O Acadêmico Aderbal Sabrá lançou, quinta-feira última, 25, na Academia Nacional de Medicina (ANM), a terceira edição do livro “Manual de Alergia Alimentar”, pela Editora Rubio. Durante mais de 20 anos de estudos e pesquisas, no Brasil e exterior, Aderbal Sabrá tem observado aumento significativo de pacientes com doenças alérgicas, em especial na população pediátrica.
As pesquisas do Acadêmico Aderbal Sabrá, coordenador do curso de Medicina da Unigranrio, (pós-doutorado em Gastroenterologia pediátrica em Denver/Colorado e na Wayne State University/Michigan; e pós-doutorado em Imunologia na Georgetown University/Washington.DC), indicam uma nova visão na prevenção e cura do autismo.
O Acadêmico Sabrá pesquisa alergia alimentar e autismo, tanto pela Unigranrio quanto pela Georgetown University, em associação com o renomado imunologista americano Joseph Bellantti. É a primeira vez que um cientista afirma que alergia alimentar interfere no neurônio, podendo causar convulsão, hiperatividade, transtorno de déficit de atenção na sua evolução patogênica, que pode chegar a produzir, consequentemente, autismo.
Segundo ele, na década de 70 a incidência alimentar incidia em, pelo menos, 2% dos adultos, percentual que subiu para 10% na atualidade. Nas crianças, este índice passou de 10% para 30%. No lançamento de seu livro, o Acadêmico Sabrá concedeu breve entrevista.
ENTREVISTA
Qual a abordagem do seu livro sobre a alergia alimentar?
Acadêmico Aderbal Sabrá: Alergia Alimentar é um livro único na literatura médica que aborda um assunto que está na ordem do dia. A incidência da alergia alimentar está em torno de 30% no mundo e por isso se trata de um problema de primeira grandeza. Todo clínico deve ter domínio deste tema.
Como estão seus estudos que associam a alergia alimentar ao autismo?
Acadêmico Aderbal Sabrá: Há 17 anos estou trabalhando nessa área e posso afirmar com precisão que, antes de ter autismo, o indivíduo é alérgico alimentar. E no curso desta alergia alimentar os sistemas imunológicos ficam buscando órgãos de choque. Quando encontram receptividade no cérebro, estes sistemas provocam uma reação que determina o autismo. É uma notícia nova, muda o paradigma desta doença e cria a primeira possiblidade de tratamento de cura por meio do tratamento da alergia alimentar.
Qual a receptividade desta tese na literatura médica?
Acadêmico Aderbal Sabrá: No dia 1º de junho pela primeira vez a Nature publicou um artigo que diz claramente que o sistema linfático tem acesso ao cérebro. Não conhecia a via demonstrada no artigo, mas já venho trabalhando nesta área, dizendo que os linfócitos vão ao cérebro. Isso só reforça todos os meus trabalhos.