Academia Nacional de Medicina no Setembro Amarelo

24/09/2020

Quando setembro marca o mês de prevenção ao suicídio, a Academia Nacional de Medicina (ANM) promoveu, no dia 24, debate sobre o assunto. A importância de se discutir o tema, ainda estigmatizado, se deve em função do Brasil ainda figurar entre os países com crescimento no número de casos, segundo a Organização Mundial da Saúde.

A sessão ordinária “Suicídio no Setembro Amarelo” foi aberta pelo presidente da ANM, Rubens Belfort Jr, coordenada pelo acadêmico Antonio Egídio Nardi e contou com três convidados.

O psiquiatra Neury Botega, da Unicamp, ressaltou que o mais importante é o acolhimento sem julgamento e os familiares devem fazer acompanhamento dos indivíduos com ideias suicidas junto aos serviços de saúde e de médicos especializados.

Segundo ele, o suicídio não é algo só relacionado à morte, mas com a dor psíquica, dor da alma, e pode ter como base uma doença mental que deve ser tratada.

O evento ainda contou com apresentações dos psiquiatras Flavio Kapczinski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atualmente no Canadá, que apresentou, na sessão de Recentes Progressos, resultados de seus estudos  de longa duração com todos os jovens da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e nascidos entre 1993 e acompanhados até 2020.

Foram mais de 3 mil jovens avaliados durante 22 anos, e os resultados contribuíram para a elaboração de um novo sistema que identifica, com antecedência, os indivíduos que desenvolverão transtorno bipolar e, com isso, poderão ser acompanhados e tratados de forma precoce.

O psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Alexandre Valença, foi o terceiro convidado. Valença abordou aspectos das dores psíquicas que podem ser transitórias, recorrentes e de longa duração e, aproveitou a ocasião para refletir sobre os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia de covid-19.

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