “honoris causa” pela Universidade de Wilno, na Polônia. A ele também foi conferida, por Sua Santidade o Papa Pio XII, a consagração de Membro da Academia Pontifícia de Ciências.
O Dr. Cardoso Fontes notabilizou-se pelos estudos sobre a tuberculose e a forma granular do bacilo, como expressão do seu “dinamismo morbígeno”. Suas experiências foram confirmadas e vários trabalhos realizados pela Escola de Calmette, no Instituto Pasteur, de Paris.
Após participar de diversos congressos e premiações em sua luta contra a tuberculose, foi nomeado, em 1934, Diretor do Instituto Oswaldo Cruz, em substituição a Carlos Chagas, que acabara de falecer.
Além disso, o Dr. Cardoso Fontes, em 1935, colaborou com o Acadêmico Rolando Monteiro na fundação da Faculdade de Ciências Médicas do Rio de Janeiro, da qual foi Professor de Microbiologia e seu primeiro Diretor.
Seu filho, o Dr. Murillo Cardoso Fontes, seguiu os seus passos, tanto na careira das letras como também se formando em medicina, atuando na Clínica Gaffrée-Guinle, no Hospital São João Batista, da Lagoa, no Sanatório de Curicica o no Instituto Oswaldo Cruz.
O Dr. Cardoso Fontes faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de março de 1943.
Tem seu nome imortalizado em diversos lugares do Brasil, como em Petrópolis, sua cidade natal, na Rua Professor Cardoso Fontes, e no Hospital Federal Cardoso Fontes, localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 307
Cadeira: 88 Amadeu da Silva Fialho
Cadeira homenageado: 70
Membro: Titular
Secção: Ciencias aplicadas à Medicina
Eleição: 24/11/1927
Posse: 10/05/1928
Sob a presidência: Miguel de Oliveira Couto
Saudado: Belmiro de Lima Valverde
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 23/03/1943
Número acadêmico: 307
Cadeira: 88 Amadeu da Silva Fialho
Cadeira homenageado: 70
Membro: Titular
Secção: Ciencias aplicadas à Medicina
Eleição: 24/11/1927
Posse: 10/05/1928
Sob a presidência: Miguel de Oliveira Couto
Saudado: Belmiro de Lima Valverde
Secção (patrono): Cirurgia
Falecimento: 23/03/1943
O Dr. Antônio Cardoso Fontes nasceu em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 6 de outubro de 1879, filho de Antônio Cardoso Fontes e D. Maria Cardoso Fontes.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1897, terminando o curso médico, em 1902. matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1902. Ingressou em Manguinhos em seus primórdios como pesquisador assistente. Defendeu, em 1903, a tese de doutorado, sob a orientação do mestre Oswaldo Cruz, intitulada “Vacinação e soroterapia antipestosas”.
Durante o seu curso acadêmico foi interno, adjunto e, posteriormente, efetivo da Santa Casa de Misericórdia do Rio de janeiro, no serviço dos Professores Paes Leme, Pereira Guimarães e Barão de Pedro Affonso, além de monitor voluntário dos Cursos de Anatomia Descritiva e Médico-Cirúrgica, sendo Preparador das respectivas cadeiras o Dr. Benjamin Baptista.
Logo depois de formado, foi designado pelo Dr. Oswaldo Cruz, então Diretor do Instituto Soroterápico Federal, para exercer, interinamente, o cargo de Diretor do Laboratório Bacteriológico Federal. Em 1904, assumiu cargo de Inspetor Sanitário dos Serviços de Profilaxia da Febre Amarela, no Serviço de Isolamento e Desinfecção, nas campanhas antiamarílica e de profilaxia e erradicação da peste bubônica. Em 1905, organizou e dirigiu o Serviço de Desinfecção das Galerias de Águas Pluviais, por meio do aparelho Clayton, contribuindo para a desratização e a profilaxia anti-larvária. No ano seguinte, foi a vez do Serviço Sanitário do Maranhão, onde debelou um surto de peste bubônica e organizou os serviços sanitários na capital São Luís.
O Dr. Cardoso Fontes, em 1911, fez parte da Comissão que foi representar o Brasil na Exposição Internacional de Higiene em Dresden, Alemanha. Além deste, participou de vários eventos internacionais em Roma (onde obteve o diploma de honra por seus trabalhos originais sobre a biologia do vírus tuberculoso), Budapest, Viena, Oslo, Paris, Hamburgo, Berlim, Córdoba e Montevidéu, apresentando diversos trabalhos sobre a tuberculose, dentre eles: “Tuberculose bovina”, “Filtrabilidade do vírus tuberculoso”, “Influência dos extratos de gânglios tuberculosos sobre a morfologia do bacilo de Koch e sobre a evolução da respectiva infecção”, “Ação exercida pelos lipoides sobre o vírus da tuberculose e seu aproveitamento na tuberculinoterapia”, “Sobre a forma filtrável da tuberculose” e o livro “LUltravirus tuberculeux”, editado em Paris.
Em 1918, tornou-se Diretor de Serviços de Saúde e Assistência Pública do Município de Petrópolis.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, em 1927, e empossado, em 1928. Foi admitido com apresentação da memória intitulada “Formas filtráveis saprophyticas e acidoresistentes do bacilo de koch: sua importância na pathogenia e prophylaxia da tuberculose”.
É o Patrono da Cadeira 70.
Foi fundador e primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Tuberculose, Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, Presidente Honorário da Sociedade Médica de Petrópolis, Membro do Conselho Consultivo da Liga Brasileira Contra a Tuberculose, Professor “honoris causa” da Faculdade de Medicina da Bahia, Membro da Academia Petropolitana de Letras, Membro Honorário da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo e da Sociedade de Biologia Argentina, Doutor “honoris causa” pela Universidade de Wilno, na Polônia. A ele também foi conferida, por Sua Santidade o Papa Pio XII, a consagração de Membro da Academia Pontifícia de Ciências.
O Dr. Cardoso Fontes notabilizou-se pelos estudos sobre a tuberculose e a forma granular do bacilo, como expressão do seu “dinamismo morbígeno”. Suas experiências foram confirmadas e vários trabalhos realizados pela Escola de Calmette, no Instituto Pasteur, de Paris.
Após participar de diversos congressos e premiações em sua luta contra a tuberculose, foi nomeado, em 1934, Diretor do Instituto Oswaldo Cruz, em substituição a Carlos Chagas, que acabara de falecer.
Além disso, o Dr. Cardoso Fontes, em 1935, colaborou com o Acadêmico Rolando Monteiro na fundação da Faculdade de Ciências Médicas do Rio de Janeiro, da qual foi Professor de Microbiologia e seu primeiro Diretor.
Seu filho, o Dr. Murillo Cardoso Fontes, seguiu os seus passos, tanto na careira das letras como também se formando em medicina, atuando na Clínica Gaffrée-Guinle, no Hospital São João Batista, da Lagoa, no Sanatório de Curicica o no Instituto Oswaldo Cruz.
O Dr. Cardoso Fontes faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de março de 1943.
Tem seu nome imortalizado em diversos lugares do Brasil, como em Petrópolis, sua cidade natal, na Rua Professor Cardoso Fontes, e no Hospital Federal Cardoso Fontes, localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Acad. Francisco Sampaio