Nasceu em 1º de junho de 1920, em Uberaba (MG).
Filho de João Prata Junior e Delia Rosa Prata.
Graduou-se em Medicina, em 1945, pela antiga Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Nas décadas de 40 e 50, trabalhou no Comando da Marinha e no Hospital Naval de Salvador e revigorou a Escola Tropicalista Baiana. Exerceu atividades de médico comunitário e sempre se dedicou à Clínica Médica, com especial interesse por doenças infecciosas e parasitárias. Durante o ano de 1965, teve uma rápida passagem pelo Departamento Nacional de Endemias Rurais, como Supervisor do Núcleo de Pesquisas na Bahia.
Após estágio na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com o Prof. João Alves Meira, prestou, na FMB-UFBA, o concurso de Livre Docência com Tese sobre “O Quadro Clínico e Laboratorial do Calazar”.
Logo depois, concorreu à Cátedra de Doenças Infecciosas e Parasitárias da FMB-UFBA, sendo aprovado com grande distinção e louvor em a tese “Biopsia Retal na Esquistossomose Mansoni: Bases e Aplicações no Diagnóstico e Tratamento”, com a qual demonstrou como os ovos de Schistosoma mansoni, descoberto na Bahia pelo Prof. Manoel Pirajá da Silva, migravam pelas paredes intestinais. Essa tese constituiu um marco no conhecimento científico dessa endemia, pois permitiu conhecer o oograma e, assim, melhor avaliar a ação de novas drogas contra S. mansoni.
Catedrático da FMB-UFBA, criou, no Hospital das Clínicas (atual Hospital Universitário Prof. Edgard Santos), a Enfermaria de Doenças Infecto-Parasitárias, conhecida por gerações de estudantes de Medicina como Enfermaria TA (enfermaria “A” do andar térreo).
Entre os anos de 1956 e 1971, enquanto esteve na Bahia, publicou 101 artigos científicos em revistas nacionais e estrangeiras, e passou a ser reconhecido como “Expert” em Medicina Tropical pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com marcante participação, entre os anos de 1968 e 2009, como Membro Titular do Comitê de Especialistas da OMS na cidade de Genebra (Suíça).
Dirigiu a Fundação Gonçalo Moniz – atual Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz da Fundação Oswaldo Cruz; e realizou o I e o II Seminários sobre a Esquistossomose mansônica, com muitos convidados estrangeiros. Costumava dizer que “de onde havia pesquisadores no mundo sobre esquistossomose mansônica, trouxe para a Cidade da Bahia”. Esses Seminários mudaram o entendimento sobre a esquistossomose, cujos Anais, publicados sob o patrocínio da Marinha do Brasil, foram amplamente divulgados para todo o mundo.
Foi Professor visitante na Cornell University, nos Estados Unidos.
Em 1972, ingressou na Universidade de Brasília (UnB) e mudou-se para a capital federal. Lá, foi chefe de Clínica Médica da Faculdade de Ciências da Saúde (1972-1985), coordenador do Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição (1974-1990) e coordenador do mestrado em Medicina Tropical (1976-1990), que ele ajudou a criar.
Na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, além de Professor Titular de Doenças Infecciosas e Parasitárias, foi Diretor do curso de Extensão Universitária e Coordenador do curso de Pós-graduação em Medicina Tropical e Infectologia, que ele mesmo iniciou. Trabalhou em regime de dedicação exclusiva como pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
Vice-presidente do Conselho Nacional de Saúde, Membro do Conselho Técnico-Científico da Fiocruz, Membro do Men and Biosphera for the Preservation of the Environment (Unesco), Membro do Chagas Disease Chemotherapy Research Group (Organização Pan-americana de Saúde), Assessor do Ministério da Saúde para os Programas de Controle de Esquistossomose e doença de Chagas.
Foi Membro da Academia Nacional de Ciências e da Academia Mineira de Medicina; Membro Honorário da Royal Society of Tropical Medicine and Higiene; Membro Fundador e Dirigente do Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERu).
Publicou 418 artigos científicos; orientou 56 mestrandos ou doutorandos; autor de inúmeros capítulos de livros, relatórios técnicos e trabalhos de extensão.
Fundou a Sociedade Latino Americana de Medicina Tropical e auxiliou na fundação da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Foi editor da Gazeta Médica da Bahia e da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Dentre os prêmios recebidos, destacam-se: Prêmio Scopus (2007), concedido pela Elsevier e a Capes; Menção Honrosa do Sistema Único de Saúde (2003) e Medalha Ordem Nacional do Mérito Científico (2002), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “A Fase Inicial da Esquistossomose Mansoni em Área Endêmica”.
Faleceu em 13 de maio de 2011.
