O Dr. Waldemar Berardinelli nasceu em Jacareí, em São Paulo, no dia 27 de junho de 1903.
Ele foi médico endocrinologista e, até hoje é considerado o pioneiro em sua especialidade no Brasil.
Foi catedrático de clínica médica da congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, o fundador do Instituto de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia em 1950 e o primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Foi também o fundador dos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metobologia e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e diretor do Hospital Escola São Francisco de Assis.
Em 1941, defendendo a tese “Periarterite nodosa”, o Dr. Waldemar Berardinelli venceu o concurso para ocupar a Cátedra de Clínica Médica da Faculdade Nacional de Medicina, sucedendo seu grande mestre Aloysio de Castro. Ele publicou importantes trabalhos cujos temas são da especialidade de reumatologia, como sobre a Síndrome de Sjögren, em 1943 e em 1948, que foram os primeiros casos descritos no Brasil, e sobre a Síndrome de Reiter, em 1954.
O Dr. Berardinelli, junto com Rocha Vaz, foi um precursor para os estudos sobre a biotipologia da clínica, admitindo as conclusões de Francisco de Castro sobre influência dos atributos morfológicos gerais do organismo na configuração de homens desiguais diante da doença. Seus estudos estão reunidos no “Tratado de Biotipologia e Patologia Constitucional” – o primeiro livro escrito sobre o assunto no Brasil. Este livro é mundialmente reconhecido e foi traduzido para diversas línguas.
Em 1953, ele se dedicou a estudar a chamada “doença da arranhadura do gato”, também conhecida como doença de Debré ou eluronicose. Entretanto, a pesquisa que o consagrou no universo médico foi a descrição de uma nova síndrome endócrino-metabólica, individualizada na base de uma associação inédita de sintomas, sinais e alterações metabólicas, para a qual foi proposta, por autorizados especialistas de nosso continente, a denominação de Síndrome de Berardinelli.
Esta Síndrome de Berardinelli, que foi descrita em 1954, também ficou conhecida como Lipodistrofia Generalizada Congênita, e caracteriza-se por gigantismo acromegalóide infantil, hepatoesplenomegalia, taxas de colesterol, glicose, proteínas muito elevadas no sangue, hipertrofia dos tecidos conjuntivo e tecido adiposo da pele, ânus em posição alta e pela presença de fosseta coccígea.
Trata-se de uma forma de tesaurose (armazenamento anormal ou excessivo, de substâncias – normais ou estranhas – no corpo). O portador da Síndrome de Berardinelli possui veias que parecem estar dilatadas, abdome proeminente, hérnia umbilical e hepatoesplenomegalia.
No estado do Rio Grande do Norte, no Brasil, a geógrafa Virgínia Dantas publicou uma dissertação sobre a síndrome, abordando especificamente a sua ocorrência na região do Seridó, no Rio Grande do Norte.
O Dr. Berardinelli reuniu seus trabalhos de Clínica Médica em quatro tomos seriados. Além deles, publicou também outras obras que estendem-se para o campo literário: “Medicina e Médicos”, no qual reúne estudos sobre a obra de Machado de Assis; “Silentiarus”, que foi um estudo sobre Manuel Antonio de Almeida; dentre outros.
Dedicado ao magistério, o Dr. Waldemar Berardinelli foi professor de espírito curioso, dinâmico, de profunda cultura humanística e de humor contagiante, que sempre fazia ameno o assunto mais árido
À entrada do laboratório de sua clínica lia-se: “Os olhos no microscópio, as mãos nas provetas; no doente, os olhos, as mãos, os ouvidos, o ‘faro’, o cérebro e o coração”.
Vale ressaltar que o Dr. Waldemar Berardinelli recebeu como homenagem uma rua com seu nome em Jacareí, no Estado de São Paulo.
Ele era tio do Acadêmico Affonso Berardinelli Tarantino e tinha como Discípulo Predileto o Honorário da ANM, Mario Giorgio Marrano.
Faleceu no Rio de Janeiro ainda jovem, aos 52 anos, no dia 26 de janeiro de 1956.
