O sistema brasileiro de saúde, com suas honrosas exceções, ainda é pouco acreditado, segundo a superintendente da Associação Brasileira de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde – ABA, Dra. Maria Manuela Alves dos Santos, palestrante da conferência “O Consórcio Brasileiro de Acreditação e a Academia Nacional de Medicina”, nesta próxima quinta-feira, 28, às 18h, na sede da ANM. “As três instituições acreditadoras, entre elas a ABA, certificaram apenas 4% de um total de 7 mil unidades hospitalares existentes no País”, explicou a Dra. Maria Manuela.
Representante no Brasil da Joint Commission International, líder mundial em certificações de organizações de saúde, a ABA já realizou mais de 60 certificações, entre hospitais, ambulatórios, planos de saúde home car e, transporte médico, incluindo ainda procedimentos em patologias especiais, como AVC, enfarto do miocárdio e transplantes de traumo-ortopedia, entre outros. “A acreditação é uma forma de validar a qualidade e a segurança no procedimento médico-hospitalar”, explica a superintendente da ABA.
Introduzida no Brasil em 1986, por iniciativa do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), a acreditação hospitalar deu um salto em 1994, quando a instituição, ao lado da Academia Nacional de Medicina e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ) promoveram, o seminário “Acreditação de Hospitais e Melhoria da Qualidade”, com a presença de especialistas internacionais. O evento ensejou a criação do programa de Avaliação e Certificação de Qualidade em Saúde – PACQS, com o objetivo de facilitar a implementação de procedimentos e técnicas voltados para a acreditação de hospitais em vista da melhoria da qualidade.
Em 1998, foi constituído o Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde (CBA), unindo a experiência acadêmica, científica é técnica do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Academia Nacional de Medicina e da Fundação Cesgranrio. A ANM fez parte do Consórcio até 2005, quando o CBA mudou juridicamente para Associação Brasileira de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde – ABA.
Texto: Rubeny GoulartFoto: Ivanoé Pereira