O Dr. Adolfo Frederico Luna Freire nasceu em Recife, Estado de Pernambuco, a 29 de agosto de 1864, filho do Desembargador Adelino Antônio de Luna Freire, que foi membro do Tribunal da Relação do Ceará, e de D. Umbelina Augusta de Melo Luna.
Médico diplomado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1887, sua tese de doutoramento, que teve por título “Estudo clínico da diátese fibrosa”, foi aprovada com distinção.
No fim do ano de 1888 e princípio de 1889, serviu de Adjunto de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 2ª Cadeira, a cargo do Professor Martins Costa. Neste mesmo ano, foi eleito Membro Efetivo da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, tendo tomado parte na discussão que se travou, então, a propósito das mortes súbitas nesta Capital. Por este mesmo tempo ocupou o cargo de Secretário da redação do periódico científico “Brasil-Médico” em cujas colunas colaborou com certa assiduidade.
No final de 1889, se ausentou da capital federal, devido a problemas de saúde. Chegando à capital cearense, a 22 de março daquele ano, se entregou ao exercício da sua profissão e assumiu o cargo de Professor de Ciências Naturais da Escola Militar. Nas colunas “Gazeta do Norte” escreveu uma série de artigos intitulados “A Transfusão de Sangue”, a propósito de um caso de gangrena senil, tratado pelo Dr. Meton de Alencar, com quem manteve então polêmica, servindo-se o último das páginas do “Cearense”.
Trabalhou, também, nas Enfermarias São José e Santo Antônio, no Hospital Pedro II, na capital pernambucana, época em que foi colaborador dos Anais da Sociedade de Medicina de Pernambucana.
Retornando, em 1901, para o Rio de Janeiro, lá exerceu o magistério como Docente Livre de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e Professor de Higiene da Escola Normal. Foi médico da Santa Casa de Misericórdia, do Hospital da Gamboa e Sanitarista da Diretoria de Saúde Pública, colaborando com Oswaldo Cruz no combate à febre amarela.
Foi Presidente da Associação de Funcionários Públicos Civis, Membro Efetivo da Academia Cearense de Letras e Membro Correspondente da Academia Médica Italiana.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, em 1900, apresentando a memória intitulada “A semiótica do espaço semilunar do espaço de traube”, tomou posse em 1901 e foi transferido para a classe dos Honorários em 1927.
É o Patrono da Cadeira 98.
Em 1918, fez parte, no posto de coronel, da Missão Médica Militar enviada pelo Brasil à Europa em guerra, chefiada pelo coronel médico Nabuco de Gouveia, obtendo as condecorações Pro Labore e Medalha de Honra, por devotamento. Durante a epidemia da gripe, foi distinguido com convite para dirigir o Hospital de Bordeaux, demonstrando nessa chefia grande capacidade e dedicação.
Suas obras principais foram: “A Hipermegalia hepática”, “Meningite secundária, consecutiva às eólicas do Recife”, “Algumas considerações sobre a patologia nervosa”, “Sobre um caso de hemi-espasmo facial”, “Lição de clínica médica”, “Filhos de alcoólatras”, “Estudos sobre o câncer” e “Higiene na família e na escola”.
O Dr. Adolfo Frederico Luna Freire faleceu na cidade do Rio de Janeiro, a 23 de setembro de 1953.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 207
Cadeira: 42 João Carlos Teixeira Brandão
Cadeira homenageado: 98
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 13/12/1900
Posse: 25/04/1901
Sob a presidência: Nuno Ferreira de Andrade
Saudado: Theóphilo de Almeida Torres
Falecimento: 25/09/1953
Número acadêmico: 207
Cadeira: 42 João Carlos Teixeira Brandão
Cadeira homenageado: 98
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 13/12/1900
Posse: 25/04/1901
Sob a presidência: Nuno Ferreira de Andrade
Saudado: Theóphilo de Almeida Torres
Falecimento: 25/09/1953
O Dr. Adolfo Frederico Luna Freire nasceu em Recife, Estado de Pernambuco, a 29 de agosto de 1864, filho do Desembargador Adelino Antônio de Luna Freire, que foi membro do Tribunal da Relação do Ceará, e de D. Umbelina Augusta de Melo Luna.
Médico diplomado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1887, sua tese de doutoramento, que teve por título “Estudo clínico da diátese fibrosa”, foi aprovada com distinção.
No fim do ano de 1888 e princípio de 1889, serviu de Adjunto de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 2ª Cadeira, a cargo do Professor Martins Costa. Neste mesmo ano, foi eleito Membro Efetivo da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, tendo tomado parte na discussão que se travou, então, a propósito das mortes súbitas nesta Capital. Por este mesmo tempo ocupou o cargo de Secretário da redação do periódico científico “Brasil-Médico” em cujas colunas colaborou com certa assiduidade.
No final de 1889, se ausentou da capital federal, devido a problemas de saúde. Chegando à capital cearense, a 22 de março daquele ano, se entregou ao exercício da sua profissão e assumiu o cargo de Professor de Ciências Naturais da Escola Militar. Nas colunas “Gazeta do Norte” escreveu uma série de artigos intitulados “A Transfusão de Sangue”, a propósito de um caso de gangrena senil, tratado pelo Dr. Meton de Alencar, com quem manteve então polêmica, servindo-se o último das páginas do “Cearense”.
Trabalhou, também, nas Enfermarias São José e Santo Antônio, no Hospital Pedro II, na capital pernambucana, época em que foi colaborador dos Anais da Sociedade de Medicina de Pernambucana.
Retornando, em 1901, para o Rio de Janeiro, lá exerceu o magistério como Docente Livre de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e Professor de Higiene da Escola Normal. Foi médico da Santa Casa de Misericórdia, do Hospital da Gamboa e Sanitarista da Diretoria de Saúde Pública, colaborando com Oswaldo Cruz no combate à febre amarela.
Foi Presidente da Associação de Funcionários Públicos Civis, Membro Efetivo da Academia Cearense de Letras e Membro Correspondente da Academia Médica Italiana.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, em 1900, apresentando a memória intitulada “A semiótica do espaço semilunar do espaço de traube”, tomou posse em 1901 e foi transferido para a classe dos Honorários em 1927.
É o Patrono da Cadeira 98.
Em 1918, fez parte, no posto de coronel, da Missão Médica Militar enviada pelo Brasil à Europa em guerra, chefiada pelo coronel médico Nabuco de Gouveia, obtendo as condecorações Pro Labore e Medalha de Honra, por devotamento. Durante a epidemia da gripe, foi distinguido com convite para dirigir o Hospital de Bordeaux, demonstrando nessa chefia grande capacidade e dedicação.
Suas obras principais foram: “A Hipermegalia hepática”, “Meningite secundária, consecutiva às eólicas do Recife”, “Algumas considerações sobre a patologia nervosa”, “Sobre um caso de hemi-espasmo facial”, “Lição de clínica médica”, “Filhos de alcoólatras”, “Estudos sobre o câncer” e “Higiene na família e na escola”.
O Dr. Adolfo Frederico Luna Freire faleceu na cidade do Rio de Janeiro, a 23 de setembro de 1953.
Acad. Francisco Sampaio