Os médicos Karina Tozatto Maio e Bruno Deltreggia Benites são hematologista, respectivamente, do Hospital Albert Einstein e da Unicamp, ambos em São Paulo, e membros do Programa de Jovens Lideranças Médicas da ANM.
O que os une é o estudo que foca a anemia falciforme. Tozatto se dedica aos marcadores inflamatórios, seleção de doadores de células tronco e terapia gênica em doença falciforme, tendo vários artigos publicados nas áreas de inflamaçao em doença falciforme e seleção de doadores. Além disso, Karina foi selecionada como embaixadora do comitê jovem da European Hematology Association no Brasil.
Benites é coordenador da Divisão de Hemoterapia da Unicamp, sendo especialista em desfechos clínicos e terapia transfusional com artigos publicados sobre a terapia quelante de ferro em pacientes adultos com doenças falciformes; assim como esquemas de suporte transfusional na gravidez a fim de evitar complicações materno-fetais, além do uso de eritropoietina – um hormônio que controla a produção de células vermelhas – como poupador de transfusões nesse grupo de pacientes. Em 2020, recebeu o Prêmio Terezinha Verrastro no Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular. Com a pandemia, Benites também passou a estudar os acometimentos da covid-19 em pacientes afetados pela anemia falciforme.
A anemia falciforme é uma doença hereditária (herdada do pai e da mãe), causada por uma mutação, que afeta a produção das moléculas de hemoglobina, que ficam dentro das células vermelhas do sangue e transportam o oxigênio aos tecidos. Os pacientes acometidos pela doença podem ter falta de oxigênio nos tecidos, com episódios de muita dor nos braços, pernas e costas. A doença também pode prejudicar a função de órgãos como pulmões e rins.
A anemia falciforme pode ser descoberta de forma bem precoce, no teste do pezinho, o que permite atenção dos pais para vigilância de complicações e tratamento cedo, como vacinações, antibióticos e medicações específicas.