Academia Nacional de Medicina celebra Dia Mundial do Rim em simpósio

Acadêmicos José Suassuna, Natalino Salgado, Ex-Presidente Acad. Pietro Novellino, Presidente Francisco Sampaio, Acadêmicos Omar da Rosa Santos, José Medina e Maurício Younes Ibrahim

Na última quinta-feira (16) a Academia Nacional de Medicina (ANM) celebrou o Dia Mundial do Rim com um simpósio organizado pelo Acadêmico Omar da Rosa Santos e com a presença de diversos Acadêmicos. A data foi criada em 2006 pela Sociedade Internacional de Nefrologia e é comemorada anualmente na segunda quinta-feira de março. O objetivo deste dia é conscientizar e informar a população sobre as doenças renais, com foco na prevenção, principalmente da Doença Renal Crônica (DRC), e a adoção de práticas saudáveis. 

A História do Dia Mundial do Rim foi o tema da primeira palestra apresentada no simpósio, ministrada pelo Presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Dr. José Moura Neto, em que foi destacado a importância desse dia. Dr. Moura Neto também destacou as principais ações da SBN durante a data, a campanha desse ano incluiu famosos para conscientizar a população, a parceria com as Sociedades Regionais e um projeto em que luzes foram acesas nas cores da ação em pontos turísticos do Brasil, como o Cristo Redentor, Elevador Lacerda e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Representando a Sociedade de Nefrologia do Rio de Janeiro (SONERJ), o Presidente Pedro Túlio Rocha apresentou o tema Ferramentas para Detecção da Doença Renal Crônica na População, em que a importância da detecção precoce da DRC foi destacada, ressaltando o seu caráter silencioso. Dr. Pedro Tulio Rocha explica como é feita a descoberta antecipada e mostrou estudos que contribuem para que isso seja feito de forma mais ampla para a população.

A sepse é uma complicação que acontece quando as substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea, para combater uma infecção, desencadeia uma inflamação em todo o corpo. Ela é um grande fator de risco, especialmente para o rim, e é mais comum do que imaginamos. Esse foi o tema ministrado pelo Acadêmico José Suassuna, Sepse e Rim, em que foi contextualizado e mostrado dados sobre a sua interação epidemiológica com a Injúria Renal Aguda, explicando como eles reagem. O Acadêmico exemplificou a situação mostrando pesquisas e estudos feitos com animais. 

Acadêmico Natalino Salgado em sua apresentação

A Doença Renal Crônica foi amplamente abordada durante o simpósio, isso se vale pela predominância de casos e de um aumento exponencial nas últimas décadas, o esperado é que o número dobre nos próximos anos e que se torne a quinta causa de morte no mundo. O Acadêmico Natalino Salgado ressaltou essas informações em sua apresentação sobre Influência do Magnésio no Risco Cardiovascular na DRC, e explicou sobre a criação do Dia do Rim, destacando o foco da campanha de 2011 nas doenças renais e cardiovasculares. O Acadêmico abordou o papel do magnésio no corpo humano e a sua relação com a DRC. 

Os remédios podem prejudicar o paciente no mesmo nível que podem ajudar. O tema Revisitando a Nefrotoxicidade, apresentado pelo Acadêmico Maurício Younes Ibrahim, abordou como as drogas causam nefrotoxicidade e quais são as especificações para isso acontecer. O Acadêmico ressaltou a vulnerabilidade renal para que isso aconteça, uma delas é a maior taxa de circulação da droga no rim, é 50 vezes maior que os outros órgãos, e por ser o local onde a substância é liberada. Foi mostrado os tipos de nefrotoxicidade e exemplos de casos.

A segunda parte do simpósio contou com duas apresentações, ministradas pelos Acadêmicos Miguel Riella e José Medina. O primeiro deles abordou o tema O que há de novo na Nefrologia?, em que foram discutidos as novidades em tratamentos, medicamentos e estudos sobre a DRC. O segundo ministrou sobre os 25 anos do Hospital do Rim como maior Centro de Transplante, no qual foi explicado o funcionamento do hospital, o número de transplantes feitos e o modelo “linha de montagem” dos procedimentos.

Esse modelo faz com que os transplantes aconteçam de forma mais rápida, em larga escala, e ocorrendo uma melhora nas técnicas usadas nos procedimentos cirúrgicos. O Acadêmico explicou como é feita a administração dessa linha de montagem, com a captação de órgãos, a fase pré-transplante, o centro cirúrgico, a internação e o pós. O Acadêmico elucidou os conceitos da gestão na fase do pré e pós transplante, reforçando a sua função como Hospital de Ensino. O Hospital do Rim é uma referência no assunto e para se manterem assim, a equipe faz reuniões diárias para alinharem a produção.


Após as apresentações, a Bancada Acadêmica pôde fazer perguntas e os presentes exaltaram o trabalho do Acadêmico José Medina no Hospital do Rim. Para assistir o simpósio completo, clique aqui para a parte um e aqui para a parte dois.

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