Número acadêmico: 586
Cadeira: 50 Antônio Fernandes Figueira
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 23/11/1995
Posse: 25/06/1996
Sob a presidência: Rubem David Azulay
Saudado: José Rodrigues Coura
Antecessor: Eugênio Domingos da Silva Carmo
Falecimento: 13/05/2011
Número acadêmico: 586
Cadeira: 50 Antônio Fernandes Figueira
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 23/11/1995
Posse: 25/06/1996
Sob a presidência: Rubem David Azulay
Saudado: José Rodrigues Coura
Antecessor: Eugênio Domingos da Silva Carmo
Falecimento: 13/05/2011
Nasceu em 1º de junho de 1920, em Uberaba (MG).
Filho de João Prata Junior e Delia Rosa Prata.
Graduou-se em Medicina, em 1945, pela antiga Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Nas décadas de 40 e 50, trabalhou no Comando da Marinha e no Hospital Naval de Salvador e revigorou a Escola Tropicalista Baiana. Exerceu atividades de médico comunitário e sempre se dedicou à Clínica Médica, com especial interesse por doenças infecciosas e parasitárias. Durante o ano de 1965, teve uma rápida passagem pelo Departamento Nacional de Endemias Rurais, como Supervisor do Núcleo de Pesquisas na Bahia.
Após estágio na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com o Prof. João Alves Meira, prestou, na FMB-UFBA, o concurso de Livre Docência com Tese sobre “O Quadro Clínico e Laboratorial do Calazar”.
Logo depois, concorreu à Cátedra de Doenças Infecciosas e Parasitárias da FMB-UFBA, sendo aprovado com grande distinção e louvor em a tese “Biopsia Retal na Esquistossomose Mansoni: Bases e Aplicações no Diagnóstico e Tratamento”, com a qual demonstrou como os ovos de Schistosoma mansoni, descoberto na Bahia pelo Prof. Manoel Pirajá da Silva, migravam pelas paredes intestinais. Essa tese constituiu um marco no conhecimento científico dessa endemia, pois permitiu conhecer o oograma e, assim, melhor avaliar a ação de novas drogas contra S. mansoni.
Catedrático da FMB-UFBA, criou, no Hospital das Clínicas (atual Hospital Universitário Prof. Edgard Santos), a Enfermaria de Doenças Infecto-Parasitárias, conhecida por gerações de estudantes de Medicina como Enfermaria TA (enfermaria “A” do andar térreo).
Entre os anos de 1956 e 1971, enquanto esteve na Bahia, publicou 101 artigos científicos em revistas nacionais e estrangeiras, e passou a ser reconhecido como “Expert” em Medicina Tropical pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com marcante participação, entre os anos de 1968 e 2009, como Membro Titular do Comitê de Especialistas da OMS na cidade de Genebra (Suíça).
Dirigiu a Fundação Gonçalo Moniz – atual Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz da Fundação Oswaldo Cruz; e realizou o I e o II Seminários sobre a Esquistossomose mansônica, com muitos convidados estrangeiros. Costumava dizer que “de onde havia pesquisadores no mundo sobre esquistossomose mansônica, trouxe para a Cidade da Bahia”. Esses Seminários mudaram o entendimento sobre a esquistossomose, cujos Anais, publicados sob o patrocínio da Marinha do Brasil, foram amplamente divulgados para todo o mundo.
Foi Professor visitante na Cornell University, nos Estados Unidos.
Em 1972, ingressou na Universidade de Brasília (UnB) e mudou-se para a capital federal. Lá, foi chefe de Clínica Médica da Faculdade de Ciências da Saúde (1972-1985), coordenador do Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição (1974-1990) e coordenador do mestrado em Medicina Tropical (1976-1990), que ele ajudou a criar.
Na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, além de Professor Titular de Doenças Infecciosas e Parasitárias, foi Diretor do curso de Extensão Universitária e Coordenador do curso de Pós-graduação em Medicina Tropical e Infectologia, que ele mesmo iniciou. Trabalhou em regime de dedicação exclusiva como pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
Vice-presidente do Conselho Nacional de Saúde, Membro do Conselho Técnico-Científico da Fiocruz, Membro do Men and Biosphera for the Preservation of the Environment (Unesco), Membro do Chagas Disease Chemotherapy Research Group (Organização Pan-americana de Saúde), Assessor do Ministério da Saúde para os Programas de Controle de Esquistossomose e doença de Chagas.
Foi Membro da Academia Nacional de Ciências e da Academia Mineira de Medicina; Membro Honorário da Royal Society of Tropical Medicine and Higiene; Membro Fundador e Dirigente do Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERu).
Publicou 418 artigos científicos; orientou 56 mestrandos ou doutorandos; autor de inúmeros capítulos de livros, relatórios técnicos e trabalhos de extensão.
Fundou a Sociedade Latino Americana de Medicina Tropical e auxiliou na fundação da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Foi editor da Gazeta Médica da Bahia e da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Dentre os prêmios recebidos, destacam-se: Prêmio Scopus (2007), concedido pela Elsevier e a Capes; Menção Honrosa do Sistema Único de Saúde (2003) e Medalha Ordem Nacional do Mérito Científico (2002), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “A Fase Inicial da Esquistossomose Mansoni em Área Endêmica”.
Faleceu em 13 de maio de 2011.