A Academia Nacional de Medicina, que no último dia 30 comemorou 190 anos de sua fundação, teve, na última quinta-feira (1) mais uma noite inesquecível. No histórico Anfiteatro Miguel Couto, localizado em sua sumptuosa sede no Rio de Janeiro, a instituição realizou a outorga do título de Vice-Presidente Honorário ao Ministro de Estado da Saúde, o Dr. Luiz Henrique Mandetta. A outorga do título está consagrada no Regimento Interno da instituição, que, em seu artigo 5º, prevê que será outorgado o título de Vice-Presidente Honorário aos Ministros da Saúde e da Educação. Antes de Luiz Henrique Mandetta, também receberam a honraria os Ministros Ricardo Barros (2016-2018) e Alexandre Padilha (2011-2014), dentre outros.
A cerimônia solene foi marcada pela presença expressiva dos Acadêmicos da egrégia casa, que preencheram as tribunas laterais do anfiteatro, destacando o comprometimento da Academia Nacional de Medicina com a missão estatutária de responder, aconselhar e auxiliar, quando solicitada, em questões do Governo, relacionadas à saúde pública e educação médica.
Além deste fato, estiveram presentes na solenidade inúmeras autoridades, representadas na mesa composta pelo Presidente Jorge Alberto Costa e Silva, o ex-Presidente Pietro Novellino e o 1º Secretário Ricardo Cruz, além do Dr. Lincoln Lopes Ferreira (Associação Médica Brasileira); a Dra. Denise Pires de Carvalho (Universidade Federal do Rio de Janeiro); a Dra. Nísia Trindade Lima (Fundação Oswaldo Cruz); o Dr. Francisco Horta (Santa casa de Misericórdia do Rio de Janeiro); o Dr. Roberto Medronho (Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro); a Dra. Carmita Abdo (Associação Brasileira de Psiquiatria); o Dr. Edmar Santos (Secretaria Estadual de Saúde); o General de Brigada José Oiticica Moreira (Hospital Central do Exército); o Brigadeiro Walter Kischinhevsky (Hospital Central da Aeronáutica); o Dr. Ricardo Cardoso (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro); o Dr. Sylvio Provenzano (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) e o Dr. Savino Gasparini (Colégio Brasileiro de Cirurgiões).
Na sequência, foi formada comissão de honra para a condução do Excelentíssimo Ministro Luiz Henrique Mandetta ao anfiteatro. Participaram da comissão os Acadêmicos Carlos Américo de Barros e Vasconcelos Giesta, Roberto Soares de Moura, Celso Marques Portela, Silvano Raia e Giovanni Guido Cerri. Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, o Orador da Academia Nacional de Medicina, Acad. Omar da Rosa Santos, proferiu discurso em homenagem ao Dr. Luiz Henrique Mandetta, no qual ressaltou a exitosa trajetória pessoal do Ministro e sua dedicação à vida pública. Além deste fato, ressaltou a importância da Academia Nacional de Medicina como órgão consultivo para os assuntos relativos ao campo da saúde, tendo em vista que reúne os principais nomes da medicina nacional, atuando nas mais diversas áreas.
Após o discurso do Acad. Omar da Rosa Santos, foi a vez o Dr. Luiz Henrique Mandetta pronunciar-se. O Ministro fez discurso emocionado, no qual destacou a importância da formação filosófica dos médicos, discorrendo sobre os princípios hipocráticos e sua aplicação na prática médica diária. Abordou, ainda, a importância de uma formação médica que destaque valores éticos, afirmando que “não há medico sem valores”. Discorreu também sobre a importância da aproximação do Ministério da Saúde com os principais órgãos associativos da área, incluindo Conselhos, Sociedades e, evidentemente, a Academia Nacional de Medicina. Ao final de seu discurso, enalteceu a figura do médico da família, afirmando que a atenção primária deve ser valorizada e colocada no centro das políticas de saúde e das políticas de capacitação.
Por fim, falou o Presidente Jorge Alberto Costa e Silva, que se mostrou muito satisfeito com a qualidade das falas apresentadas ao longo da noite. Em seu discurso, o Presidente discorreu sobre a realidade brasileira e a necessidade da adoção de políticas que pensem não só o local, mas também o global. Falou sobre os principais stakeholders da saúde no cenário atual, ressaltando a necessidade de um trabalho coordenado, tendo como objetivo único o aprimoramento da assistência médica no Brasil. Versou, ainda, sobre a necessidade de repensar a maneira como abordamos a saúde frente às inovações tecnológicas como o uso de plataformas tecnológicas e os novos medical devices, inteligência artificial, telemedicina, autodesenvolvimento da biologia molecular e a medicina de precisão, ressaltando que essas devem andar de mãos dadas com o caráter humanista da medicina.
Ao encerrar seu discurso, o Presidente Jorge Alberto Costa e Silva ressaltou que homens da ciência não devem ter medo do progresso, uma vez que este é inerente à vida. Cabe, portanto, aos médicos e cientistas de modo geral refletir não somente sobre a formação do médico e do profissional de saúde, mas refletir sobre a formação e o funcionamento de toda a rede de saúde, meditando sobre como fazer com que estas redes trabalhem juntas, conectadas. Ao final da fala do Presidente, o mesmo convidou os presentes para coquetel comemorativo servido no Salão Nobre da instituição, onde o Ministro cumprimentou Acadêmicos, familiares e convidados.