Número acadêmico: 382
Cadeira: 19 Manoel Vitorino Pereira
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 18/11/1943
Posse: 25/11/1943
Sob a presidência: Aloysio de Castro
Antecessor: Antonino Augusto Ferrari
Falecimento: 26/01/1956
Número acadêmico: 382
Cadeira: 19 Manoel Vitorino Pereira
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 18/11/1943
Posse: 25/11/1943
Sob a presidência: Aloysio de Castro
Antecessor: Antonino Augusto Ferrari
Falecimento: 26/01/1956
O Dr. Waldemar Berardinelli nasceu em Jacareí, em São Paulo, no dia 27 de junho de 1903.
Ele foi médico endocrinologista e, até hoje é considerado o pioneiro em sua especialidade no Brasil.
Foi catedrático de clínica médica da congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, o fundador do Instituto de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia em 1950 e o primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Foi também o fundador dos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metobologia e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e diretor do Hospital Escola São Francisco de Assis.
Em 1941, defendendo a tese “Periarterite nodosa”, o Dr. Waldemar Berardinelli venceu o concurso para ocupar a Cátedra de Clínica Médica da Faculdade Nacional de Medicina, sucedendo seu grande mestre Aloysio de Castro. Ele publicou importantes trabalhos cujos temas são da especialidade de reumatologia, como sobre a Síndrome de Sjögren, em 1943 e em 1948, que foram os primeiros casos descritos no Brasil, e sobre a Síndrome de Reiter, em 1954.
O Dr. Berardinelli, junto com Rocha Vaz, foi um precursor para os estudos sobre a biotipologia da clínica, admitindo as conclusões de Francisco de Castro sobre influência dos atributos morfológicos gerais do organismo na configuração de homens desiguais diante da doença. Seus estudos estão reunidos no “Tratado de Biotipologia e Patologia Constitucional” – o primeiro livro escrito sobre o assunto no Brasil. Este livro é mundialmente reconhecido e foi traduzido para diversas línguas.
Em 1953, ele se dedicou a estudar a chamada “doença da arranhadura do gato”, também conhecida como doença de Debré ou eluronicose. Entretanto, a pesquisa que o consagrou no universo médico foi a descrição de uma nova síndrome endócrino-metabólica, individualizada na base de uma associação inédita de sintomas, sinais e alterações metabólicas, para a qual foi proposta, por autorizados especialistas de nosso continente, a denominação de Síndrome de Berardinelli.
Esta Síndrome de Berardinelli, que foi descrita em 1954, também ficou conhecida como Lipodistrofia Generalizada Congênita, e caracteriza-se por gigantismo acromegalóide infantil, hepatoesplenomegalia, taxas de colesterol, glicose, proteínas muito elevadas no sangue, hipertrofia dos tecidos conjuntivo e tecido adiposo da pele, ânus em posição alta e pela presença de fosseta coccígea.
Trata-se de uma forma de tesaurose (armazenamento anormal ou excessivo, de substâncias – normais ou estranhas – no corpo). O portador da Síndrome de Berardinelli possui veias que parecem estar dilatadas, abdome proeminente, hérnia umbilical e hepatoesplenomegalia.
No estado do Rio Grande do Norte, no Brasil, a geógrafa Virgínia Dantas publicou uma dissertação sobre a síndrome, abordando especificamente a sua ocorrência na região do Seridó, no Rio Grande do Norte.
O Dr. Berardinelli reuniu seus trabalhos de Clínica Médica em quatro tomos seriados. Além deles, publicou também outras obras que estendem-se para o campo literário: “Medicina e Médicos”, no qual reúne estudos sobre a obra de Machado de Assis; “Silentiarus”, que foi um estudo sobre Manuel Antonio de Almeida; dentre outros.
Dedicado ao magistério, o Dr. Waldemar Berardinelli foi professor de espírito curioso, dinâmico, de profunda cultura humanística e de humor contagiante, que sempre fazia ameno o assunto mais árido
À entrada do laboratório de sua clínica lia-se: “Os olhos no microscópio, as mãos nas provetas; no doente, os olhos, as mãos, os ouvidos, o ‘faro’, o cérebro e o coração”.
Vale ressaltar que o Dr. Waldemar Berardinelli recebeu como homenagem uma rua com seu nome em Jacareí, no Estado de São Paulo.
Ele era tio do Acadêmico Affonso Berardinelli Tarantino e tinha como Discípulo Predileto o Honorário da ANM, Mario Giorgio Marrano.
Faleceu no Rio de Janeiro ainda jovem, aos 52 anos, no dia 26 de janeiro de 1956.