A Academia Nacional de Medicina (ANM) homenageou, no dia 18 de junho de 2020, os 120 anos da Fundação Oswaldo Cruz.
Na abertura do encontro, o presidente da ANM, Rubens Belfort Jr, destacou o apreço e admiração pela centenária instituição que está sempre à frente no combate às pandemias, em prol da saúde e da qualidade de vida das pessoas.
Coordenado pelo acadêmico Paulo Buss, o evento contou com apresentações de diretores de algumas unidades da Fiocruz e depoimentos de vários expoentes da saúde da ciência e da cultura brasileira, além de uma apresentação da atual presidente da instituição, Nísia Trindade Lima.
No bloco “O que é a Fiocruz hoje”?, cinco diretores de diferentes unidades apresentaram um breve panorama sobre pesquisa, ensino, assistência e produção de insumos para saúde desenvolvidos na instituição.
Já o segundo bloco, “Apreciação dos acadêmicos da Fiocruz”, contou com a participação dos acadêmicos e membros do corpo de profissionais da instituição: Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, José Gomes Temporão, Léa Rodrigues Coura, José Rodrigues Coura e Paulo Buss.
Em seguida, representantes de diversas instituições de peso na área da saúde, da ciência e da cultura concederam relatos e prestaram homenagens à Fiocruz. Participaram deste momento os reitores de universidades federais do Rio de Janeiro e do Maranhão, respectivamente, Denise Pires de Carvalho e Natalino Salgado; os presidentes das Academias Brasileira de Letras e de Ciências, Marco Lucchesi e Luiz Davidovich,
Davidovich ressaltou a conexão forte entre a ABC e a Fiocruz, lembrando que Oswaldo Cruz foi um dos fundadores e vice-presidente da primeira diretoria da ABC. Davidovich resumiu assim sua visão sobre a instituição:
– Assim como grandes artistas, grandes escritores e grandes músicos se transformam em símbolos dos tempos, a Fiocruz é mais que uma instituição. É uma marca nacional e internacional. Esta marca está associada a ciência de qualidade no SUS. E mostra como uma política de Estado de longo tempo pode beneficiar o país.
Em sua conferência, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, traçou uma linha do tempo sobre as conquistas da saúde pública e o enfrentamento dos grandes desafios na medicina brasileira, tendo a Fundação Oswaldo Cruz um papel de liderança. De forma elegante, descreveu a irmandade junto à Academia Nacional de Medicina, preservando memória, tradições e focando na busca por parcerias, através de seus eméritos profissionais que são também acadêmicos, em projetos de inovação atuais e futuros.
O acadêmico José Augusto Messias, orador do evento, lembrou fatos marcantes da instituição desde a sua criação como Instituto Soroterápico, em uma antiga fazenda na zona Norte do Rio de Janeiro, ao triste episódio conhecido como Massacre de Manguinhos, lembrando o nome de cada um dos 10 cientistas que perderam o direito de continuar a trabalhar durante a ditadura militar, na década de 70. Messias nomeou cada um dos cassados e finalizou: “Presentes!”
Ao final, o presidente da ANM, Rubens Belfort Jr. ressaltou a irmandade que une as duas instituições há mais de um século e sentenciou:
Uma placa virtual foi entregue pelo presidente Rubens Belfort à Nísia Trindade Lima com o compromisso de um encontro presencial quando a epidemia de covid-19 acabar.