ANM completa 192 anos

30/06/2021

A memorável sessão comemorativa aos 192 anos da Academia Nacional de Medicina, que aconteceu dia 30 de junho de 2021, foi repleta de momentos marcantes. Para constituir a mesa virtual de autoridades, o presidente da ANM, Rubens Belfort Jr., convidou os ex-presidentes Pietro Novelino, Francisco Sampaio e Jorge Alberto Costa e Silva, entre outras autoridades.

Inicialmente, Rubens Belfort apresentou o vídeo com a visita guiada ao Centro da Memória Médica da ANM. Nele, o tour virtual leva o visitante a conhecer o maior acervo da Medicina, tanto em publicações como em obras de arte, mobiliário e peças históricas. A realização desse projeto foi uma parceria da ANM com a Rede Fleury.

Durante a cerimônia, o secretário-geral, Carlos Eduardo Brandão, apresentou um breve relatório do último ano e citou que a ANM é a instituição médica mais antiga do país. Fundada em 30 de junho de 1829, ao longo de sua história já teve 674 membros em vigília permanente, produzindo conhecimento científico.

No levantamento das ações do último ano da ANM, o professor Brandão destacou a realização de 33 sessões ordinárias e quatro seminários de verão –nos meses de dezembro e janeiro e oito Sessões Saudade em homenagens aos acadêmicos falecidos; o sucesso do Curso de Emergências Médicas, que conta com mais de 10 mil inscritos; o fomento à divulgação do conhecimento médico e científico, por meio da produção de podcasts para sociedade, campanhas informativas e educativas nas redes socais; e o programa Jovem Lideranças Médicas que une gerações.

“Em nome da mais importante casa da Medicina quero fazer um tributo de homenagem a todos os membros, especialmente, nessa época de tantos desafios”, enfatizou o secretário.

Como é tradição há quase dois séculos, o orador da Academia Nacional de Medicina, Manassés Claudino Fonteles, fez sua explanação sobre o  aniversário e emocionou a todos com suas reflexões sobre a passagem do tempo. O orador destacou em seu discurso: “a característica mais importante que distingue os homens dos animais que é a nossa habilidade de flexionar o tempo. Animais vivem o aqui e agora. Homens e mulheres são capazes de multiplicar o tempo, na medida que conseguem compreender o tempo e expandi-lo no espaço. O tempo faz a sabedoria do ser humano. E nossa orgulhosa instituição se notabilizou, ao longo do tempo, por formar excelentes profissionais e, através deles, criar soluções e novos ideais para o Brasil. Isso enche nosso coração de júbilo.”

Em seguida, o presidente Rubens Belfort Jr., anunciou os ganhadores dos prêmios da ANM 2021 e anunciou quais serão os prêmios em 2022. O prêmio Academia Nacional de Medicina foi conquistado pelo médico e pesquisador da Universidade Federal Fluminense, Clóvis Fonseca, com estudos sobre o uso de álcool perílico no tratamento de tumores cerebrais.

O prêmio Vicente Cândido Figueira de Saboia – área de cirurgia, foi para o grupo dos hospitais Municipal Souza Aguiar e Federal da Lagoa e a Unidade de Pesquisa Urogenital da Uerj. Projeto de Daniel Hampl sobre técnica cirúrgica modificada para implante imediato intravaginal de prótese testicular em pacientes com torção de testículo.

O prêmio Francisco de Paula Cândido foi para o grupo do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo. A ganhadora é Olívia Pereira Kiappe e o estudo envolve avaliação oftalmológica de recém nascidos expostos à infecção materna por covid-19.

Uma equipe, coordenada pela médica Natália Goes Blanco, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ, venceu o prêmio Olympio Ribeiro da Fonseca com estudo sobre modelo experimental em sepse.

Grupo liderado pelo médico Bernardo David Sabat, do Departamento de Cirurgia, da Universidade de Pernambuco, foi o ganhador do Prêmio Miguel Couto na área de hepatologia.

Em 2022, os interessados poderão concorrer ao Prêmio Academia Nacional de Medicina na área de cirurgia; e aos prêmios Presidentes da Academia Nacional de Medicina com 3 categorias: Antônio Felix Martins (presidente entre 1861-1864); Álvaro Cumplido de Sant’Anna (1951-1953 e 1953-1955); Ugo Pinheiro Guimarães (1959-1961); e ao prêmio Austregésilo na área de pesquisa do sistema nervoso.

Entre os cerca de 150 participantes, fizeram parte da mesa virtual, os acadêmicos Celso Ferreira Ramos Filho, presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro; Jerson Lima, presidente da Faperj; Natalino Salgado Filho, reitor da Universidade Federal do Maranhão; e Ronaldo Damião, diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto. E mais Acácio Alves de Souza Lima Filho, presidente da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil; Alberto Schneider, diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ; César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira; Denise Pires de Carvalho, reitora da UFRJ; Dulce Pugliese de Godoy Bueno, Grupo Dasa; Hilton Koch, presidente da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação; Ildeu de Castro Moreira, presidente da SBPC; Jean Carlos Gorinchteyn, Secretário Estadual de Saúde SP; Jeane Tsutsui, presidente do Grupo Fleury; Luiz Carlos von Bahten, presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; Luiz Davidovich; presidente da Academia Brasileira de Ciências; Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras; Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz; Silvio Pessanha Neto, diretor dos Cursos de Medicina do Idomed; Vicente Herculano da Silva, Presidente da Federação Brasileira de Academias de Medicina; e Walter Palis Ventura, presidente do Cremerj.

Ao finalizar a sessão comemorativa, o presidente da ANM, Rubens Belfort Jr, lembrou o acadêmico Paiva Gonçalves, que dizia que o “melhor da Academia são os acadêmicos.” E agradeceu a todos pelas parcerias nesse ano tão atípico.

Para assistir a sessão na íntegra, acesse https://www.anm.org.br/sessao-de-aniversario-da-academia-nacional-de-medicina-192-ano-de-historia-30-de-junho-de-2021/.

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